quarta-feira, dezembro 31, 2008

10 DESEJOS PARA 2009


AQUI NO PAFÚNCIO DESEJA-SE PARA 2009...

... QUE O NOVO ANO NÃO SEJA TÃO MAU COMO PARECE...
... QUE A ESCOLA PÚBLICA PORTUGUESA E AS UNIVERSIDADES DEIXEM DE FAZER PARTE DOS PLANOS DA EUROPEAN ROUND TABLE, DA EDUCATION ROUND TABLE, DA ESTRATÉGIA DE LISBOA, DO CLUBE BILDERBERG E DO RAIO QUE OS PARTA A TODOS...
... QUE A POPULAÇÃO PORTUGUESA QUEIRA TOMAR PLENA CONSCIÊNCIA DO QUE SE ESTÁ A PASSAR À SUA VOLTA, NO MUNDO, NO PLANETA, NO SEU EMPREGO E NO SEU DESEMPREGO...
... QUE OS MEUS AMIGOS, OS MEUS CONHECIDOS, OS AMIGOS E OS CONHECIDOS DELES TODOS E ASSIM SUCESSIVAMENTE NÃO VÃO ESTE ANO VOTAR NEM PS NEM PSD...
... QUE DEIXEM DE HAVER TANTAS COISAS DE QUE DIZER MAL PASSANDO A HAVER MUITAS MAIS PARA SE DIZER BEM...
... QUE OS INCOMPETENTES SEJAM RETIRADOS DOS GOVERNOS, DOS LUGARES DE CHEFIA, DOS CARGOS DE RESPONSABILIDADE, DOS CENTROS DE DECISÃO E QUE AS PESSOAS ACREDITEM MAIS EM SI PRÓPRIAS PARA NÃO VOLTAREM A CUMPRIR ORDENS ABSURDAS VINDAS DE GENTE DESSA...
... QUE SEJAM OS RICOS A PAGAR A CRISE QUE ELES PRÓPRIOS GERARAM...
... QUE AS PESSOAS COMECEM A REIVINDICAR NOS SEUS TRABALHOS MAIS TEMPO PARA EDUCAR E ESTAR COM OS SEUS FILHOS...
... QUE A MINISTRA DA EDUCAÇÃO VOLTE A FAZER O QUE MAIS A SATISFEZ PROFISSIONALMENTE: COLAR ESTAMPILHAS NO JORNAL A BATALHA (HOJE O PAFÚNCIO ESTÁ MUITO POLITICAMENTE CORRECTO SENÃO MANDAVA A MINISTRA PARA OUTRO LUGAR!)...
... QUE A CONSCIÊNCIA POLÍTICA DE CADA UM SE FAÇA OUVIR CADA VEZ MAIS ALTO NAS RUAS, NOS BLOGUES, NOS CAFÉS, NAS ESCOLAS, NOS TRANSPORTES PÚBLICOS: VAMOS PÔR A BOCA NO TROMBONE E DENUNCIAR AS TRAPAÇAS DESSE SISTEMA CAPITALISTA!...

A TODOS OS VISITANTES DO PAFÚNCIO DESEJO UM EXCELENTE ANO 2009

sábado, dezembro 27, 2008

The job

The job
Vídeo enviado por trescourt

Grand Prix 2008 du 10e Festival des Très Courts


La crise est bien là, mais le futur ressemblera t il pour autant à ça ?
Une vision qui ne déplairait pas à Ken Loach.

sábado, dezembro 20, 2008

Antes fosse uma paranóia colectiva como O Segredo

http://www.europa-america.pt/product_info.php?products_id=5600

"O Clube Bilderberg"
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O livro "Toda a Verdade Sobre o Clube Bilderberg" de Daniel Estulin foi lançado no passado dia 27 de Novembro pela editora Europa-América, numa edição actualizada, mais completa e muito diferente da anterior, com referências ao Caso Casa Pia e a políticos portugueses ligados ao Bilderberg. Para mais detalhes visite: http://www.europa-america.pt/product...oducts_id=5600 [Ler Mais]
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Re: Livro "O Clube Bilderberg"
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Eu li que em 2008 a reunião de Bilderberg contou com participação de Rui Rio e António Costa presidentes da câmara do Porto e de Lisboa respectivamente e ambos membros de partidos do centrão que se revezam no poder.

