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quarta-feira, agosto 05, 2009

Nem só Tróia está lixada com um F muito grande!


Imagem daqui


A notícia já é de Fevereiro de 2008 mas vale a pena tomar conhecimento dela ainda que eu não tenha conhecimento do andar da carruagem. Saliento os seguintes parágrafos:

Setúbal, 28 Fev (Lusa) - A Assembleia Municipal de Alcácer do Sal deve aprovar sexta-feira a versão final do Plano de Pormenor do empreendimento turístico a desenvolver numa área de 346 hectares na Herdade da Comporta.

O projecto turístico, com 3.467 camas turísticas e 1.470 camas residenciais, prevê a construção de dois hotéis, dois aparthotéis, três aldeamentos turísticos, 250 moradias e dois campos de golfe na Herdade da Comporta, que abrange uma zona de pinhal e cerca de um quilómetro de praia, junto à localidade da Torre.

O Plano de Pormenor da Herdade da Comporta foi previamente aprovado, por unanimidade, pelo executivo camarário, pelo que não se prevê qualquer dificuldade na aprovação em Assembleia Municipal.

O projecto será implantado numa zona que estava classificada como Reserva Ecológica Nacional, mas o Conselho de Ministros aprovou, a 24 de Janeiro de 2008, uma resolução que alterou a delimitação da Reserva Ecológica Nacional do concelho de Alcácer do Sal.(...)
"A Reserva Ecológica é um instrumento nacional, mas é inevitável que surja um conflito de interesses quando chegar o momento da aprovação dos projectos para aquele território integrado na Rede Natura 2000, onde existem `habitats` e espécies protegidas a nível europeu", disse Hélder Spínola. [Presidente da Quercus]

"Estamos a aprovar planos de pormenor para áreas de grande interesse para a conservação da natureza que poderão provocar conflitos entre as associações ambientalistas, a autarquia e os promotores, e que poderão igualmente criar alguns problemas entre o governo português e a Comissão Europeia", acrescentou.

O presidente da Quercus defendeu ainda relocalização dos empreendimentos turísticos previstos para o litoral alentejano como forma de prevenir eventuais conflitos com a União Europeia.(...)

Para o presidente da Câmara de Alcácer do Sal, Pedro Paredes (PS), que dá praticamente como certa a aprovação do Plano de Pormenor na Assembleia Municipal de sexta-feira, o projecto turístico da Herdade da Comporta prevê uma "intervenção extraordinariamente suave numa zona paradisíaca".

"A densidade prevista nas áreas rústicas é de "13,7 camas por hectare, quando legalmente se "poderia ir até um máximo de 125 habitantes por hectare", justificou Pedro Paredes.

O autarca socialista salientou ainda a importância do projecto para o desenvolvimento económico do concelho, atendendo a que se trata de um empreendimento que irá criar muitos postos de trabalho.(...)

A semente do lodaçal está lançada:

clã do BES (detentores da Herdade da Comporta) + governo Sócrates (conselho de ministros) + a autarquia PS + assembleia municipal + o golfe + o capital e as suas negociatas + a mentira + Comissão Europeia/União Europeia + Quercus

Passo a explicar a relação sem porém deixar de apontar uma solução para este caso:

O clã BES está farto de ter ali aquela herdade só a produzir um vinhito, arroz e pequeno turismo e decide que aquele é um bom sítio para ganhar mais dinheiro, resolve meter-se no negócio do turismo (nec+otium=negação do ócio). Sendo esta uma zona protegida havia que remover as condições que obstam a que nela se possa vir a desenvolver o turismo privado, que só se contenta com aparthotéis (?) e campos de golfe. Mas a praia também lhe interessa por isso há que mover grandes influências junto do governo para que a zona protegida fosse usada em benefício da população (!). Os ministros dão o ámen e justifica-se a apropriação das zonas protegidas e de carácter público (leia-se orla costeira!) usadas para desenvolver locais de gozo privado. Não tardará em que haja zonas reservadas nas praias, não se podendo passar a direito. Zonas antes pertencentes às espécies protegidas, zonas naturais, livres até agora da intervenção humana. Ambos: governo e autarquia encontraram nos PIN (Projectos de Interesse Nacional) a manobra perfeita para justificar a mentira da criação de emprego.
Tive oportunidade de falar neste assunto com uma pessoa da terra, bem informada que me assegurou que essa da criação de emprego era mentira, pois já as negociatas vinham montadas de forma a que cada uma trazia os seus próprios precários anexada. E que as pessoas da terra só iam ser prejudicadas com os preços praticados nos empreendimentos turísticos.
Tudo isto cozinhado pelo governo que agora vai a eleições e pelo autarca que irá a eleições e o povo tem a obrigação de não votar nesta gente. Mas não é por isso que vai ter que votar no PSD. O PSD tem outros grupos financeiros e outros governos que vão apropriar-se das negociatas e fazê-las com a sua gente. Apenas as moscas mudam. O povo tem o dever de votar ou de não votar, mas se votar que vote em qualquer outro partido que não sejam esses do capital e das negociatas, que seja um governo outro que defenda e preserve o ambiente e que ponha o país a produzir em vez de o vender às fatias.
Solução: não votar em nenhuma desta gente. Para país de alterne já nos basta!!!
Entretanto temos para nos defender a Quercus que ameaça o projecto com a União Europeia, como se não soubesse de antemão que é daí que vêm as bençãos (ia jurar que esses PINs que tudo permitem, desde campos de golfe para gastar a nossa água, até à privatização das nossas praias, vêm de directivas da União Eropeia). Sendo assim estamos muito mal defendidos!!!



quarta-feira, julho 22, 2009

Ecologia de fraldas


Veja aqui a demonstração Quercus das fraldas reutilizáveis

(preços entre os 20 e os 30 euros a unidade)


«Alertar para as virtudes das fraldas reutilizáveis e para as desvantagens das descartáveis é o objectivo da campanha nacional lançada pela Quercus. Em 2008 foram parar ao aterro e à incineração 200 mil toneladas de fraldas, ou seja, 5,17% dos resíduos sólidos urbanos produzidos no país.» Público.

Daqui


Talvez alguns achem estranha esta minha preocupação com fraldas, ou julguem ser este um post absolutamente ecologista. De facto este fim de semana voltei a ficar bem sensível ao problema das fraldas. E tudo isto porque surgiu uma notícia muito feliz para toda a família: vem aí a caminho mais um bebé que só virá confirmar a tia babada que eu já sou e tornar o mundo mais risonho e colorido do que ele de facto é. Mas um bebé é sinónimo de mais fraldas no mundo e nós, mães de uma certa geração da fast-sheet, que aplaudimos este invento e o considerámos um dos melhores do século XX, vamos agora subitamente ter que inverter o processo e começar a sensibilizar as jovens mães cada vez mais atarefadas para as virtudes das fraldas reutilizáveis. Mas fralda reutilizável tem virtude? poderá com toda a razão perguntar a minha cunhada brasileira. Por isso não será nada fácil “vender" essa ideia de que fralda descartável já era, se nos dizemos defensoras da preservação do ambiente. Ainda bem que há uma Quercus para atirar com essa bujarda cá para fora, mas não sei até que ponto a iiniciativa motivará a acção. Mesmo as mulheres mais activistas que já se confrontaram com a situação de uma fralda completamente suja, depressa colocarão de parte suas convicções à primeira demonstração dos resultados.

Melhor seria pedir aos japoneses que inventassem uma fralda que se desintegrasse depois de cumprida a sua função.

quinta-feira, agosto 14, 2008

China: o Sol quando brilha não é para todos...

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"Podemos escolher o que semear,mas somos obrigados a colher aquilo que plantámos."
Provérbio chinês

«(...)

Aliás, tanto quanto se sabe, têm sido precisamente as questões ambientais que têm levado à indignação das populações e a inúmeros tumultos no país: até porque a crescente classe média (e não só), exige um ambiente mais limpo.

