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sexta-feira, janeiro 02, 2009

Eu promulgo, tu promulgas, ele promulga...

Por iniciativa do movimento PROmova, muitos professores devem ter enviado esta missiva de Natal ao Presidente da República. Claro que o songa monga fez orelhas mocas e logo no primeiro dia do ano promulgou a lei que regula a avaliação do desempenho dos docentes, mesmo remendada e mal amanhada, como tudo o que nasce torto tarde ou nunca se endireita. Outra coisa não seria de esperar da múmia excelentíssima. Face a isto, O Pafúncio vem propôr algo que, caso resulte, poderá apaziguar a luta dos professores:

Pegue-se num bolo rei bem recheado de frutas cristalizadas, nozes, pinhões e passas e envie-se o mesmo ao PR, o qual deverá convocar o primeiro ministro e a sinistra da educação para assistirem ao repasto. Coloque-se estes dois elementos, desprovidos de guarda-chuva em frente ao PR que deverá encher bem a boca com uma grossa fatia e conjugar o verbo PROMULGAR: eu promulgo, tu promulgas ele promulga... em todos os modos, tempos e pessoas; caso o primeiro e a sinistra não sejam atinjidos por nenhum perdigoto, os professores comprometem-se a aceitar e a cumprir a lei da avaliação, desconvocando todas as greves e formas de luta agendadas para 2009!

Presidência da República
Palácio de Belém
Calçada da Ajuda
1349-022 Lisboa (Portugal)


Telefone: (+351) 21 361 46 00
Telefax: (+351) 21 363 66 03
Correio electrónico: belem@presidencia.pt


POSTAL DE NATAL

SANTO NATAL E FELIZ ANO NOVO

Exmo. Senhor Presidente da República,
Os professores portugueses vêm, por este meio, desejar a Vossa Excelência e família um Santo Natal e um Feliz Ano Novo.
Certos da importância que representamos para a sociedade portuguesa e para o desenvolvimento harmonioso do País, endereçamos-lhe o nosso veemente apelo para que interceda junto do Governo no sentido de o alertar para as profundas alterações que a recente legislação introduziu no funcionamento interno das escolas e consequente mal-estar generalizado no ambiente de trabalho dos respectivos corpos docentes.
Assim, os professores solicitam a Vossa Excelência a formalização do nosso profundo descontentamento junto do Governo em aspectos que condicionam negativamente o funcionamento das escolas publicas, designadamente a divisão do corpo docente entre professores titulares e professores não titulares com base em critérios discriminatórios, sem validade coerente em termos científicos e pedagógicos, bem como a avaliação de desempenho sujeita a quotas, também aqui forçosamente acima dos já referidos critérios de natureza científica e pedagógica.
Porque somos todos professores, independentemente do número de anos que leccionamos, da nossa idade e do vínculo laboral que mantemos com o Ministério da Educação, solicitamos a Vossa Excelência que faça chegar junto do Governo todo o nosso empenho e interesse por uma avaliação do nosso desempenho profissional justa e séria, baseada em critérios científicos e pedagógicos, tendo em conta toda a nossa experiência profissional, sem quaisquer discriminações e colocando todos os professores em situação de igualdade, sem qualquer divisão da carreira docente.
Senhor Presidente, os professores efectuaram uma longuíssima preparação e formação para o desempenho das suas funções, tendo prescindido de muitas coisas, ao longo de anos, para poderem dar o seu melhor. Não queremos agora, depois de tão difícil e enorme esforço, ver defraudadas as nossas expectativas de realização socioprofissional.
Senhor Presidente, precisamos agora, mais que nunca, que exerça a sua influência junto do Governo, no sentido de dar voz ao nosso descontentamento generalizado face às políticas ignóbeis seguidas pelo actual Governo e que, em ultima análise, apenas e tão-só estão a descaracterizar e a minar a escola pública portuguesa, com a consequente perda de qualidade, colocando assim em risco a formação das futuras gerações em Portugal e o desenvolvimento do País.
Com votos de Boas Festas,


Nome: ___________________________________

Escola: ___________________________________

Localidade: _______________________________

(e já agora, vai uma fatiazinha de bolo rei, senhor presidente?)




segunda-feira, outubro 20, 2008

In Memoriam

Expresso, Acordo Plataforma/ME
(carregar sobre a imagem para ler)

A luta dos professores, a força que demonstraram na Marcha da Indignação em que desfilaram 100 000, era afinal o "restolho já seco" de que Carvalho da Silva falava quando o gritava nas manifestações da CGTP. Então por que seguraram este governo? Por que deitaram um balde de água fria sobre o movimento dos professores com a solução pífia da assinatura do Memorando do Entendimento? Por que não o ligaram aos outros sectores de trabalhadores em luta? Não é uma força cada vez maior que se pede às centrais sindicais para promover e apoiar os trabalhadores organizando a sua luta? Aqui o caso era bem sério e, como tal, tudo foi resolvido nas mais altas esferas. O próprio Carvalho da Silva foi chamado a interceder no sentido de apaziguar a revolta dos professores. E intercedeu. Lá deve ter dado um puxão de orelhas ao seu discípulo Mário Nogueira a conselho do senhor primeiro-ministro, em reunião promovida pelo ministro do trabalho, Vieira da Silva (será por serem todos "da Silva"?) e todo este cozinhado abençoado pelo presidente da república. Cada vez mais à distância, dá que pensar...

terça-feira, fevereiro 05, 2008

A Mascarada da Presidência da República

KAOS (ler)

"É bom que tenhamos agora quatro dias em que não se fala de política para os portugueses não pensarem nisso e os próprios políticos poderem gozar com tranquilidade"
Cavaco Silva

quarta-feira, janeiro 23, 2008

Espantástico Cavaco!


