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quinta-feira, julho 16, 2009

Desta vez parece que o Relatório é mesmo da OCDE


Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Económicos (OCDE)


Foi divulgado hoje o Relatório da OCDE sobre a avaliação de desempenho docente. As conclusões deixam mal a ministra da educação. O relatório da OCDE critica a associação entre os resultados dos alunos e a avaliação de desempenho dos docentes bem como a avaliação feita por pares com consequências na progressão da carreira. Ora, essas são as duas características centrais do modelo imposto pelo decreto regulamentar 2/2008 e que mais contestação provocaram entre os professores. O decreto regulamentar 1-A/2009, que impôs o versão simplex, também não sai incólume do estudo da OCDE, uma vez que o relatório manifesta uma clara oposição a que a avaliação de desempenho de tipo quantitativo e com consequências para a progressão na carreira seja feita pelos directores e colegas a quem foram atribuídas funções de avaliação.

Nas recomendações, o Relatório da OCDE aponta parta a necessidade de haver uma avaliação de tipo qualitativo e meramente formativa, feita pelos directores, e uma avaliação com incidência na progressão na carreira docente, feita por elementos exteriores à escola e sem qualquer relação funcional com os docentes avaliados. A OCDE aconselha que os avaliadores externos sejam especialistas certificados em avaliação de desempenho e que adoptem critérios uniformes para todas as escolas do país.

A FNE reagiu ao Relatório da OCDE pela voz de João Dias da Silva, que afirmou o total isolamento da ministra da educação e a necessidade de construir um novo modelo que não padeça dos males apontados no estudo da OCDE. João Dias da Silva acrescentou que, em matéria de avaliação de desempenho, foram dois anos completamente perdidos graças à teimosia da ministra da educação.

Interrogada pelos jornalistas à saída da sessão de apresentação do Relatório da OCDE, a ministra limitou-se a afirmar que não era tempo de tomar decisões.
Entretanto, a Fne emitiu comunicado onde dá conta de que as críticas e recomendações constantes do Relatório da OCDE vêm ao encontro de elementos da proposta da Fne, nomeadamente a defesa da distinção entre a avaliação formativa, para melhoria das práticas, e a avaliação sumativa externa, para progressão na carreira. A Fenprof ainda não reagiu ao Relatório da OCDE.

domingo, janeiro 25, 2009

Por que é que a maioria dos professores não gosta de avaliações

sexta-feira, janeiro 23, 2009

Mensagem da CDEP aos deputados e grupos parlamentares da AR

Mensagem da CDEP aos deputados e grupos parlamentares da AR:

Exmo(a)s. senhore(a)s deputado(a)s e Grupos Parlamentares,

A Comissão de Defesa da Escola Pública (CDEP) envia em anexo a documentação relativa à sua Delegação à Assembleia da República em 2007.

Apelamos a todas as senhoras e senhores deputados, e aos grupos parlamentares, para que hoje a votação na Assembleia da República do Projecto de Lei do CDS-PP AR seja favorável à suspensão imediata da Lei da Avaliação do Desempenho Docente. Esta lei absurda e burocrática, da responsabilidade desta equipa ministerial, foi tornada ainda mais absurda pela versão "simplex" entretanto revogada pelo senhor Presidente da República.


Além do direito que os professores e todos os outros sectores profissionais têm a defender os seus direitos e a sua dignidade, trata-se também de defender a escola pública portuguesa e de reestabelecer a normalidade nas escolas.

A CDEP não partilha da convicção que a luta dos professores é uma luta politicamente oportunista, contra o governo, como alguns governantes e alguns meios de comunicação têm procurado difundir. Esta luta é bem mais do que isso: é uma luta contra as políticas educativas que, mesmo ainda numa fase insipiente, se têm revelado penosas para os profissionais e lesivas para a escola pública democrática e para o futuro das novas gerações.

Estes documentos são prova como esta luta não é de hoje, não se prendendo a campanhas eleitorais nem a agendas políticas. É a luta dos professores e dos educadores em defesa da dignidade e da credibilidade da escola pública portuguesa.