Provavelmente vamos vê-los como líderes do PS e do PSD envolvidos em vôos mais altos estejam atentos ao seu percurso político.

quinta-feira, dezembro 18, 2008

Esta luta não é só dos professores, é de todos nós!

(A frase mais revolucionária jamais proferida por Albino Almeida no Prós & Prós:
«não se pode suspender o que já não existe»)


Pais e E.E. das escolas de Chaves estão com os professores na luta contra o modelo burocrático de avaliação
As associações de pais das escolas de Chaves vão reunir, no dia 18/12/08, para aprovar a seguinte moção:

"As Associações de Pais/Encarregados de Educação do Agrupamento Vertical da Escola EB2/3 Dr. Francisco Gonçalves Carneiro, da Escola Secundária com 3.º Ciclo Fernão de Magalhães, da Escola Secundária com 3.º Ciclo Dr. António Granjo, da Escola Secundária com 3.º Ciclo Dr. Júlio Martins, do Agrupamento Vertical da Escola EB2/3 Nadir Afonso e do Agrupamento Vertical da Escola EB2/3 de Vidago, reunidas em 18 de Dezembro de 2008 para analisar os efeitos do novo modelo de avaliação de desempenho da actividade docente no quotidiano das escolas vêm por este meio comunicar o seguinte:

• Perante a cega teimosia do Governo em querer manter um modelo de avaliação de desempenho da actividade docente já completamente desacreditado e que trará consequências muito negativas às Escolas Públicas do nosso país e, por isso, aos nossos filhos/educandos, as Associações de Pais/Encarregados de Educação das Escolas e Agrupamentos de Escolas acima referidas decidiram por unanimidade declarar todo o seu apoio aos professores na contestação deste modelo de avaliação, estando dispostas a participar nas manifestações de rua e noutras iniciativas com a adopção de medidas ainda mais drásticas até que o Governo consiga ouvir a voz do bom senso e suspenda o referido modelo de avaliação de desempenho. Neste momento, a luta dos Pais/Encarregados de Educação é ao lado dos Professores, na defesa de uma Escola Pública de qualidade, tranquila, onde ensinar e colaborar na formação integral das novas gerações seja prioridade assumida, onde a colaboração e a solidariedade sejam exemplificadas pela actuação dos Professores, onde o aluno seja, efectivamente, o centro das preocupações das Escolas e dos Professores. Estamos, também, de luto e em luta, contra a prepotência e arrogância que este Governo tem mostrado nesta matéria. A maioria absoluta não pode servir de pretexto para desrespeitar a vontade dos cidadãos deste país. Esta vontade já foi suficientemente expressa e terá de ser aceite para o bem de Portugal e das novas gerações de Portugueses."

Fonte: Associaçãodepaisdechaves

Publicada por Ramiro Marques em 17:23
aqui http://www.profblog.org/2008/12/pais-e-ee-das-escolas-de-chaves-esto.html

sábado, dezembro 13, 2008

Aqui como em toda a parte: «é preciso salvar os trabalhadores, não os especuladores!»


Communiqué du 28 novembre 2008

« Ce sont les travailleurs et non les spéculateurs qu’il faut sauver »



Tous les rapports sur la situation économique et sociale en France confirment l’avance de la catastrophe :
- Les « défaillances d’entreprises » ont progressé au 2ème trimestre 2008 de 6,8% par rapport à 2007
- Les « difficultés de trésorerie » touchent des centaines d’entreprises parmi lesquelles PSA, Renault, Faurecia, Toyota, Ford, Arcelor-Mittal, Michelin,. Condamnant au chômage partiel ou total des dizaines de milliers de salariés.
- Une perte de 45 000 emplois dans la construction est prévue pour 2009,
- Depuis août 2008, 40 000 travailleurs supplémentaires rejoignent chaque mois les 2 millions qui sont actuellement inscrits à l ‘ANPE, soit 8,2 % de la population active.

