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quinta-feira, outubro 25, 2007

Não ao Tratado Europeu

ENCONTRO PARA A UNIDADE PARA UMA POLÍTICA SOCIALISTA

PELA DEFESA DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA PORTUGUESA!

NÃO AO TRATADO EUROPEU!


Cara(o) camarada,

Fomos 200 mil a apoiar a CGTP quando disse, pela voz de Carvalho da Silva: “Não aceitamos a revisão do Código do Trabalho. Não aceitamos a desregulamentação do horário de trabalho. Este conceito de flexigurança, que nada tem a ver com a nossa realidade, tem que ser rechaçado. Não aceitamos que haja já outros a preparar-se para saltar para o poleiro, para exigirem dos trabalhadores ainda mais e mais, e a dizerem que iriam continuar mais 15 a 20 anos assim, a explorarem sem limites e a viverem à custa da especulação financeira.

Não podemos continuar assim, pois isto só gera mais desemprego, mais precariedade, mais desigualdade, mais 100 mil trabalhadores a partirem, em cada ano, para a imigração.

É tempo de:

- Aumentar os salários e melhorar as condições de vida das famílias;

- Travar o desemprego e as privatizações;

- Travar a ofensiva contra as carreiras dos funcionários públicos;

- Investir na Educação, em vez da política contra os seus profissionais (professores);

- Fazer uma política de Saúde ao serviço das populações e não do capital;

- Promover a justiça social.

(…) Estamos juntos na luta com os outros trabalhadores da Europa, com a greve dos trabalhadores franceses, para os quais mandamos uma fraterna mensagem de solidariedade.

Apostamos no combate para a unidade.”

Carvalho da Silva afirma que aposta na realização da unidade.

Nós partilharemos de todo o combate para a unidade que for na via de pôr em prática uma política para responder às exigências da maioria do povo, expressas na manifestação dos 200 mil de 18 de Outubro.

Para nós, a satisfação dessas exigências e o caminho da unidade só podem assentar na defesa e retoma de todas as conquistas do 25 de Abril – incompatíveis com as directivas e os tratados da União Europeia.

Na Assembleia da República existe uma larga maioria de deputados pertencentes a forças políticas que se reclamam do 25 de Abril. Entre eles, está a maioria absoluta do PS.

Onde está escrito que esta maioria tem que apoiar um Governo que é unha com carne com Durão Barroso – cuja política o povo rejeitou nas eleições de Fevereiro de 2005?

Não está escrito em lado nenhum!

Foi esta constatação que levou militantes de diferentes tendências, reunidos com o POUS, a enviarem uma mensagem aos manifestantes de 18 de Outubro, onde é dito:

«Estamos convencidos de que são essenciais todos os passos que forem dados no sentido da batalha democrática pela unidade de todos os sindicatos e forças de Abril, em direcção ao Grupo parlamentar do PS – para que rompa com as ordens da Comissão Europeia e do BCE, com os seus Tratados (em particular o de Maastricht, que impõe a ditadura do “défice zero”), para que se recuse a caucionar o novo “Tratado reformador da UE”, que retirará todo o poder à Assembleia da República.

É esta convicção que nos leva a propor a realização de um Encontro para a unidade, para combater pela constituição de um Governo que aplique um programa de medidas socialistas, um programa para retomar todas as conquistas do 25 de Abril, para a construção de um país de liberdade, de paz, de desenvolvimento e da realização em todas as suas dimensões, da económica à cultural.»

Foi neste sentido que, também nessa mensagem, anunciámos a realização de uma reunião com o objectivo de começar a organizar este

ENCONTRO PARA A UNIDADE PARA UMA POLÍTICA SOCIALISTA

Reunião de preparação, 6ª feira, 26 de Outubro de 2007, 18 h 30 M

Rua Santo António da Glória, nº 52 B – cave C, Lisboa

(Local cedido pelo POUS)

Cara(o) camarada,

Participa nesta reunião, aberta a todos os que reconhecem a necessidade de avançar nesta via.

Lisboa, 23 de Outubro de 2007

Pela Comissão de Iniciativa

Jorge Torres (CT da UNOR)

Carmelinda Pereira (POUS)

Assina o Apelo europeu pelo “Não ao Tratado reformador da UE”

quarta-feira, outubro 17, 2007

Pobreza/Riqueza Extremas e Tratados assinados em papeis molhados

Tratado simplificado
(Texto de Arquivo)

O Meu Compadre



O meu compadre

Que é rico, disse-me:

Tira os olhos do chão

Aceita o meu concelho

Não aceites derrotas

Tira os olhos do chão

Tira os olhos do chão


E eu respondi

Ó meu amigo, ó meu palerma

Se eu tenho os olhos no chão

Não é por estar derrotado

É pra ver o caminho

E é pra ver o que calco

Que eu não ando nas nuvens

A pisar pó de talco

A pisar pó de talco.