Cada dia que passa é um passo atrás para a criação de condições favoráveis à melhoria do Ensino em Portugal.

Cumprimentos

Pela CDEP

Maria Paula Montez
(encarregada de educação)

VER DOCUMENTOS ENVIADOS AQUI

sexta-feira, janeiro 02, 2009

Eu promulgo, tu promulgas, ele promulga...

Por iniciativa do movimento PROmova, muitos professores devem ter enviado esta missiva de Natal ao Presidente da República. Claro que o songa monga fez orelhas mocas e logo no primeiro dia do ano promulgou a lei que regula a avaliação do desempenho dos docentes, mesmo remendada e mal amanhada, como tudo o que nasce torto tarde ou nunca se endireita. Outra coisa não seria de esperar da múmia excelentíssima. Face a isto, O Pafúncio vem propôr algo que, caso resulte, poderá apaziguar a luta dos professores:

Pegue-se num bolo rei bem recheado de frutas cristalizadas, nozes, pinhões e passas e envie-se o mesmo ao PR, o qual deverá convocar o primeiro ministro e a sinistra da educação para assistirem ao repasto. Coloque-se estes dois elementos, desprovidos de guarda-chuva em frente ao PR que deverá encher bem a boca com uma grossa fatia e conjugar o verbo PROMULGAR: eu promulgo, tu promulgas ele promulga... em todos os modos, tempos e pessoas; caso o primeiro e a sinistra não sejam atinjidos por nenhum perdigoto, os professores comprometem-se a aceitar e a cumprir a lei da avaliação, desconvocando todas as greves e formas de luta agendadas para 2009!

Presidência da República
Palácio de Belém
Calçada da Ajuda
1349-022 Lisboa (Portugal)


Telefone: (+351) 21 361 46 00
Telefax: (+351) 21 363 66 03
Correio electrónico: belem@presidencia.pt


POSTAL DE NATAL

SANTO NATAL E FELIZ ANO NOVO

Exmo. Senhor Presidente da República,
Os professores portugueses vêm, por este meio, desejar a Vossa Excelência e família um Santo Natal e um Feliz Ano Novo.
Certos da importância que representamos para a sociedade portuguesa e para o desenvolvimento harmonioso do País, endereçamos-lhe o nosso veemente apelo para que interceda junto do Governo no sentido de o alertar para as profundas alterações que a recente legislação introduziu no funcionamento interno das escolas e consequente mal-estar generalizado no ambiente de trabalho dos respectivos corpos docentes.
Assim, os professores solicitam a Vossa Excelência a formalização do nosso profundo descontentamento junto do Governo em aspectos que condicionam negativamente o funcionamento das escolas publicas, designadamente a divisão do corpo docente entre professores titulares e professores não titulares com base em critérios discriminatórios, sem validade coerente em termos científicos e pedagógicos, bem como a avaliação de desempenho sujeita a quotas, também aqui forçosamente acima dos já referidos critérios de natureza científica e pedagógica.
Porque somos todos professores, independentemente do número de anos que leccionamos, da nossa idade e do vínculo laboral que mantemos com o Ministério da Educação, solicitamos a Vossa Excelência que faça chegar junto do Governo todo o nosso empenho e interesse por uma avaliação do nosso desempenho profissional justa e séria, baseada em critérios científicos e pedagógicos, tendo em conta toda a nossa experiência profissional, sem quaisquer discriminações e colocando todos os professores em situação de igualdade, sem qualquer divisão da carreira docente.
Senhor Presidente, os professores efectuaram uma longuíssima preparação e formação para o desempenho das suas funções, tendo prescindido de muitas coisas, ao longo de anos, para poderem dar o seu melhor. Não queremos agora, depois de tão difícil e enorme esforço, ver defraudadas as nossas expectativas de realização socioprofissional.
Senhor Presidente, precisamos agora, mais que nunca, que exerça a sua influência junto do Governo, no sentido de dar voz ao nosso descontentamento generalizado face às políticas ignóbeis seguidas pelo actual Governo e que, em ultima análise, apenas e tão-só estão a descaracterizar e a minar a escola pública portuguesa, com a consequente perda de qualidade, colocando assim em risco a formação das futuras gerações em Portugal e o desenvolvimento do País.
Com votos de Boas Festas,


Nome: ___________________________________

Escola: ___________________________________

Localidade: _______________________________

(e já agora, vai uma fatiazinha de bolo rei, senhor presidente?)




quinta-feira, dezembro 18, 2008

Esta luta não é só dos professores, é de todos nós!