Les aides publiques directes aux entreprises et les nationalisations sont interdites par le Traité de Maastricht car elles entravent « la concurrence libre et non faussée » au sein de l’Union européenne.

Le plan dit de « relance » de l’Union Européenne et sa déclinaison en France ne pourra donc passer que par la diminution de la TVA pour les entreprises en difficulté, la diminution ou exonération de la taxe professionnelle, la dispense de cotisations sociales, la compensation accrue par l’Etat de l’indemnisation du chômage partiel galopant, autrement dit la ruine des fonds publics et sociaux.
Laurent Wauquier, secrétaire d’Etat à l’Emploi a ajouté qu’il fallait agir encore plus vite que prévu pour faire les réformes: plus de contrats d’accompagnement, plus d’emplois dits « plus verts », plus de services à la personne ». Nicolas Sarkozy a annoncé une extension du Contrat de Transition Professionnelle à 25 bassins d’emploi en difficulté contre 7 actuellement.

Autrement dit, plus de dérèglementation encore, plus de précarité.

C’est au contraire par l’augmentation générale des salaires, l’interdiction des licenciements, la nationalisation du crédit et des principaux secteurs de l’industrie qu’il peut y avoir une véritable « relance de l’économie ».
Il est clair que cette relance-là exige la libération du carcan de l’Union Européenne qui entraine les peuples d’Europe à la ruine.

C’est le sens de la campagne menée actuellement par le POI qui recueille des milliers de signatures sur un appel intitulé « Ce sont les travailleurs et non les spéculateurs qu’il faut sauver » et qui se conclut par la nécessité de sortir de l’Union Européenne.


Paris le 28 novembre 2008
Les secrétaires nationaux du POI
Claude Jenet, Gérard Schivardi, Jean Markun, Daniel Gluckstein

terça-feira, dezembro 09, 2008

O Site do BOBIno Almeida


O Bobino, perdão, o Albino pai dos pais já tem o seu próprio site. Fantástico, aliás, no que diz respeito a piroseira da pior, mas ainda assim com uma carga simbólica aterradora: O Albino em primeiro plano, esforçando-se por parecer boa pessoa, atrás um magnífico pôr do sol, premonitório da longa noite negra que esta seita reserva à escola pública.

Ainda tentei abrir os conteúdos mas o Albino é espertalhaço, não é qualquer Fernão Mendes Pinto que lhe enfia o barrete, pelo que me apercebi temos que nos registar para poder aceder aos conteúdos.

Ai pobre do Movimento Associativo dos Pais... em que ruas da amargura transfigurado. Este governo descobriu a pólvora dando a oportunidade aos representantes dos pais de abrirem negócios dentro das escolas. Como irá agora haver independência para defender os direitos dos alunos, exigir ao Estado a qualidade da escola pública? Quantos Albinos oportunistas irão ainda aparecer neste processo?

Lembro apenas a todos os pais e encarregados de educação e às associações de pais que a CONFAP ou a CNIPE, ou o que quer que seja que ainda venha a aparecer para dividir ainda mais o movimento associativo dos pais, que as confederações são como os sindicatos, pertencem às pessoas e não aos dirigentes, são o nosso castelo. Se o castelo está ocupado por gente obscura, há que voltar a ocupar o castelo e mudar as direcções a soldo. O sistema apropriou-se das organizações criadas pela democracia. Enquanto a voz do Albino Almeida , ou de outros que tais, ecoar pelos meios de comunicação social, o movimento associativo dos pais está entregue, impotente para defender a escola pública e os seus princípios democráticos.


sábado, dezembro 06, 2008

PROPOSTAS DESONESTAS

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Imagem Kaótica

(inspirada no Filme Uma Proposta Indecente)

