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quinta-feira, julho 16, 2009

Não fui eu que disse, mas tenho pena

Os critérios de correcção das provas emanam do GAVE, organismo que recruta as pessoas anonimamante, numa base de pseudo-sigilo, mas que responde a critérios partidários seguramente.

Esta gente, que é responsável por tais critérios de correcção tem uma estranha forma de desenhar e impor as suas concepções retrógadas a todos os profs.

Não apenas aos correctores, como também, por tabela, a todos os outros, que vão estar atentos a isso, naturalmente e vão usar as mesmas normas nas suas avaliações internas.

Isto significa que se instalou uma tecnico-burocracia obscurantista, totalitária sob pretexto de eficiência e de rigor.

Nega-se totalmente a liberdade de ensinar e de aprender, reduzindo a escola a uma entidade de certificação de que está conforme com o modelo absoluto: formata-se o tipo de questão, formata-se o tipo de resposta, formata-se o professor, formata-se o aluno.

Isto é pavoroso!!! É um pesadelo orwelliano!!! E ninguém reage, o que ainda o adensa mais!!!


(recebido por mail)

sábado, maio 16, 2009

Carta Aberta à MInistra da Educação

(clique para ler)

13.05.2009, Santana Castilho

O Ministério da Educação devia passar a chamar-se Ministério da Certificação e das Novas Oportunidades

Senhora ministra:

Dentro de poucos meses partirá para um exílio dourado. Obviamente que partirá, seja qual for o resultado das eleições. É tempo de lhe dizer, com frontalidade, e antes que o ruído da campanha apague o meu grito de revolta, como a considero responsável por quatro anos de Educação queimada. Este qualificativo metafórico ganhará realismo à medida que aqui for invocando os falhanços mais censuráveis, alguns apenas, dos muitos que fazem de si, politicamente, uma predadora do futuro da escola pública. Se se sentir injustiçada, tenha a coragem de marcar o contraditório, cara a cara, onde e quando quiser, perante professores, alunos, pais e demais cidadãos votantes. Por uma vez, sairia do ciclo propagandístico em que sempre se moveu.
A senhora ministra falhou estrondosamente com o sistema de avaliação do desempenho dos professores, a vertente mais mediática da enormidade a que chamou estatuto de carreira. A sua intenção não foi, nunca, como lhe competia, dignificar o exercício de uma profissão estratégica para o desenvolvimento do país. A senhora anda há um ano a confundir classificação do desempenho com avaliação do desempenho e demonstrou ignorar o que de mais sério existe na produção teórica sobre a matéria. Permitiu e alimentou mentiras inomináveis sobre o problema. O saldo é claro e incontestável: da própria aberração técnica que os seus especialistas pariram nada resta. Terá os professores classificados com bom, pelo menos, exactamente o que criticava quando começou a sua cruzada, ridiculamente fundamentalista. A que preço? Coisa difícil de quantificar. Mas os cacos são visíveis e vão demorar anos a reunir: o maior êxodo de todos os tempos de profissionais altamente qualificados; a maior fraude de que há memória quando machadou com critérios de vergonha carreiras de uma vida; o retorno à filosofia de que o trabalho é obrigação de escravos. Não tem vergonha desta coroa? Não tem vergonha de vexar uma classe com a obrigação de entregar objectivos individuais no fim do ano, como se ele estivesse a começar? Acha sério mascarar de rigor a farsa que promoveu?
A senhora ministra falhou quando fez aprovar um modelo de gestão de escolas, castrador e centralizador. Não repito o que então aqui escrevi. Ainda os directores estão a chegar aos postos de obediência e já os factos me dão razão. Invoco o caso do Agrupamento de Santo Onofre, onde gestores competentes e legalmente providos foram vergonhosamente substituídos; lembro-lhe a história canalha de Fafe, prenúncio caricato de onde nos levará a municipalização e a entrega da gestão aos arrivistas partidários; confronto-a com o silêncio cúmplice sobre a suspensão arbitrária de um professor em Tavira, porque o filho do autarca se magoou numa actividade escolar, sem qualquer culpa do docente. Dá-se conta que não tem qualquer autoridade moral para falar de autonomia das escolas?
A senhora ministra falhou quando promoveu a escola que não ensina. Mostre ao país, a senhora que tanto ama as estatísticas, quanto tempo se leva hoje para fazer, de uma só tirada, os 7.º, 8.º e 9.º anos e, depois, os 10.º, 11.º e 12.º. E sustente, perante quem conhece, a pantomina que se desenvolveu à volta do politicamente correcto conceito de escola inclusiva, para lá manter, a qualquer preço, em ridículas formações pseudoprofissionais, os que antes sujavam as estatísticas que a senhora oportunistamente branqueou. Ouse vir discutir publicamente a demagogia de prolongar até aos 18 anos a obrigatoriedade de frequentar a escola, no contexto do país real e quando estamos ainda tão longe de cumprir o actual período compulsivo, duas décadas volvidas sobre o respectivo anúncio. Do mesmo passo, esclareça (ainda que aqui a responsabilidade seja partilhada) que diferenças existem entre o anterior exame ad hoc e o pós-moderno "mais de 23", para entrar na universidade. Compreendo, portanto, que no pastel kafkiano a que chamou estatuto de carreira não se encontre o vocábulo ensinar. Lá nisso, reconheço, foi coerente. Só lhe faltou mudar o nome à casa onde pontifica. Devia chamar-se agora, com propriedade, Ministério da Certificação e das Novas Oportunidades. Não tem remorsos?
A senhora ministra falhou rotundamente quando promoveu um estatuto do aluno que não ajuda a lidar com a indisciplina generalizada; quando deu aos alunos o sinal de que podem passar sem pôr os pés nas aulas e, pasme-se, manifestou a vontade de proibir as reprovações, segundo a senhora, coisa retrógrada. A senhora ministra falhou quando defendeu uma sociedade onde os pais não têm tempo para estar com os filhos. A senhora ministra falhou quando permitiu, repetidas vezes, que crianças fossem usadas em actividades de mera propaganda política. A senhora ministra falhou quando encomendou e pagou a peso de ouro trabalhos que não foram executados, para além de serem de utilidade mais que duvidosa. Voltou a falhar quando deslocou para os tribunais o local de interlocução com os seus parceiros sociais, consciente de que o Direito nem sempre tem que ver com a Justiça. Falhou também quando baniu clássicos da nossa literatura e permitiu a redução da Filosofia. Falhou ainda quando manipulou estatisticamente os resultados escolares e exibiu os que não se verificaram. Falhou igualmente quando votou ao abandono crianças deficientes e professores nas vascas da morte. Falhou, por fim, quando se deixou implicar no logro do falso relatório da OCDE e no deslumbramento saloio do Magalhães.
Por tudo isto e muito mais que aqui não cabe, a senhora é, em minha opinião, uma ministra falhada. Parte sem que eu por si nutra qualquer espécie de respeito político ou intelectual.