(A frase mais revolucionária jamais proferida por Albino Almeida no Prós & Prós:
«não se pode suspender o que já não existe»)


Pais e E.E. das escolas de Chaves estão com os professores na luta contra o modelo burocrático de avaliação
As associações de pais das escolas de Chaves vão reunir, no dia 18/12/08, para aprovar a seguinte moção:

"As Associações de Pais/Encarregados de Educação do Agrupamento Vertical da Escola EB2/3 Dr. Francisco Gonçalves Carneiro, da Escola Secundária com 3.º Ciclo Fernão de Magalhães, da Escola Secundária com 3.º Ciclo Dr. António Granjo, da Escola Secundária com 3.º Ciclo Dr. Júlio Martins, do Agrupamento Vertical da Escola EB2/3 Nadir Afonso e do Agrupamento Vertical da Escola EB2/3 de Vidago, reunidas em 18 de Dezembro de 2008 para analisar os efeitos do novo modelo de avaliação de desempenho da actividade docente no quotidiano das escolas vêm por este meio comunicar o seguinte:

• Perante a cega teimosia do Governo em querer manter um modelo de avaliação de desempenho da actividade docente já completamente desacreditado e que trará consequências muito negativas às Escolas Públicas do nosso país e, por isso, aos nossos filhos/educandos, as Associações de Pais/Encarregados de Educação das Escolas e Agrupamentos de Escolas acima referidas decidiram por unanimidade declarar todo o seu apoio aos professores na contestação deste modelo de avaliação, estando dispostas a participar nas manifestações de rua e noutras iniciativas com a adopção de medidas ainda mais drásticas até que o Governo consiga ouvir a voz do bom senso e suspenda o referido modelo de avaliação de desempenho. Neste momento, a luta dos Pais/Encarregados de Educação é ao lado dos Professores, na defesa de uma Escola Pública de qualidade, tranquila, onde ensinar e colaborar na formação integral das novas gerações seja prioridade assumida, onde a colaboração e a solidariedade sejam exemplificadas pela actuação dos Professores, onde o aluno seja, efectivamente, o centro das preocupações das Escolas e dos Professores. Estamos, também, de luto e em luta, contra a prepotência e arrogância que este Governo tem mostrado nesta matéria. A maioria absoluta não pode servir de pretexto para desrespeitar a vontade dos cidadãos deste país. Esta vontade já foi suficientemente expressa e terá de ser aceite para o bem de Portugal e das novas gerações de Portugueses."

Fonte: Associaçãodepaisdechaves

Publicada por Ramiro Marques em 17:23
aqui http://www.profblog.org/2008/12/pais-e-ee-das-escolas-de-chaves-esto.html

quarta-feira, novembro 19, 2008

Avaliação Online, Avaliação Simplex (Vai lá, vai!)

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Exmo(a) Sr(a). Professor.

Com o objectivo de apoiar as escolas na implementação do processo de Avaliação do Desempenho dos docentes, a Direcção-Geral dos Recursos Humanos da Educação disponibiliza a presente aplicação informática a qual irá sendo preenchida à medida que os agrupamentos e escolas não agrupadas vão estruturando o processo.

Nesta fase está já disponível a possibilidade de cada docente apresentar os seus objectivos. Uma vez submetidos e tendo em conta o calendário definido em cada Agrupamento/escola, o avaliador do órgão de administração e gestão acede aos mesmos para efeito de validação.

