
Senadores tchecos aprovam Tratado de Lisboa (AFP) (ler notícia)
A um presidente da república de um estado membro da União Europeia devia bastar um simples argumento para não ratificar o Tratado de Lisboa: tendo o povo da Irlanda chumbado em referendo o tratado, o assunto estava resolvido pela aplicação das regras criadas pela própria União Europeia. Se os outros pares estavam dispostos a fazer batota e a mudar de regras a meio do jogo, ele estava disposto a jogar limpo até ao fim.
Mas a União Europeia rege-se por interesses e é apenas um simulacro da verdadeira Democracia. Na República Checa vem o primeiro-ministro e o ministro dos negócios estrangeiros apelar ao senado para que vote favoravelmente gritando “somos europeus” (onde é que eu já ouvi isto?); por cá, a mesma vergonha, sem honra, com a agravante de haver uma promessa eleitoral de referendar o Tratado, de que o governo depois de eleito veio dar o dito por não dito. E o Durão Barroso, porreiro, pá, mais uns que embarcaram no Tratado. Em Outubro volta-se a referendar o Tratado na Irlanda, até o resultado ser SIM e a tramóia ir para a frente.