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terça-feira, março 17, 2009

DEBATE RUE -19/03/2009, 21h30, Lisboa



http://rueportugal.wordpress.com/

rueportugal@gmail.com


CONVITE

Debate sobre “Defesa da nação e direito de cidadania”


Há muita gente que se diz “de esquerda” e considera a defesa das nações como um acto reaccionário, pois associa essa defesa à defesa do “nacionalismo” – apanágio da direita.

Pelo contrário, os membros da RUE consideram que defender a nação enquanto tal – com todo o conjunto de direitos e conquistas que as lutas dos trabalhadores e das populações impuseram na respectiva legislação – é um acto progressista.

E colocamos a questão: Por que é a União Europeia – que não tem nada de “progressista” – ataca e colabora nos ataques às nações e às suas conquistas, opondo-lhes a defesa de uma legislação “supra-nacional” e a divisão de cada nação em “regiões”?

Um dos objectivos deste debate é contribuir para o esclarecimento destas questões.

Como uma primeira contribuição para o debate enviamos um texto recebido da camarada Ana Paula Amaral, que estabelece a ligação entre a questão da degradação económica e social – e, em particular, dos despedimentos, que afectam todos os países do mundo – e a necessidade de defender a nação.

Tirando como conclusão que só a classe trabalhadora está em medida de fazer essa defesa.


Debate: “Defesa da nação e direito de cidadania”

19 de Março (5ª feira) – 21 h 30 m

Rua de Santo António da Glória, nº 52 B, cave C, em Lisboa

Participa neste debate!

Traz outro amigo também!

A destruição da produção e o desemprego não são inevitáveis

Só no mês de Janeiro, inscreveram-se nos Centros de emprego portugueses mais 70 mil pessoas!

A questão a que é necessário responder é: isso era inevitável? É apregoado (pela propaganda oficial) que os despedimentos e o desemprego em massa são inevitáveis "por causa da crise mundial", havendo mesmo quem ponha em grandes “outdoors” a proibição dos despedimentos apenas nas empresas que têm lucros.

Mas será esta situação inevitável quando existe no mundo produção suficiente para matar a fome a toda a população mundial? Não é o próprio Banco Mundial que o diz?

Será “inevitável” enquanto todos os governos do mundo, incluindo o português, oferecem milhões do Erário Público para "salvar" banqueiros e especuladores.

É “inevitável” porque existem fortunas depositadas em paraísos fiscais e “offshores” (como na Madeira) destinados a proporcionar aos capitalistas "facilidades de investimento” (igual a desregulamentação do trabalho, benefícios fiscais, etc.).

É inevitável que a economia das nações, incluindo a nação portuguesa, seja – desde há mais de vinte anos – determinada por "quotas de produção" impostas pela União Europeia, que não são mais do que quotas de destruição da produção (destruição dos barcos de pesca, das laranjas do Algarve, do tomate do Ribatejo, destruição da agricultura e da produção nacional)? Não tem sido essa a lógica da "economia" da União Europeia e de todas as instituições internacionais como o FMI, o Banco Mundial, etc.?

E hoje, o que se vê? Continua a destruição da principal força produtiva, despedindo trabalhadores em massa, e extinção da actividade produtiva (encerramento de empresas). Afinal trata-se da mesma política económica de há décadas - destruição da produção, busca constante de lucros imensos na especulação, privatização de todos os sectores rentáveis - hoje mais brutal e visível aos olhos de todos?

Claro que existe um problema de consumo, pois se o desemprego aumenta não pode haver consumo, as mercadorias não se vendem, as fábricas são "obrigadas" a fechar, etc., etc. (este é o argumento principal dos aparelhos, e por isso dizem que a crise é "real"). Mas mais uma vez - isso é inevitável!? Não são os que lucram com esta inversão os responsáveis pela própria crise?

Podiam ou não os governos utilizar os milhões que apareceram "milagrosamente" para salvar os bancos (portanto, eles existem!) em planos nacionais de relançamento da produção e do consumo?

Poderiam governos verdadeiramente populares organizar a economia em função dos interesses da maioria, e não dos interesses dos patrões e dos especuladores? Não é isso que está a ser feito (mesmo que de forma parcial), por exemplo na Venezuela e na Bolívia, em resposta às extraordinárias mobilizações dos trabalhadores de toda a América Latina?