A aplicação está disponível no seguinte endereço: https://concurso.dgrhe.min.edu.pt/DefinicaoObjectivos2008.
Qualquer dúvida de funcionamento deverá ser colocada ao órgão de gestão, o qual terá apoio através do seguinte endereço:
https://concurso.dgrhe.min-edu.pt/PerguntaResposta2

DGRHE

***************************************************************

ATENÇÃO - A LEI ESTÁ DO NOSSO LADO


Óbvio que este tipo de função deveria estar a cargo da supervisão do CCAP, mas a partir do despacho dos ovos, já estou por tudo.
E como se vê, é tudo em prol da autonomia das escolas.
Para além disso contraria frontalmente o que está no DR 2/2008. Sem diploma legal que cubra esta invenção, penso que ninguém será obrigado a aceder a ela e entregar os seus Objectivos Individuais desta forma." – Paulo Guinote

http://educar.wordpress.com/2008/11/18/qual-dia-27-foi-ja-hoje/#comments

Maria Lisboa Diz: ?Novembro 18, 2008 at 12:49 am

Ilegalidades deles, são como tordos a cair!
Como de costume esta gentinha não sabe as leis com que se cose! São propostas de ilegalidade, em cima de propostas de ilegalidade!!!!
A lei diz tudo! Ninguém me pode obrigar a divulgar um qualquer documento sobre a minha avaliação, mesmo que me garantam sigilo! O sigilo é só entre mim e o avaliador! Não entre mim e o pessoal da DGRHE!

Decreto-Lei nº 15/2007, de 19 de Janeiro?Artigo 6.º?Instrumentos de registo?3 — Sem prejuízo da existência de cópias na posse dos avaliadores ou em arquivos de segurança, os originais dos instrumentos de registo são arquivados, logo que preenchidos, no processo individual do docente, tendo este livre acesso aos mesmos.

Artigo 49º?Garantias do processo de avaliação do desempenho?1—Sem prejuízo das regras de publicidade previstas no presente Estatuto, o processo de avaliação 512 Diário da República, 1.a série—N.o 14—19 de Janeiro de 2007 tem carácter confidencial, devendo os instrumentos de avaliação de cada docente ser arquivados no respectivo processo individual.?2—Todos os intervenientes no processo, à excepção do avaliado, ficam obrigados ao dever de sigilo sobre a matéria.

Para além disto, quer o artº Artigo 3º Princípios orientadores, quer o Artº40º?Caracterização e objectivos da avaliação do desempenho referem que:?1 — A avaliação do desempenho do pessoal docente desenvolve-se de acordo com os princípios consagrados no artigo 39.o da Lei de Bases do Sistema Educativo e no respeito pelos princípios e objectivos que enformam o sistema integrado de avaliação do desempenho da Administração Pública, incidindo sobre a actividade desenvolvida e tendo em conta as qualificações profissionais, pedagógicas e científicas do docente.?E que diz o SIADAP sobre o assunto?

terça-feira, novembro 04, 2008

Reciclagem poética de conteúdo muito sério

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imagem daqui

Libertação


Ai que satisfação não cumprir uma imposição,
ter grelhas e grelhas para preencher e não o fazer!
Tudo isso é maçada
Que não vai levar a nada.
O sol brilha lá fora
E apetece ir para lá agora!
A vida corre, bem ou mal,
sem tudo aquilo, afinal.
E a brisa, essa,de tão naturalmente matinal,
como tem tempo, não tem pressa…
Decretos são papéis pintados com tinta.
Obedecer à sinistra é uma coisa em que está indistinta
distinção entre nada e coisa nenhuma.´
Quanto é melhor, quando há sol,
Gozar cada minuto que passa,
Porque não é isso que maça!
Grande é a poesia, a bondade e as danças…
Mas o melhor do mundo são as nossas crianças,
E para contrariar isto e peca
Está a sinistra sempre a dar seca.
O mais do que isto é Jesus Cristo
que não sabia nada de sociologia
nem consta que tivesse biblioteca…

