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quarta-feira, dezembro 26, 2007

Le diable (Ça va)
Paroles et Musique: Jacques Brel 1953

{Prologue:}

Un jour le Diable vint sur terre, un jour le Diable vint sur terre
pour surveiller ses intérêts, il a tout vu le Diable, il a tout entendu
et après avoir tout vu, après avoir tout entendu, il est retourné chez
lui, là-bas.
Et là-bas on avait fait un grand banquet, à la fin du banquet, il s'est
levé le Diable, il a prononcé un discours et en substance il a dit ceci,
il a dit:

Il y a toujours un peu partout
Des feux illuminant la terre ça va
Les hommes s'amusent comme des fous
Aux dangereux jeux de la guerre ça va
Les trains déraillent avec fracas
Parce que des gars pleins d'idéal
Mettent des bombes sur les voies
Ça fait des morts originales
Ça fait des morts sans confession
Des confessions sans rémission ça va

Rien ne se vend mais tout s'achète
L'honneur et même la sainteté ça va
Les États se muent en cachette
En anonymes sociétés ça va
Les grands s'arrachent les dollars
Venus du pays des enfants
L'Europe répète l'Avare
Dans un décor de mil neuf cent
Ça fait des morts d'inanition
Et l'inanition des nations ça va

Les hommes ils en ont tant vu
Que leurs yeux sont devenus gris ça va
Et l'on ne chante même plus
Dans toutes les rues de Paris ça va
On traite les braves de fous
Et les poètes de nigauds
Mais dans les journaux de partout
Tous les salauds ont leur photo
Ça fait mal aux honnêtes gens
Et rire les malhonnêtes gens.
Ça va ça va ça va ça va

SeBento XVI e a cínica encenação da sua benção "Urbi et Orbi"

Imagem retirada daqui

Este ano a benção papal “Urbi et Orbi” fez uma espécie de levantamento de todos os males que vão pelo mundo (ver aqui). Falou do Dafur e do Afeganistão e do Iraque, das catástrofes humanitárias e bélicas e ainda do perigo que corre o equilíbrio ecológico terrestre devido à “exploração imprudente dos recursos naturais”. Aguardei mais um pouco para ver se depois de referir os males apontava o dedo às causas, mas de capitalismo desenfreado e de globalização nem uma palavra. Na sequência daquele discurso social e humanitário seria de esperar que se apresentassem as soluções, o modo como a humanidade devia proceder: a condenação do consumismo e do lucro desmedido das multinacionais, a acusação aos senhores do mundo cujas políticas económicas exploram desmedidamente os recursos naturais, dos governantes que são causadores das guerras e dos conflitos, de uma globalização que não faz senão gerar maiores desigualdades. Mas não. Cinicamente este Papa, também ele afinal um desses senhores do mundo, vem no final dizer ao rebanho que a solução para tudo isto pode ser divina e que os fiéis devem… orar, pois a salvação do mundo só se poderá obter pela oração! Ou seja, a salvação do mundo não está para a igreja católica na capacidade humana de inverter o sentido de uma marcha acelerada para a destruição da própria humanidade. Essa responsabilidade continua ad eternum a ser relegada para o plano divino enquanto cá na Terra progride o pecado capital. E, como sempre, aos pecadores prescreve-se que rezem mais, que quanto mais pecadora for a humanidade mais orações deverá fazer. Por isso quanto mais crentes formos nessa suposta solução divina menos devemos agir e mais fervorosamente devemos rezar, depositando assim os destinos do mundo na mão de Deus. Na mão de Deus que, dizem, é todo espírito e luz? Que me perdoem os crentes, pois não há maior falsidade que a religião católica!

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