terça-feira, junho 16, 2009

Europeias/2009: que legitimidade?


Tal como se previa as eleições europeias para além de serem uma faustosa feira de vaidades e um gastar dinheiro à tripa-forra, de nada alteraram a não ser duas coisas:

A vitória e o consolidar da direita e o aumento da abstenção.

Na óptica dos iluminados de sempre se a primeira situação era esperada fruto da actual situação de crise em que vivemos, a segunda foi o desinteresse que os cidadãos têm por estas eleições.

Não é bem assim, ou melhor, não é nada disto, mais uma vez estes tipos tentam-nos atirar areia para os olhos e chamar à maioria do Povo estúpido.

Quanto a mim, a vitória da direita deve-se única e simplesmente à incapacidade desta esquerda, tão simples como isto. A esquerda ou pelo menos parte dela não foi capaz de mobilizar o Povo, dizer-lhe com honestidade e clareza as suas ideias, com propostas simples e objectivas, explicar-lhe como funciona a UE, quem decide, quem manda no quê e em quem, que papel nos cabe nas decisões, qual o caminho alternativo para esta UE que apenas serve o capitalismo e a burguesia instalada em Bruxelas, para além de tomarem decisões nas costas do povo, sempre contra ele e a favor do grande capital.

A abstenção não foi mais do que o corolário de toda a incapacidade dos partidos em dizerem-nos claramente o que pretendem. Todos eles, com raras excepções, fizeram a campanha da “caça” ao voto, dizer que a “minha galinha é melhor que a do vizinho” é a forma mais simples e ao mesmo tempo desonesta de fazer política para o Povo, pois este, ao contrário de do que muitos julgam, não é analfabeto nem parvo, muito menos estúpido e na hora e altura certas sabe dizer BASTA.

Basta de hipocrisia, de mentira, de troca-tintas, de falsos profetas, de pseudo-salvadores, de pseudo-líderes mais ou menos sabichões, etc.. A maioria do Povo da UE disse que NÃO quer esta Europa, estes líderes, estas políticas, esta economia, não quer esta gente a manobrar a seu belo prazer as suas vidas e a dos seus filhos. A maioria do Povo “disse” que a Europa dos Povos e nações independentes se faz com Ele, não nas suas costas, a Europa constrói-se com Povos Livres e independentes e não a mando de uma dúzia de tecnocratas bem falantes e anafados que vivem no mais profundo luxo em Bruxelas.

Em minha opinião foi mais uma derrota do sistema actual, deste sistema que coloca o show-off partidário em primeiro lugar em detrimento do essencial, o Povo.

# Ferroadas

in O Libertário

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