Os governos que aplicam as directivas dos banqueiros e dos capitalistas não são nacionais - pelo contrário, ajudam à destruição das suas próprias nações!! Os capitalistas fecham as empresas e deslocalizam para outro país, ou retiram o seu dinheiro dos bancos e colocam-no num qualquer paraíso fiscal...

Os capitalistas não têm outra "nação" que não seja o lucro e a busca constante das melhores condições de exploração - não se espere que sejam eles a defender os interesses de cada nação!!

Veja-se o que recentemente Belmiro de Azevedo disse acerca dos quadros superiores e especializados: estes deveriam começar a pensar em emigrar!

Quem pode salvar a nação, se não a classe trabalhadora com as suas organizações? A luta mais urgente para garantir o que resta da produção, no nosso país, é a luta pela defesa de todos os postos de trabalho e de todas as empresas (mesmo as que "não dão lucro"). Se não dão lucro é necessário tomar medidas: ver a sua contabilidade, intervencioná-las, financiá-las ou até nacionalizá-las, sempre que for do interesse nacional protegê-las e salvaguardá-las – sob o controlo de comissões eleitas pelos trabalhadores. Neste contexto, torna-se pertinente a nacionalização dos sectores estratégicos da economia!

Não foi assim que o país se reorganizou depois do 25 de Abril? Com a nacionalização dos sectores estratégicos e planos nacionais de investimento e produção, ao serviço dos interesses da maioria do povo? Quando é que esta forma de organização da economia se alterou? Após a adesão do país à CEE/UE. Quais são os resultados dessa política de subordinação a Bruxelas? Eles estão à vista...!

Não, nada disto é inevitável. É por isso que os sindicatos, comissões de trabalhadores e centrais sindicais têm a responsabilidade de assumir publicamente a defesa de todos os postos de trabalho e empresas (como está a ser feito em França), exigindo ao Governo o fim dos despedimentos e um verdadeiro Plano Nacional de relançamento da economia, ao serviço do povo - o que implica deixar de obedecer à UE, instituição que (está provado) apenas serve aos especuladores e capitalistas.

Ana Paula Amaral

Barreiro, 1 de Março de 2009



segunda-feira, março 09, 2009

Próximos debates da Comissão Nacional Ruptura com a União Europeia (RUE)

LEIA AQUI O APELO ÀS CENTRAIS SINDICAIS PELA PROIBIÇÃO DOS DESPEDIMENTOS


SUBSCREVAM ONLINE



CONVITE – Debate sobre “Defesa da nação e direito de cidadania”


Há muita gente que se diz “de esquerda” e considera a defesa das nações como um acto reaccionário, pois associa essa defesa à defesa do “nacionalismo” – apanágio da direita.

Pelo contrário, os membros da RUE consideram que defender a nação enquanto tal – com todo o conjunto de direitos e conquistas que as lutas dos trabalhadores e das populações impuseram na respectiva legislação – é um acto progressista.

E colocamos a questão: Por que é a União Europeia – que não tem nada de “progressista” – ataca e colabora nos ataques às nações e às suas conquistas, opondo-lhes a defesa de uma legislação “supra-nacional” e a divisão de cada nação em “regiões”?

Um dos objectivos deste debate é contribuir para o esclarecimento destas questões.


quinta-feira, setembro 06, 2007

Apelo à união das forças democráticas: Dizer NÃO à destruição da Nação!

Caros amigos Não sou militante do POUS mas tive conhecimento deste apelo que vos envio em anexo para lerem e subscreverem caso concordem com o seu teor. O texto foi escrito a pensar na Manifestação de 5 de Julho mas o seu propósito último é apelar às forças democráticas para que se unam contra as políticas ditadas pela União Europeia, as quais visam destruir os serviços públicos e o Estado social, colocando sectores estratégicos e essenciais nas mãos dos privados. É a isto que estamos a assistir: o povo português votou maioritariamente no Partido Socialista julgando assim escapar às políticas neo-liberalistas de Durão Barroso e agora encontra-se a sofrer as mesmas políticas ditadas de cima, a partir da União Europeia pelo mesmo Durão Barroso e seus pares e seguidas à risca pelo governo Sócrates. Por mim acho que este partido mostra muita coragem e bom senso ao apelar à união das forças democráticas no momento político que o nosso país atravessa. Cada um que decida por si próprio e em sua consciência se este apelo é pertinente e urgente e se merece ser apoiado e divulgado:

APELO

Aos militantes, aos trabalhadores, aos aposentados, aos estudantes

A 1 de Julho de 2007, Portugal toma a Presidência da União Europeia. Para assumir o quê?

