«As acções directas que desobedecem o poder político não são um mero uso de força por aqueles que não detêm o poder, mas um uso que aspira mais legitimidade que as acções daqueles que controlam os meios legais de violência. Talvez fosse o caso de lembrar, mesmo para os cientistas sociais, que nossas instituições democrático-liberais são instrumentos de um poder que aspira o monopólio do uso legítimo da violência. Há assim, na desobediência civil, uma disputa de legitimidade entre a acção legal daqueles que controlam a violência do poder do estado e a acção daqueles que fazem uso da desobediência reivindicando uma maior justiça dos propósitos.»
Objecção à objecção:
Mas e se houver uma maioria parlamentar que impeça essas leis injustas de serem mudadas, devemos desobedecer-lhes e reivindicar uma maior justiça dos propósitos?