Não admira, pois, que na China já hoje se contabilize cada dia em que o sol brilha num céu azul, livre de nuvens e de poluição. Nos documentos do Plano “Defending Blue Sky” (“Em defesa de um céu azul”), posto em prática a partir de 1998 em Pequim, refere-se que os veículos motorizados são os responsáveis pelas emissões diárias de 3600 toneladas de poluentes. Outra coisas não seria de esperar numa cidade onde circulam actualmente 2,6 milhões de veículos motorizados e onde, para além disso, em cada dia se fazem à estrada mais 1000 novos veículos. Recorde-se, a este propósito, que em finais de 2004 existiam na China aproximadamente 24 milhões de veículos automóveis em circulação e que, se o uso do carro se aproximasse dos níveis dos EUA este número andaria pelos mil milhões de veículos. Ora as autoridades definiram a indústria automóvel como um dos pilares da economia chinesa e, em 2006, estima-se que as vendas de veículos tenham subido 50%, custando a gasolina 2,4 Dólares/galão (metade do preço médio europeu).

(...)»

Ler todo o texto aqui

sexta-feira, fevereiro 16, 2007

Amazónia para sempre

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CARTA ABERTA DE ARTISTAS BRASILEIROS
SOBRE A DEVASTAÇÃO DA AMAZÔNIA

Acabamos de comemorar o menor desmatamento da Floresta Amazônica dos últimos três anos: 17 mil quilômetros quadrados. É quase a metade da Holanda. Da área total já desmatamos 16%, o equivalente a duas vezes a Alemanha e três Estados de São Paulo. Não há motivo para comemorações. A Amazônia não é o pulmão do mundo, mas presta serviços ambientais importantíssimos ao Brasil e ao Planeta. Essa vastidão verde que se estende por mais de cinco milhões de quilômetros quadrados é um lençol térmico engendrado pela natureza para que os raios solares não atinjam o solo, propiciando a vida da mais exuberante floresta da terra e auxiliando na regulação da temperatura do Planeta.

Depois de tombada na sua pujança, estuprada por madeireiros sem escrúpulos, ateiam fogo às suas vestes de esmeralda abrindo passagem aos forasteiros que a humilham ao semear capim e soja nas cinzas de castanheiras centenárias. Apesar do extraordinário esforço de implantarmos unidades de conservação como alternativas de desenvolvimento sustentável, a devastação continua. Mesmo depois do sangue de Chico Mendes ter selado o pacto de harmonia homem/natureza, entre seringueiros e indígenas, mesmo depois da aliança dos povos da floresta “pelo direito de manter nossas florestas em pé, porque delas dependemos para viver”, mesmo depois de inúmeras sagas cheias de heroísmo, morte e paixão pela Amazônia, a devastação continua.

Como no passado, enxergamos a Floresta como um obstáculo ao progresso, como área a ser vencida e conquistada. Um imenso estoque de terras a se tornarem pastos pouco produtivos, campos de soja e espécies vegetais para combustíveis alternativos ou então uma fonte inesgotável de madeira, peixe, ouro, minerais e energia elétrica. Continuamos um povo irresponsável. O desmatamento e o incêndio são o símbolo da nossa incapacidade de compreender a delicadeza e a instabilidade do ecossistema amazônico e como tratá-lo.

Um país que tem 165.000 km2 de área desflorestada, abandonada ou semi-abandonada, pode dobrar a sua produção de grãos sem a necessidade de derrubar uma única árvore. É urgente que nos tornemos responsáveis pelo gerenciamento do que resta dos nossos valiosos recursos naturais.

Portanto, a nosso ver, como único procedimento cabível para desacelerar os efeitos quase irreversíveis da devastação, segundo o que determina o § 4º, do Artigo 225 da Constituição Federal, onde se lê:

"A Floresta Amazônica é patrimônio nacional, e sua utilização far-se-á, na forma da lei, dentro de condições que assegurem a preservação do meio ambiente, inclusive quanto ao uso dos recursos naturais"

Assim, deve-se implementar em níveis Federal, Estadual e Municipal


A INTERRUPÇÃO IMEDIATA DO

DESMATAMENTO DA FLORESTA AMAZÔNICA.

JÁ!


É hora de enxergarmos nossas árvores como monumentos de nossa cultura e história.


SOMOS UM POVO DA FLORESTA!

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