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terça-feira, agosto 26, 2008

Cada chegada é uma chegada

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retirado da net

Vocês não estão a ver o final de férias que nos aconteceu. Imaginem o que é, ao fim de um mês, estar a arrumar a bagagem nos carros à hora da partida e aparecer o cão a sangrar de uma pata, depois de tanto tempo a correr por ali sem lhe acontecer nada. Ainda por cima já quase noite e nós a querer-nos ir embora, já que tinha que ser.

A pata onde poisava deixava uma poça de sangue. Tudo sujo, tijoleira, tapete, as nossas roupas, toalhas, assentos de automóvel. Procurámos um veterinário por todo o lado mas os poucos que havia tinham partido para passar o Domingo fora. Noite. Voltámos a casa e fiz um curativo o melhor que pude e fizemo-nos à estrada. Ponto de encontro: o hospital veterinário do Restelo, aberto 24h, caro como o caraças (não, o caraças é mais barato!). Mais sangue, mais curativos, mais espera, depois da viagem de regresso. Disseram-nos que o nosso cão tinha que ficar internado, ser anestesiado e talvez mesmo ser operado para reconstruir o vaso sanguíneo cortado. Ligássemos para lá no dia seguinte a saber o que tinha acontecido. Chegámos a casa todos menos um, abatidos os outros que chegaram sem esse. Tão querido que foi nas férias, menos para as ovelhas da quinta vizinha, que ficaram sem o seu personal trainer. Fugia para lá por debaixo da vedação e ficava a ladrar à frente delas (e por todos os lados), com o rabo a abanar, só querendo que corressem para ele correr atrás delas, as ovelhas em pânico, coitadas. Nunca lhes fez mal, a não ser ao coração.

Ontem não estava com cabeça para mais nada e só me deixei ficar em frente à televisão, a ver a cerimónia de encerramento dos jogos olímpicos. Pareceu-me o supra sumo da harmonia universal. Como o ser humano é capaz de criar tanta ordem e tanto caos! Espectáculo, tanta gente tão perfeita, tão flexível e musculada, tão sorridente e infalível… Lindas as cores das luzes e radioso o sorriso das mulheres e dos homens participantes. As vozes das cantoras como sereias… a arquitectura das luzes e dos edifícios… o velho rock rasgativo finalmente instituído, abençoado por papas e budas, a animar a festa.
Adormeci pela primeira vez já noutro programa e ainda houve quem me voltasse a acordar.

Hoje foi outro dia e a maior alegria até agora foi trazer o cão para casa. Ainda vem com resquícios da anestesia, dorme muito, tem a pata ligada e traz uma coleira daquelas de cão espacial que bate em tudo por onde passa. Está prostrado e eu com ele, e a nossa carteira também está prostrada. Que final de férias! Quanto mais não vale um gato bebé no motor do carro!

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