ÚLTIMA HORA:
COMUNICADO DO MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
21:00h, 5 de Dezembro de 2008

1 – Chegou hoje ao fim o processo de negociação das medidas tomadas pelo Governo no dia 20 de Novembro para facilitar a avaliação do desempenho dos professores.
2 – Os sindicatos, neste processo, não apresentaram qualquer alternativa ou pedido de negociação suplementar, pelo que o ME dá por concluídas as negociações, prosseguindo a aprovação dos respectivos instrumentos legais.
3 – O ME, mantendo a abertura de sempre, respondeu positivamente à vontade dos sindicatos, expressa publicamente, de realização de uma reunião sem pré-condições, isto é, sem exigência de suspensão da avaliação até aqui colocada pelos sindicatos. Foi por isso agendada uma reunião para o dia 15 de Dezembro, com agenda aberta.
4 – Os sindicatos foram informados que o ME não suspenderá a avaliação de desempenho que prossegue em todas as escolas nos termos em que tem vindo a ser desenvolvida.


(destaques meus)

sexta-feira, dezembro 05, 2008

Portuguesinhos

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É um sentimento bem portuguesinho esse que leva a que tanta gente frustrada apresente este tipo de argumentação: se eu sou lixado lá no meu serviço, por que não hão-de os professores de serem lixados também?

É triste e revela mesquinhez. As pessoas bem formada antes pensariam assim: os professores estão em luta, tiraram os seus cursos, foram avaliados nos seus estágios, passam horas com salas cheias de crianças nem sempre bem educadas pelos pais que trabalham nas tais empresas privadas sempre a ceder e a trabalhar mais do que de direito com medo da competição do vizinho do lado, com medo da sua situação de cada vez maior insegurança, escravos do patrão, escolhem andar na linha em lugar de lutar pelos seus direitos de ter tempo livre para os filhos.

Os professores o que deviam dizer era que são completamente diferentes do resto da função pública e das empresas privadas, o seu trabalho é diferente, desgastante e sim, necessitam de tempos livres para se continuar a formar e a informar porque senão nunca poderão ser bons professores!

Por isso o que é preciso é unir todos os descontentes, de todas as classes profissionais e com o apoio dos seus sindicatos fazer uma gigantesca nunca vista greve geral, de todos os sectores profissionais, se possível (se as mentalidades fossem mais abertas, seria possível), todos unidos em defesa dos direitos laborais e da escola pública democrática e equitativa, a única capaz de formar cidadãos livres e conscientes sem discriminação e sem elitismo, em verdadeira igualdade de oportunidades. Enquanto as pessoas deste país pensarem só no seu umbigo, colocarem palas e não quiserem ver para os lados, fazendo por ignorar o crescente descontentamento à sua volta, este país não sairá da cepa torta e será um país europeu percursor dos novos escravos assalariados, dos muitos desempregados, e dos novos detentores das falsas aprendizagens de novas oportunidades, para alguns de sucesso que começam a aparecer, são novos oportunismos. Eis o plano que este governo (por obediência à UE) tem para os filhos dos trabalhadores, para as novas gerações e para os da sua prole.


Vocês que dizem essas coisas são um bom exemplo da cidadania deformada que por aí vegeta.


(Comentário deixado aqui)

quinta-feira, dezembro 04, 2008

terça-feira, dezembro 02, 2008

Carta aberta aos encarregados de educação

Esta carta aberta foi elaborada numa reunião de professores, educadores e encarregados de educação, realizada por iniciativa da Comissão de Defesa da Escola Pública, no ano lectivo passado, em Algés. O seu objectivo era ser entregue aos pais nas reuniões de avaliação do final do 2º. período. No entanto, por motivos vários, na altura não chegou a acontecer.
Julgo que em alguns aspectos, se não todos, continua a ser pertinente a sua divulgação, mais que não seja para ajudar os professores no dia da greve (3 de Dezembro) a colocarem correctamente as questões, advertindo os pais e ee para a situação que se coloca aos professores e à escola pública.