Adaptação a partir do poema “Liberdade” de Fernando Pessoa

Por Hurtiga in http://sinistraministra.blogspot.com/2008/11/libertao.html

Joâo Gobern sobre a avaliação dos professores e não só

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Opinião de João Gobern na Antena 1

Abram, ou melhor, ouçam este link da rubrica «Pano para Mangas» de João
Gobern na Antena 1.

http://195.245.168.21/rtpfiles/audio/wavrss/at1/227514_35441-0810300924.wma



terça-feira, outubro 14, 2008

In Memoriam


Numa altura em que, mais do que nunca, é preciso alertar pais, alunos e população para o estado de coisas que se vive na educação, alguém atento lembrou este excerto da entrevista de Medina Carreira à Sic em Julho passado:

JGF - Mas na educação há, pelo menos, a avaliação dos professores…

MC – Mas você acredita nisso?

JGF – Pelo menos, oficialmente, está aprovada….

MC - Oiça, eu nem quero falar da educação, porque as crianças, os jovens de hoje, eles não perceberam que se deviam revoltar contra os políticos. Os políticos estão a hipotecar o futuro deles.

(…) A ministra não percebeu o que estava a fazer, porque ela quis pôr os professores na ordem mantendo os alunos indisciplinados (…) A primeira coisa era pôr ordem nas aulas.

Se os pais tivessem a noção do mal que estão a fazer aos filhos e se os filhos tivessem a noção da hipoteca que os políticos estão a lançar sobre eles no futuro - vão ficar uns ignorantes a maior parte dos casos - eles já tinham vindo para a rua protestar. Não eram os sindicatos, eram os meninos.

GF - O que o Sr. está a referir já não é um problema de governação ou de relação entre governados e governantes.

MC – É sobre quê?

GF - É mais vasto, é civilizacional… é da organização do país e da relação de civilidade entre as pessoas.

MC - Se você disser aos pais e aos meninos: "Bom, isto é civilizacional, somos todos uns selvagenzitos, não é para aprendermos coisa nenhuma, nem saber contar, nem escrever, nem falar, nem pensar , mas isto vai-lhes sair muito caro". Agora era dizer-lhes isso, não era dizer: eles são todos uns ignorantes mas os exames estão a dar melhores resultados com progressos brutais de um ano para o outro. Isto é tudo uma mentira, ninguém acredita. (...)

O problema é este: aqueles que precisavam de ser objecto de exigência e aprendizagem – que são aqueles das classes mais baixas – eles vão ficar tão preparados que serão de classes mais baixas amanhã e os seus filhos (de [GF] serão de uma classe média, como a minha filha é. É que nós estamos a manter esta estratificação exactamente não ensinando àqueles aos quais precisaríamos de exigir – porque aqueles que estão em baixo é que precisam de ser trazidos para cima. Não é dizer "Coitadinhos, não aprendam nada, vocês não têm culpa de nada, são uns desgraçadinhos…" Não, não, esses é que têm de ser puxados, não são os seus filhos.

GF – E esses fariam o país progredir?

MC – Exactamente, esses é que precisam...

GF – E o sistema como está não os ajuda?

MC - Você não me obrigue a ser eu a interrogá-lo. Eu deixei de ensinar porque estava farto de ignorantes. Eles não sabiam falar, não sabiam escrever, erros uns a seguir aos outros… Aliás hoje alguns ministros têm dificuldade em articular, o vocabulário é escasso, a gaguez é imensa, há uns « supônhamos» que saem assim um bocadinho descuidados…Ninguém quer denunciar porque isto não é simpático, é melhor andarmo-nos a abraçar uns aos outros. Não vamos longe com esta falta de qualidade!

(recebido por mail)

quinta-feira, agosto 28, 2008

Denunciar leis absurdas

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Caros professores,

No ano lectivo de 2008/09, a avaliação de desempenho será para cumprir integralmente, conforme o monstruoso ECD do ME e a respectiva regulamentação, salvaguardando, apenas, o facto de ser experimental. Quem não foi avaliado no ano lectivo de 2007/08, será avaliado agora em relação aos 2 anos lectivos.