O que todos nós temos bem presente é que, desde há quase dois anos, os trabalhadores e as populações não têm parado de se mobilizar, para defender os seus serviços de saúde, as suas escolas, a sua Segurança Social, as suas pensões de aposentação, os seus estatutos e vínculos, perante as medidas tomadas pelo governo de Sócrates.

E todos nós também estamos conscientes que estas medidas decorrem, em linha recta, da aplicação das directivas da União Europeia.

Pode dizer-se que, desde há muitos meses, a mobilização dos trabalhadores e das populações – através de concentrações, plenários, manifestações, greves sectoriais e greve geral – se tem virado para a maioria de deputados eleitos pelo PS, para lhe dizer: “É preciso parar com esta política ditada pela União Europeia. É preciso parar com uma política que fecha as escolas, as maternidades, os serviços de urgência e os serviços de saúde, uma política que destrói os estatutos dos professores e dos outros funcionários públicos; queremos de volta as nossas escolas, os nossos serviços de saúde, os nossos direitos democráticos, os nossos empregos e vínculos.”

Nesta situação, a CGTP fez o apelo a uma greve geral, para 30 de Maio, e apela, agora, a manifestar, a 5 de Julho, contra a flexisegurança – mais uma lei ditada pela União Europeia, que visa o despedimento sem justa causa, “o despedimento na hora”, rebentando com todos os direitos laborais consignados na Constituição da República Portuguesa.

Não será justo dizer que cabe às organizações sindicais a responsabilidade de organizarem a mobilização, em unidade, para impedir a flexisegurança?

Pela nossa parte, afirmamos: “É a unidade dos trabalhadores com as suas organizações, a todos os níveis – ao nível da CGTP e da UGT – que pode impor um travão à perca dos direitos dos trabalhadores, que pode parar com o desmantelamento e a privatização dos serviços públicos. É esta unidade que pode pôr um travão à ofensiva ditada pela Comissão Europeia.”

Todos estamos conscientes de que todas as conquistas democráticas e sociais – que estruturam o nosso país como uma nação livre e independente – foram conseguidas com o 25 de Abril de 1974. Todos estamos conscientes de que estas conquistas têm sido sistematicamente golpeadas e postas em causa pela política da União Europeia. Foi por não aceitar este estado de coisas que a maioria do povo derrotou os partidos que suportavam o governo de Durão Barroso e deu uma maioria absoluta ao PS, esperando que este partido – no Governo – começasse a mudar o que de grave tinha sido feito pelos governos anteriores, como o Código do Trabalho, os despedimentos e o trabalho precário, as privatizações, os ataques ao ensino e à saúde.

Actualmente, Durão Barroso está à cabeça da UE para prosseguir – à escala da Europa – a política que a maioria do povo derrotou em Portugal, nas eleições de 2005; para nos impor – em Portugal e a todas as outras nações da Europa – essa mesma política de privatizações, de destruição dos serviços públicos e dos direitos sociais e laborais.

Hoje, qualquer trabalhadora, qualquer trabalhador percebe que a política de Sócrates é a continuação refinada da política de Durão Barroso.

Por isso a maioria do povo português tem o direito de se dirigir a Sócrates, de se dirigir à maioria dos deputados do PS, para lhes dizer: “Rompam com Durão Barroso! Rompam com a União Europeia!

Por que não há-de a maioria da Assembleia da República, eleita pelo povo, assumir esta atitude?

Não foi isso que começou a fazer o governo dos Açores, quando se recusa a aplicar as “taxas de internamento hospitalar” e se recusa a dividir os professores em diferentes categorias?

Não foi isto que começaram a fazer, também, os deputados do PS, da Comissão de Saúde da Assembleia da República, quando responderam ao Ministro da Saúde, perante as mobilizações das populações com os seus autarcas, incluindo os do PS, para defender os serviços de saúde de proximidade: “Nós é que fomos eleitos, nós temos a última palavra”.