Carta aberta aos encarregados de educação

Os professores e educadores estão em luta pela defesa da Escola Pública ! Neste momento delicado do ano escolar, quando a actividade lectiva está em pleno, quando decorre um processo de avaliação dos alunos em que a máxima serenidade deveria pontuar, os professores e educadores estão profundamente inquietos com o futuro da Escola Pública. O Governo e os meios de Comunicação Social querem fazer crer à opinião pública que as recentes manifestações de professores e educadores visam reivindicações laborais egoístas e, muito concretamente, que os professores se recusam a ser avaliados. TAL NÃO CORRESPONDE À VERDADE ! Efectivamente, os professores sempre têm sido avaliados: avaliados pelas provas prestadas, pelo trabalho diariamente desenvolvido e pelos resultados obtidos ; avaliados pelas acções de formação permanente que frequentam e as provas a que aí se sujeitam ; avaliados pelos colegas, pelos funcionários, pelas direcções das escolas e pelos serviços de inspecção do Ministério da Educação ; avaliados, ainda, pelos encarregados de educação que, em permanência, podem acompanhar a actividade desenvolvida pela escola junto dos seus educandos. Para compreendermos a actual situação é necessário perceber que, mais do que um direito à educação e à instrução, a Escola Pública é um dever que envolve o Estado e os cidadãos. O Estado tem, por esse motivo, a pesada obrigação de promover e manter uma Escola Pública com o máximo de ambição e qualidade. Por sua vez, os cidadãos – obrigados que são a frequentar a escola – têm todo o direito de exigir do Estado uma Escola onde as novas gerações possam beneficiar de uma vasta e segura formação que as capacite para o exercício pleno de uma vida adulta em sociedade. Como profissionais do ensino – além de encarregados de educação e de cidadãos atentos que também são – os professores apercebem-se, em primeira linha, dos principais problemas que afectam a Escola e, desde sempre, têm vindo a alertar o Ministério para o tipo de mudanças que julgam ser as mais necessárias. O Ministério da Educação, para além de não ouvir os professores, tem vindo a pôr em prática, desde há muito, reformas que, apesar de terem alterado substancialmente a vida das escolas, nunca foram devidamente avaliadas. Além disso, de há três anos para cá, o Ministério da Educação, confrontado com os fracos resultados obtidos pelos alunos, em comparação com os de outros países – e numa lógica baseada no cumprimento da agenda de Lisboa e dos prazos impostos pela União Europeia (2013) – achou por bem atribuir aos professores a responsabilidade pelo grave estado da educação em Portugal. É nesta linha que se insere uma avaliação do desempenho burocrática, penalizadora e hipócrita que apenas impede a progressão na carreira. O seu objectivo não é o verdadeiro sucesso escolar dos alunos, mas apenas produzir boas estatísticas em termos internacionais. Estas medidas integram-se ainda num plano de contenção de despesas (encerramento de escolas, transferências de responsabilidades de gestão para os Municípios, medidas contra o ensino especial, etc.) de que só pode resultar a degradação da Escola Pública. As leis aprovadas (o Estatuto da Carreira Docente, o novo Estatuto do Aluno, as alterações ao regime do Ensino Especial, a alteração do modelo de gestão das escolas, o recurso a empresas para o fornecimento, em regime de trabalho precário, de monitores das Actividades de Enriquecimento Curricular no 1º Ciclo, a Escola a Tempo Inteiro, o programa Novas Oportunidades) apontam para a preparação de indivíduos para o mercado de trabalho precário, submissos e conformados a uma sociedade não democrática. Os professores estão hoje unidos em defesa da Escola Pública, a única escola que, efectivamente, pode formar cidadãos emancipados e à qual todos, ricos ou pobres, têm garantido o acesso. Apelamos assim aos encarregados de educação que juntem a sua voz à nossa para que, conjuntamente, saibamos definir os caminhos que levem à concretização de uma melhor escola para todos.