É clarividente que estas leis têm como objectivo favorecer as falsas estatísticas e destruir os professores, para obter votos da população a qualquer preço e para poupar dinheiro. São medidas do mais descarado populismo!

O maior azar seria este ano lectivo decorrer com tranquilidade, o que iria consolidar estas leis! Quanto mais turbulência houver, melhor é para os professores! Não devem procurar soluções aparentes e duvidosas, mas denunciar o que está mal. Leis inexequíveis não se podem cumprir; leis erradas não se devem cumprir!

Não restam dúvidas de que o Governo não vai olhar a meios para destruir ainda mais os professores, perante a opinião pública. Com estas medidas, perdeu os professores, mas já ganhou a população, visto que a maior parte do povo sente grande felicidade com o mal dos outros e quer ter diplomas sem esforço!! Por isso, os professores têm de ser firmes heroicamente até ao fim e defenderem-se por todos os meios dignos. É com evidências que se combatem as mentiras.

É necessário denunciar TODAS as situações e reacções inconvenientes causadas por estas novas leis, para se confirmar quanto elas são más e quanto precisam de ser revogadas. Devem ser comunicadas por escrito (pode ser por «e-mail»), para os sindicatos, para os partidos da Oposição, para o Presidente da República e, se possível, para os meios de comunicação social. Convém juntar todo o tipo de elementos úteis, como fotocópias. No caso de se tratar de violência verbal ou física, deve-se, ainda, apresentar queixa à Procuradoria-Geral da República e à Associação Nacional de Professores. Não se pode deixar passar nada em falso!

É preciso recorrer a todos os meios lícitos, para levar estas leis ao total descrédito, desmentir as estatísticas do Governo e fazer tudo para que se perceba quanto os alunos perderão com estas leis (embora muitos deles fiquem contentes no imediato), já que os ditadores querem cidadãos ignorantes, para serem mais fáceis de domar!!

A luta vai ser dura e vai haver muitas intimidações, mas temos de resistir até ao fim. Já estando o ensino a apodrecer no fundo do poço, a única medida alternativa é voltar para trás, para cima!

Os melhores votos de boas lutas! A sorte ajuda os audazes!


(anónimo, recebido por mail)

terça-feira, abril 22, 2008

Tudo se rege pela mesma bitola

(clique na imagem para aumentar)