No dia em que fez dois anos na presidência da república, Cavaco Silva em visita à cozinha conventual do Mosteiro de Arouca, onde estavam expostas doçarias e produtos tradicionais da região, disse a sua primeira graçola: «E, então, a ASAE ainda não veio cá?» - perguntou a múmia num esgar jocosinho, que só teve piada pela referência óbvia e não pela graça da sua majestade. Por todos os meios de comunicação fez-se passar a mensagem de que o presidente senhor Silva é querido de todos. Não ouvi qualquer referência a vozes discordantes nem a vaias. E no entanto elas existiram. Cavaco foi hoje vaiado e eu se lá estivesse também o teria vaiado, que é o mínimo que posso fazer. Ouvi-o hoje nos noticiários a auto-elogiar a sua clarividência visionária, qualquer coisa como: eu não vos tinha avisado que vinham aí tempos difíceis para os trabalhadores? (no discurso natalácio) Estão a ver as bolsas em queda? A crise mundial? Eu sabia que os tempos não iam ser fáceis, eu avisei-vos de que só com muito trabalhinho, porreirinho da silva, e com "as políticas correctas..." (sabemos ao que se refere: as pessoas continuarem a apertar o cinto!). Já repararam que quando as bolsas andam em alta, ninguém vem dizer que se vai distribuir o milho pelos pardais. E no entanto, nessas alturas, uns poucos enriquecem instantaneamente; mas quando as bolsas estão em queda e anda tudo ó tio, ó tio, logo aparecem estes senhores, estes vates mumificados, a dizer que todos temos que pagar a crise; o que, logo a seguir, se há-de sentir nos bolsos cada vez mais vazios da populaça (e agora cada vez mais nos da classe média, que se devia passar a chamar "classe merdia"). Senhor presidente, nós sabemos que já sabia disto tudo. Aliás tudo isto faz parte de um programa que tem o objectivo de enriquecer poucos com o dinheiro de todos nós. Por isso, para si, aqui vai o meu assobio em protesto para dois anos do mais completo cinismo e pobreza franciscana ao nível das ideias!

FIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUU!!!!

segunda-feira, junho 25, 2007

Vamos tomar cuidado com promessas assinadas em papel molhado


censorship

Vamos lá reflectir se queremos ou não este tratado que vai agora começar a ser escrito. Sabem alguma coisa sobre o seu conteúdo? Nada. Tudo leva a crer que é top secret, que só aqueles senhores da Cimeira de Bruxelas que estiveram lá a bichanar uns com os outros, a negociar e a fazer acordos é que sabem o que para lá deve ser escrito.

Faz-se um congressozito qualquer do PP ou do PS ou do PSD e a gente tem que levar com ele a todas as horas nas televisões e em todos os órgãos de informação: e ouve pedaço do que disse este e mais um bocado do que outro disse.

Faz-se uma cimeira a nível europeu, para decidir dos destinos da união europeia, reunem-se as figuras, uma fortaleza de segurança, e nada de cameras a filmar a negociata. Onde está a reportagem da Cimeira? A gente sabe lá o que é que eles estiveram a combinar uns com os outros! O que nos chega é que será o nosso país a ocupar-se da escritura do importante tratado e a continuar as negociações entre os países. Um encontro com esta importância devia ser filmado e as negociações deviam ocorrer debaixo dos olhos dos povos europeus, pelo menos no que respeita aos momentos mais decisivos da cimeira. Ficaríamos a perceber o que está em jogo, o que cada nação europeia procura salvaguardar, de que forma os poderes se vão distribuir, quem está de acordo em cumprir o quê, quais os direitos que cada país conseguiu assegurar, o que cada um irá perder, o que irá ganhar com o acordo. Mas nada chega até nós. Só um primeiro ministro que vem de lá a dizer que Portugal tem agora uma missão muito importante a cumprir, que nos devíamos orgulhar de sermos nós os escrivãos do reino da Europa, que nada se poderá dizer agora sobre o tratado porque o tratado ainda não está escrito e que só depois do tratado estar pronto é que se deve conhecer o seu conteúdo. Então mas eles, que lá estiveram, não sabem o que é suposto constar do tratado? Onde está o nosso direito à informação atempada e objectiva para podermos já começar a pensar sobre o assunto. Então só eles que o vão escrever é que têm direito a conhecer as matérias que discutiram, como e de que forma se resolveram, o que ficou realmente acordado? O povo é como o corno, o último a saber? E eles ainda vão todos pensar se somos ou não dignos de ser consultados. O presidente aparece a dizer o mesmo: só depois do texto escrito é que se verá se há necessidade de referendo. E o primeiro dá um passo à frente para dizer que vai cumprir a sua promessa eleitoral de referendar a coisa mas dá dois atrás logo a seguir, dizendo que ainda é cedo para saber se vale a pena fazer ou não referendo porque primeiro é preciso conhecer o texto do tratado.

Senhor engenheiro primeiro ministro, então ainda não sabe se conseguirá dar a volta ao texto para o dar ao povo em forma de pílulas ou de supositório de toma única? Não me diga que ainda não sabe o que o texto terá inevitavelmente que conter. Não me diga que ainda não pensou em nenhum eufemismo para atenuar uma perda nítida de poderes por parte das nações soberanas. Vamos ter que esperar, não é? É melhor a informação chegar-nos por meio de pílulas, embora em si já tenha sido introduzido todo o supositório, não é? Está bem, nós esperamos, mas não se admire se formos fazendo perguntas porque nós aqui nos blogues gostamos de ler a literatura do remédio antes de o tomar e não gostamos nada que nos enfiem um saco na cabeça enquanto vocês decidem sozinhos os destinos do nosso país.

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