Esta carta aberta foi elaborada numa reunião de professores, educadores e encarregados de educação,
realizada por iniciativa da Comissão de Defesa da Escola Pública, no passado dia 15 de Março (2008), em Algés.

Das teses à praxis

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Kaótica

Este fim de semana estive praticamente sem internet. Estava tão lenta a abrir fosse o que fosse que depressa desisti e me entreguei a outros passatempos. Tinha levado comigo as teses para o Congresso do PCP, não porque seja do partido - se fosse provavelmente teria lá estado - mas porque acho interessante conhecer as actuais propostas do maior partido de esquerda, já que o PS actualmente não conta (já contou?). Concentrei-me mais na leitura de certas partes que me interessavam mais, por exemplo saber como encara o PCP a União Europeia e que desafios lança à restante esquerda no sentido de realizar uma unidade contra estas políticas do capitalismo global que atentam contra os direitos conquistados ao longo de séculos pelos trabalhadores.

No que respeita à União Europeia, as teses detectam a peçonha, apontando a tendência capitalista que a UE assume e impõe como regra geral. As teses referem que a UE já há mais de duas décadas que põe em prática o plano neoliberalista em sintonia com o imperialismo americano e com a globalização, primeiro desmatelando metodicamente os recursos nacionais e, mais recentemente, com a Estratégia de Lisboa e a sua agenda, disprover os serviços públicos e privatizá-los, entre outras artimanhas que desprotegem os mais desfavorecidos, em favor de uns quantos. Vamos ver como na prática se propõe o PCP a denunciar as nefastas estratégias da UE, levando os trabalhadores a unirem-se contra as suas consequências. Pelo menos já se ouve falar da possibilidade de ruptura (conf. 2.1.8.2. das teses).

Já no que respeita à abertura ao diálogo com outras forças políticas de esquerda, e mesmo "progressistas", existem contradições: nas teses lança-se o êngodo (ver 1.3.27. e 1.3.28), mas depois deita-se tudo a perder na falta de tacto (deliberada?) como se (des)considera essas outras forças, mais afastando do que unindo, o que faz com que na prática a divisão da esquerda volte à estaca zero, o que no momento é muito grave pois é uma forma de deixar que tudo fique na mesma, cada esquerda impotente a lutar no seu quintal, de costas viradas.

Já a luta dos professores é um exemplo. Conseguiram unir-se na luta pelas mesmas causas (mesmo se a avaliação é a causa que mais os une, embora muitos não se apercebam que o que está aqui em jogo é a escola pública e o perigo que os professores correm arrastados na sua destruição). Mas serão só os professores que lutam pelos seus direitos? E as outras classes profissionais, todas afrontadas por estas políticas? Por que não unir as suas lutas numa mesma luta? Com a força da manifestação de 100 000 de 8 de Março, agora reforçada, não tinha sido a altura certa para unir essa força à dos outros trabalhadores, antes da aprovação do código do trabalho? Por que foram os professores logo a seguir desmobilizados pelos próprios sindicatos através do fatídico memorando de entendimento com o ME, para não deixar cair a ministra nem o governo. Por que é que os sindicatos não convocam agora uma greve geral nacional? Ou uma mobilização geral dos trabalhadores de todos os sectores? Não será a luta dos professores comum à dos restantes trabalhadores e cidadãos? Se o momento é de mobilização, por que não fazer já uma mobilização unida, contra as políticas preconizadas pela Agenda de Lisboa da UE, contra a forma como os Estados optam por salvar os que nas suas negociatas inconsequentes provocaram a crise em lugar de proteger os trabalhadores, cujo trabalho gera a riqueza das nações. Ou a riqueza já não precisa dos trabalhadores para ser gerada, bastando-lhe as operações obscuras executadas pelo capital financeiro onde não há trabalho, nem dinheiro, nem impostos, onde tudo é virtual ou falso, como num jogo de Monopólio.

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