Na reunião intercalar do 2º. período a minha filha foi considerada exemplar no que diz respeito a comportamento nas aulas.
Na reunião do director de turma com os pais de final de 2º. período os pais foram metidos numa sala de aula e lá estiveram em reunião durante mais de duas horas (vingança?!) Às tantas o professor até se enganou e disse "no final da aula, digo...". Claro que a questão do "dá-me já o telemóvel!" veio à baila, embora um pai tenha logo dito que não lhe tinha nunca constado que havia naquela escola problemas com telemóveis. Tive oportunidade de sugerir que os professores da turma se reunissem no início dos anos lectivos e determinassem formas de agir comuns em relação aos telemóveis na sala de aula, para não haver discrepâncias. Resposta ríspida do senhor: "os professores não são formatados!", como quem diz "lá vem esta mãe dizer-me a mim que sou professor o que os professores devem de fazer ou deixar de fazer!"
Durante a "aula" passou a folha-mapa do registo dos comportamentos. O da minha filha estava limpo, os da maioria da turma, nem por isso.
As aulas recomeçaram e sondei a minha filha se os comportamentos tinham melhorado após os pais terem certamente advertido os filhos depois do puxão de orelhas que eles mesmos levaram. Resposta dela: "ainda se estão a portar pior". Chego até a pensar se os pais não os terão incentivado a fazer choldra para pôr à prova a eficácia do sistema (não acreditem! os pais em geral pensam pouco nestas coisas, salvo alguns Albinos mais congeminosos, que em tudo vêm um lance para firmar o pezinho no degrau, quanto mais testarem o sistema...).
Ainda hoje estive a transcrever apontamentos meus tirados na assembleia de agrupamento e lá constava: "nas reuniões dos directores de turma com os pais há que fazer a ligação entre os comportamentos e o aproveitamento da turma". Só não diz como fazê-lo, ou seja, ao mesmo tempo existem as sinistras recomendações para os professores subirem os níveis de aproveitamento das turmas a bem da sua própria avaliação. Existem aqui duas directivas inconciliáveis: punir os alunos no seu aproveitamento pelo mau comportamento; mas seja lá como for subir os níveis de aproveitamento em 5% (se for em 10%, melhor para o professor, logo será mais bem avaliado - este parâmetro da avaliação dos alunos pesa 6,6%- nas fichas de avaliação do desempenho dos docentes!). Ou seja por muito mal que os alunos se continuem a portar, há que aumentar os números do sucesso escolar para dar conta à OCDE e à UE de como a educação no nosso país vai de vento em popa, doa a quem doer.
Depois foi o episódio do teste de inglês: no dia do teste portaram-se pessimamente ao ponto de a minha filha dizer que só conseguiu fazer para aí 5 mn de teste, o resto foi esbanjo. De tal forma que a professora carregou com a turma para a aula seguinte, que por sinal era com o director de turma. "Então e fizeram lá o teste?", perguntei. Disse-me que mesmo lá não tinha corrido nada bem, continuavam a portar-se mal. Chegou a uma altura retiram os teste e não se fez a composição. Moral da história: nem uma, nem dois professores (e um director de turma) conseguiram pôr uma turma de crianças de 11 anos a fazer o teste de inglês disciplinadamente até ao final. Como é que isto é possível? A minha filha que tem dificuldades no inglês tinha recuperado e estava prestes a ser tirada do apoio. Recebeu o teste e teve FRACO! Mas eu não me admirei nem um pouco, depois de saber da confusão que ela me descreveu.
Na tal "aula", digo, reunião com o DT quiseram responsabilizar os pais pelos comportamentos dos filhos dentro da escola. Eu mais uma vez falei para dizer que não era possível pedir isso aos pais. Os pais podiam fazer o seu papel de educadores fora da escola, mas lá DENTRO quem tem que fazer isso são as pessoas que efectivamente lá estão presentes. Ainda para mais naquela escola onde os pais sempre foram mal vistos e arredados da vida escolar. Nessa altura o DT, que por vezes é extremamente teimoso e mal-educado, atropelou todo o tempo o que eu estava a dizer, não me deixando expressar diante dos outros pais (será que a teimosia da ministra já se lhe pegou?).
Sei que a turma tem sido ameaçada de castigos sempre adiados (o tal método que nunca resulta e do qual os alunos se passam a rir pela repetitividade e ineficácia) mas ultimamente parece que foi a própria senhora directora, digo presidenta (por enquanto mas já com todo o perfil!), que ultimou que se houvessem mais queixas daquela turma, podia ser suspensa por 2 ou 3 dias.
Será talvez por isso, para prepararem terreno e se salvaguardarem caso se decidam por uma suspensão exemplar - agora gosta-se muito dos castigos exemplares -, que hoje recebi pela primeira vez na vida uma carta dirigida à minha filha (mas curiosamente o texto dirigia-se-me sem nunca o explicitar) dizendo que se distraía muito nas aulas e que conversava constantemente com os colegas, prestando pouca atenção às aulas e continuando a desobedecer aos inúmeros pedidos dos professores para se calar (por que no te callas? por que no te callas? por que no te callas?). No final dizia para ter uma conversa com a aluna de modo a tentar modificar as atitudes pouco sociais de grupo.
Claro que tive uma conversa com ela. Justificou-se dizendo que de facto tem conversado um pouco nas aulas de música (do tal DT) porque está ao pé de uma amiga... e depois, já revoltada (está marcadamente a entrar na fase da pré-adolescência!) disse: "eu devia era ter-me portado mal logo desde pequena para vocês agora não estranharem!"
Entretanto este ano já a mudaram vezes sem conta de lugar: funciona mais ou menos assim: quando está a dar certo, mudam-na de lugar e, como é sossegada, põe-na junto dos alunos que se portam pior para apaziguar os ânimos; resultado: passado pouco tempo começa a queixar-se que lhe estragam o material, mexem-lhe nas coisas dela e estragam-nas e não se sente bem acompanhada na carteira (antes só!). Dá ideia que estas mudanças resultam de pedidos de outros pais, do tipo: "por favor, senhor professor, tire a minha filha/o meu filho de ao pé do .... ou da ..." e lá vai o DT baralhar e tornar a dar as cartas. Curiosamente parece que sempre para pior, como no ano passado com os grupos. Quando os grupos ficaram bem, veio uma professora e voltou a pôr tudo mal. Como querem alguns professores ensinar se não aprendem com os próprios erros?
Irei falar com o senhor, se me deixar falar. É que supostamente o horário de atendimento aos pais seria para falar com os pais e os ouvir. Mas afinal ali tudo parece assemelhar-se ao Dia D, em que os professores julgaram que iam ser ouvidos e acabaram por lhes vender alguma coisa que não queriam comprar. Será que os sindicatos dos professores também já têm formação em técnicas de Marketing?