Subscrevo este apelo

Paula Montez - encarregada de educação; Manuela Oliveira - professora do Ensino Básico / SPGL; Maria da Luz Oliveira - professora do Ensino básico / SPGL; Mª Fernanda Ribeiro Almeida - simpatizante POUS; Maria Adélia Gomes - professora do Ensino básico / SPGL; Pedro Simas - estudante universitário; José António Mendes - estudante universitário; Vítor Amaral - funcionário do Ensino superior público; Margarida Pagarete - estudante universitária; Cristina Matos - estudante universitária; Rui Jorge Correia Costa - militante PS / Sindicato Trabalh. Função Pública; Maria Madalena Seixas - simpatizante POUS; Maria Manuela Seixas - trabalhadora da Saúde; Maria Antónia Santos - trabalhadora da Saúde; Leontina Rodrigues - trabalhadora da Saúde; Ilda Corte-Real - POUS / trabalhadora da Saúde; Dulce Maria Martins Rijo - trabalhadora da Saúde; António Leal Luís - militante do PCP / trabalhador da CP; Marina Elvas - POUS / trabalhadora da PT; Rosa Maria Sanches - POUS / contabilista; António Serra - Sindicato dos Gráficos; Lia Carvalheira – POUS / professora / SPGL; Manuel Ferreira - militante PS; Ester Luísa Dias – SPGL

NOME Organização política / sindical Contacto (e-mail; tel.)

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A iniciativa deste apelo partiu dos militantes do POUS abaixo assinados, cujos interesses não são distintos dos interesses dos restantes cidadãos.

Tomámos a iniciativa porque estamos convictos de que é preciso a acção conjunta de todas as forças políticas – bem como de todos os militantes e trabalhadores – que se reclamam da defesa das conquistas da revolução, da defesa de Portugal como uma nação livre e independente. Posição que é certamente partilhada pela maioria da população portuguesa.

Todos juntos nós podemos afirmar: “A maioria do PS, na Assembleia da República, não foi eleita para prosseguir a política de Durão Barroso.”

Em consequência, nós – militantes ligados ao POUS – dirigimo-nos a todos militantes e cidadãos que se colocam no terreno da luta pelo socialismo para vos propor que assinem este apelo, com um único objectivo: agir para a acção em comum para a defesa e retoma das conquistas de Abril, por um Governo verdadeiramente socialista.

Os militantes do POUS:

Carmelinda Pereira, Aires Rodrigues, Joaquim Pagarete, Santana Henriques, Carlos Melo, Maria da Luz Semedo, Helena W. Carvalho

Para correspondência: Rua de Santo António da Glória, nº 52 B, cave C, 1250 – 217 Lisboa

email: pous4@sapo.pt


sexta-feira, junho 22, 2007

Que força é essa?


Li este texto do Paulo Pedroso nos Braganzzzzza Mothers e deixo aqui para memória futura o comentário que lhe fiz:

Li o texto com toda a atenção e compreendo o teu sentido de democracia. Mas, bem vistas as coisas há um ponto frágil no teu discurso: não me pareceste muito incomodado com o facto de Sampaio ter corrido com o Santana Lopes. Afinal, para além dos fiascos diários e dos depoimentos alucinantes que nos faziam rir até às lágrimas, não havia motivos dos graves, daqueles que tu referes que constituem motivo para um PR dissolver a assembleia. Ora o actual governo, desde certos ministros ao próprio nº. 1 tem cometido fiascos tão risíveis como os de Santana, só as moscas mudaram, e o humor refinou-se, já não é tão apimbalhado. A grande diferença que poderás argumentar é que o Santana não foi eleito, mas o PSD tinha sido e, felizmente, também dançou. Ora eu, apesar de concordar que é um desastre para o país cada vez que está governativamente instável, sou das que acham que o problema actualmente não são só os fiascos, que os há, mas principalmente as políticas de destruição da nação que estão a ser levadas a um ponto que nem os Durões ousaram. E essas políticas são mentirosas, não são socialistas, são da mais extrema direita, são as políticas do capital global. Estas sim, são realmente destrutivas e perigosas para o país (vender as estradas? vender a saúde? vender as universidades? a educação? vender o país por lotes?) que ausência de governo poderá ser mais perigosa? Estão a roubar o que era de todos e a depositá-lo nas contas bancárias de alguns. A este governo importa-lhe ser cumpridor, mostrar-se solícito para com as directivas da união europeia, passar obstinadamente por cima de cada contestação, branquear a contestação e querer agora banir também a opinião. Que ditadura poderá ser mais eficaz que esta democracia com que nos iludimos? A nossa democracia é só votar? que democracia é esta que prejudica o povo? Sócrates voltaria à carga? E será que ganhava as eleições? ou sofria uma merecida derrota humilhante? E depois quem é que ia para lá os PSD's? Esse é que é efectivamente o nosso medo, o medo de um povo que pensa que escolhe e é sucessivamente enganado, pelos sucessivos governos de alterne. O mal maior não são uns ou os outros; o pior são as políticas economicistas que eles todos perfilham. Isto está tão mau que um dia destes o Cavaco ainda forma um grupelho de iluminados, tipo ferreiras leites e outras enormidades, um governo de salvação nacional, dizendo que isso de democracia não está a dar senão confusão. Estas alimárias são ainda mais perigosas e maléficas, frias e calculistas (o Sócrates provavelmente será um par, pois tem o perfil e a perfídia certos e cinicamente pode dar-se bem com qualquer múmia desde que seja para estar no poder). Esta junta em assumindo o poder faria a vida verdadeiramente negra ao povo em particular, e à democracia em geral, pois nem os reconheceria. Que fazer então?: não ficar calados, denunciar a uns e aos outros cada passo em falso e, acima deles, dizer não às políticas que a UE nos está a mandar. Elas não se coadunam com a realidade portuguesa. Cada uma que cá chega torna-se num mal maior. O mais importante é dizer não a essa políticas, essa é que é a verdadeira guerra, o resto são pequenas batalhas campais num país demasiado pequeno onde todos os escândalos se ficam a saber e ganham grande dimensão, apesar de já haverem notícias a desaparecer.Já se vendem bocados de Portugal destinados a construção social em leilões em Espanha! Todos os dias se ouve pelo menos uma destas enormidades. Graves leis estão a ser aprovadas em conselho de ministros com a certeza de um posterior consentimento da maioria parlamentar. As pessoas votaram conscientes disto que viria a acontecer-lhes? Ou votaram enganadas? Houve ou não houve mentiras? Há ou não há manobras nas trevas? As pessoas agora é que não podem permanecer caladas, pois o momento é grave. Não consegui manter o luto por mais de umas horas porque é preciso continuar sempre a exercer a liberdade de expressão: sempre e cada vez mais e em todo o lado: nos blogs, na rua, em casa, no supermercado, na repartição, no tribunal, na puta que os pariu a todos, que a gente também precisa de desabafar porque somos portugueses e um filho da puta, embora não seja filho de uma puta é sempre visto muito pior do que outro que realmente o seja. As expressões de calão têm um significado que não é para tomar à letra; cada uma das partes não existe significativamente e nem em conjunto, só sob a forma de expressão idiomática, uma força de expressão. Espero que nunca seja um palavrão catártico destes a instituir motivo de perda da liberdade de expressão, até parecia mal; agora uma falta de ética, uma mentira comprovada, más políticas para o povo que elegeu um partido socialista a julgar que o ia defender, um logro ou o facto de em democracia se perseguir quem emite opiniões, isso já são motivos mais do que suficientes. Podemos nós, em democracia, ficar calados perante tudo isto com receio de que venha a ser pior?

6/22/2007 2:09 AM

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quinta-feira, junho 14, 2007

Somos operários desta opera? Somos exploradores ou explorados?

