Marreta disse...
Mas quem é que quer saber do Palácio dos Henriques?! Se fosse um McDonalds ou uma pizzaria qualquer, decerto estava abarrotada de obesos a mastigar gordura saturada. Se ainda por lá se vendessem telemóveis baratos ainda podia ser que houvesse uma bicha à porta. Se tivesse um cartaz à porta a anunciar uma rave com muitos cogumelos a 5 euros/pax ainda haveria confusão para chegar à bilheteira. Se fizessem tatuagens baratas ainda vá lá. Se houvesse um casamento, daqueles de Agosto, com sotaque franciú, com muita brilhantina, fatos a cheirar a bolor tirados do roupeiro depois de 4 ou 5 anos sem de lá terem saído, e 20 ou 30 pratos para comer até ao enfarte do miocárdio, mas sem esquecer de deixar no bolso do noivo o envelope com 200 aéreos, ainda está bem, de certeza que o palácio era pequeno para a afluência. Agora, um palácio? O que é que um palácio pode ter lá dentro de interessante, para sequer manter um porteirinho que seja? Bah! Essas coisas não interessam. Cultura é centro comercial, é passar 2 horas na bicha para chegar à praia, abancar na areia ao 1/2 dia, trabalhar para o cancro até às 2, arrancar para o tasco, emborcar uma feijoada e uma litrada de carrascão, regressar ao areal, fazer mais 2 ou 3 horas de fritura, e por fim passar mais 2 horas no trânsito para chegar a casa. Cultura é lavar o pópó no Elefante Azul ao Domingo de manhã, é passear os chanatos comprados a crédito na Charles e a camisa dos ciganos - porque o crédito não dá para tudo - ao Sábado à tarde, de telmóvel numa mão e chave do carro na outra, no COntinente, mas com o carrinho cheio de ar apenas com 2 pacotes de bolachas, 1/2 dúzia de iogurtes da casa e 1 molho de t-shirts de 1 aéro cada, porque a tal dos ciganos precisa de pelo menos 1 lavagem por mês. Palácios! Igrejas! Só se for para a hóstia ao Domingo. Ah! E cultura, ou não fosse amanhã dia 13, é Fátima. Amen.
Saudações do Marreta.