sábado, abril 12, 2008

Sem comentários!

Colega,

Acredite que não é necessário pensar, sequer, uma vez, pois não está colocada qualquer hipótese de Acordo com MLR. Só se essa revogasse o ECD, a Gestão, a legislação sobre Educação Especial e, qual cereja em cima do bolo, se demitisse.

Quanto a alguma solução que desbloqueie a actual situação de conflito, passa pela aceitação, pelo ME, das propostas que hoje levaremos (hoje no nosso site).

Quanto ao "capitularem mais uma vez", sinceramente, não consigo lembrar-me qual foi a vez anterior, o que recordo, isso sim, é que em 8 de Março estiveram 100.000 colegas na rua, convocados pelos seus Sindicatos. Como é evidente, não deixaremos de honrar os nossos compromissos. Não por qualquer razão que pudesse ditar o "nosso" fim, mas porque esse fim, enquanto Professores que somos, seria o de todos nós Professores.

Com os melhores cumprimentos

Mário Nogueira

quinta-feira, fevereiro 28, 2008

Qual facilitismo, qual quê!

Avaliação dos alunos - novas tendências pedagógicas

----------------------------------------------------------------------------
QUESTÃO PROPOSTA:
6 + 7 =
----------------------------------------------------------------------------
RESULTADO APRESENTADO PELO ALUNO:
6 + 7 = 18
---------------------------------------------------------------------------
ANÁLISE E AVALIAÇÃO DO PROFESSOR

ANÁLISE:

A grafia do número 6 está absolutamente correcta; O mesmo se pode concluir
quanto ao número 7;
O sinal operacional + indica-nos, correctamente, que se trata de uma adição;

Quanto ao resultado, verifica-se que o primeiro algarismo (1) está
correctamente escrito e corresponde de facto ao primeiro algarismo da soma
pedida.
O segundo algarismo pode muito bem ser entendido como um três escrito
simetricamente - repare-se na simetria, considerando-se um eixo vertical!
Assim, o aluno enriqueceu o exercício recorrendo a outros conhecimentos. A
sua intenção era, portanto, boa.
AVALIAÇÃO:
Do conjunto de considerações tecidas nesta análise, podemos concluir que:
A atitude do aluno foi positiva: ele tentou!
Os procedimentos estão correctamente encadeados: os elementos estão
dispostos pela ordem precisa.
Nos conceitos, só se enganou (?) num dos seis elementos que formam o
exercício, o que é perfeitamente negligenciável.
Na verdade, o aluno acrescentou uma mais-valia ao exercício ao trazer para a
proposta de resolução outros conceitos estudados - as simetrias - realçando
as conexões matemáticas que sempre coexistem em qualquer exercício...
Em consequência, podemos atribuir-lhe um "EXCELENTE" e afirmar que o aluno
"PROGRIDE ADEQUADAMENTE"

(recebido por mail)

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