Imagem tirada daqui

Operários são todos os que geram, os que produzem a mais-valia capitalista. Proletários são todos os que são explorados quer sejam operários, quer não. Trabalhadores são todos os que trabalham. Desempregado é aquele para quem não há trabalho. Jovens gerações são aquelas a quem não está assegurado um futuro digno. Excluídos são os que estão fora do sistema, desintegrados, postos à margem. O capitalismo está a colocar-se num beco sem saída. Democracia democrática não existe. O capital financeiro impera através da especulação. Não tem rosto. As forças no poder colaboram com a alta finança e apressam-se a aplicar as leis que a servem e vão desmantelando os serviços públicos, para lhos entregar. Abre-se o caminho aos privados. A nação dilui-se, o Estado cumpre fervoroso as directivas da União Europeia. Esta, que já foi CEE, continua, inexorável, o seu percurso de destruição. Antes foi destruindo as forças produtivas do nosso país; agora destrói os serviços públicos enquanto vai minando os sectores estratégicos. O país está num caos, ninguém acredita neste governo. Há os que fingem que acreditam e que colaboram com ele; há os que já não acreditam e os que nunca acreditaram. Mas o governo está cheio de si mesmo, prossegue obstinado fingindo estar tudo a correr bem. Fecha escolas, urgências, maternidades; divide o país nos excluídos e nos que vivem nos centros urbanos, provocando desequilíbrios chocantes. O presidente é uma fachada em ruínas, um sorriso de múmia vinda das trevas do país salazarento. O governo é pior ainda porque age e faz o que mais nenhum ousara fazer, nem mesmo os governos do Soares primeiro-ministro enquanto o país se ia tornando num escoadouro dos produtos dos países industrializados da CEE.
Tanta sacanagem também não era previsível para a maioria que votou neste governo. E os deputados? Que bancada é aquela que não reclama o seu direito a contestar uma directiva que venha de fora que não convenha ao nosso país? Uma maioria de deputados que lá foi posta pelos votos do povo, julgando que esta ali estaria em maioria, para o defender, e que voltam agora as leis e as directivas contra ele, destruindo um a um os seus direitos de cidadão e de trabalhador, não impedindo que passem?
As pessoas recusam-se a ver no espelho o operário, quantas vezes o proletário, e nas coisas que adquirem criam a ilusão de ascender à burguesia; procuram acima de tudo o mais adquirir o mesmo poder de compra, por isso se empenham para aparentarem ter o que devem. Ninguém quer ser tomado por operário. Muito menos os que não querem contribuir para a grande opera capitalista. Esses simplesmente cruzam os braços e não compactuam, mas também não o combatem, apenas desistem. Mas de uma forma todos contribuem para ela: em cada gesto produtor ou consumista. Por isso o capital se encontra aparentemente fortalecido pela nossa fraqueza de o desejar. Mas na verdade o sistema capitalista global está preso pelos fios invisíveis do capital financeiro que movimenta o dinheiro que o trabalho gera e que as nossas dívidas multiplicam. Os usurários não são mais criminosos, eles compraram as leis a seu favor com o dinheiro que lhes entregamos. Assistimos agora à nítida mudança das regras do jogo, quando estávamos a meio das nossas vidas. O Estado já não segura mais os cidadãos. Nós é que temos que o segurar com as contribuições dos nossos impostos, que cada vez menos são usados em nosso benefício, e com os roubos que nos fazem cada vez mais nas reformas e nos direitos conquistados. Desmatelados os serviços públicos as pessoas vêem-se na contingência de recorrer aos privados: seguros, saúde, educação, tudo começa a ser pago do nosso bolso, enquanto os impostos continuam a aumentar. O juro aumenta infinitamente e as pessoas passam a dever mais do que julgavam que deviam. Não há trabalho para todos, mas anunciam-nos que em breve teremos que ter 30 empregos para poder respirar. E querem que continuemos a dar filhos para alimentar este sistema económico enquanto nos impõem uma flexigurança, vocábulo que me lembra a novilíngua do Huxley no Admirável Mundo Novo, um linguajar criado pelo poder para que as verdadeiras palavras perdessem o significado. Com a redução da segurança que tinhamos e a exigência da flexibilidade que nos pedem como é possível ter a certeza que poderemos depois assegurar o futuro de uma criança?

segunda-feira, maio 21, 2007

É a Pátria que está em causa

Imagem retirada daqui

Depois da liberdade desaparecer, resta um país, mas já não há pátria
Chateaubriand , François

terça-feira, janeiro 30, 2007

Vendem-se galos de Barcelos...


- E agora, José, a quem vendemos os galitos?
- Olha, Aníbal, se quiseres podes ficar com os meus que eu cedo-tos bem baratinhos!
- E se eu te fizesse antes uma OPA?
- Ai sim, faz faz, vamos os dois unirmo-nos, criarmos uma multi... mas não nacional!

- Na Indía!

- Não, na China.

- Pronto, na Índia... e na China, temos que ter ambição!
- Não achas que são galos de Barcelos a mais?
- Tens razão, temos que estudar melhor esta parte do negócio.
- Quem quer o galo?
- Quem compra o galo?
- Olh'ó desconto!
- Está em promoção!





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