Vamos, vamos, vamos

Tomar cuidado

Com promessas assinadas

Em papel molhado


O meu compadre

Que é rico, disse-me:

Eu cá sou democrata

Cumprimento as vizinhas

Como pão e sardinhas

Até as como da lata

Que eu cá sou democrata.


E eu respondi:

Ó meu amigo, ó meu cretino

Democratas assim

Tem a gente de sobra

A vender a banha de cobra

E a afinar o latim

Pela nota corrente

E pela nota de mil

Democratas assim

Até há dois no Brasil

Até há dois no Brasil


Vamos, vamos, vamos

Tomar cuidado

Com promessas assinadas

Em papel molhado


O meu compadre

Que é rico disse-me:

Somos todos irmãos

Que é que interessa eu ser rico

Não faz mal tu seres pobre

Somos todos irmãos


E eu respondi:

Ó meu amigo, ó meu hipócrita

Se somos todos irmãos

Diz-me então onde andavas

Quando, algemas nas mãos

A gente pagava as favas

Por só querermos ser gente

E como gente falar

Diz-me de que lado estavas

Antes disto mudar

Antes disto mudar


Vamos, vamos, vamos

Tomar cuidado

Com promessas assinadas

Em papel molhado.


segunda-feira, junho 25, 2007

Vamos tomar cuidado com promessas assinadas em papel molhado


censorship

Vamos lá reflectir se queremos ou não este tratado que vai agora começar a ser escrito. Sabem alguma coisa sobre o seu conteúdo? Nada. Tudo leva a crer que é top secret, que só aqueles senhores da Cimeira de Bruxelas que estiveram lá a bichanar uns com os outros, a negociar e a fazer acordos é que sabem o que para lá deve ser escrito.

Faz-se um congressozito qualquer do PP ou do PS ou do PSD e a gente tem que levar com ele a todas as horas nas televisões e em todos os órgãos de informação: e ouve pedaço do que disse este e mais um bocado do que outro disse.

Faz-se uma cimeira a nível europeu, para decidir dos destinos da união europeia, reunem-se as figuras, uma fortaleza de segurança, e nada de cameras a filmar a negociata. Onde está a reportagem da Cimeira? A gente sabe lá o que é que eles estiveram a combinar uns com os outros! O que nos chega é que será o nosso país a ocupar-se da escritura do importante tratado e a continuar as negociações entre os países. Um encontro com esta importância devia ser filmado e as negociações deviam ocorrer debaixo dos olhos dos povos europeus, pelo menos no que respeita aos momentos mais decisivos da cimeira. Ficaríamos a perceber o que está em jogo, o que cada nação europeia procura salvaguardar, de que forma os poderes se vão distribuir, quem está de acordo em cumprir o quê, quais os direitos que cada país conseguiu assegurar, o que cada um irá perder, o que irá ganhar com o acordo. Mas nada chega até nós. Só um primeiro ministro que vem de lá a dizer que Portugal tem agora uma missão muito importante a cumprir, que nos devíamos orgulhar de sermos nós os escrivãos do reino da Europa, que nada se poderá dizer agora sobre o tratado porque o tratado ainda não está escrito e que só depois do tratado estar pronto é que se deve conhecer o seu conteúdo. Então mas eles, que lá estiveram, não sabem o que é suposto constar do tratado? Onde está o nosso direito à informação atempada e objectiva para podermos já começar a pensar sobre o assunto. Então só eles que o vão escrever é que têm direito a conhecer as matérias que discutiram, como e de que forma se resolveram, o que ficou realmente acordado? O povo é como o corno, o último a saber? E eles ainda vão todos pensar se somos ou não dignos de ser consultados. O presidente aparece a dizer o mesmo: só depois do texto escrito é que se verá se há necessidade de referendo. E o primeiro dá um passo à frente para dizer que vai cumprir a sua promessa eleitoral de referendar a coisa mas dá dois atrás logo a seguir, dizendo que ainda é cedo para saber se vale a pena fazer ou não referendo porque primeiro é preciso conhecer o texto do tratado.

Senhor engenheiro primeiro ministro, então ainda não sabe se conseguirá dar a volta ao texto para o dar ao povo em forma de pílulas ou de supositório de toma única? Não me diga que ainda não sabe o que o texto terá inevitavelmente que conter. Não me diga que ainda não pensou em nenhum eufemismo para atenuar uma perda nítida de poderes por parte das nações soberanas. Vamos ter que esperar, não é? É melhor a informação chegar-nos por meio de pílulas, embora em si já tenha sido introduzido todo o supositório, não é? Está bem, nós esperamos, mas não se admire se formos fazendo perguntas porque nós aqui nos blogues gostamos de ler a literatura do remédio antes de o tomar e não gostamos nada que nos enfiem um saco na cabeça enquanto vocês decidem sozinhos os destinos do nosso país.

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