Professor do ensino superior

(s.castilho@netcabo.pt)

domingo, março 01, 2009

Aparições da ministra: visitas surpresa, visitas relâmpago


Ministra da Educação fez visita relâmpago à Escola Bordalo Pinheiro

Maria de Lurdes Rodrigues visitou a Escola Secundária Rafael Bordalo Pinheiro na passada sexta-feira, 20 de Fevereiro, numa visita relâmpago. O próprio presidente do Conselho Executivo, António Veiga, só foi informado da visita ministerial 15 minutos antes da governante chegar à escola. O telefonema veio do director da DREL (Direcção Regional de Educação de Lisboa), Joaquim Leitão, quando estava a chegar às Caldas e que vinha a acompanhar a ministra.
Foi a primeira vez que Maria de Lurdes Rodrigues veio às Caldas em funções oficiais, tendo esta explicado que foi apenas uma das muitas visitas de trabalho que faz desde que está no governo.
Apesar do secretismo da visita, houve jornalistas que foram à Bordalo Pinheiro, mas foram advertidos por uma assessora da ministra que esta apenas falaria sobre a visita à escola caldense e não sobre as controversas questões que têm marcado o seu mandato.
Maria de Lurdes Rodrigues referiu a antecipação das obras nesta escola, da responsabilidade do programa Parque Escolar como medida do governo para combater a crise. “A escola vai ficar nova e bonita mais cedo”, referiu a ministra, ciente de que esta antecipação trouxe problemas de organização e de planificação dos exames e que a direcção da escola está agora a resolver.
A ministra aproveitou a ocasião para conhecer os cursos profissionais e das Novas Oportunidades que este estabelecimento escolar possui e praticamente quase não se cruzou com professores porque estes estavam em aulas e ninguém sabia da visita surpresa.
“Esta é uma escola com uma enorme dinâmica e que ficará com instalações preparadas para as futuras gerações”, disse Maria de Lurdes Rodrigues.
Segundo António Veiga, a governante “veio confirmar o que já está no terreno e dá-nos algum conforto ter a confirmação antecipada do início das obras”.
Esta escola sofrerá uma remodelação total em duas fases. A primeira começa já em Maio e durará nove meses e a segunda fase sete meses.
Inicialmente, o programa Parque Escolar previa a requalificação em 2009 de 26 das 330 escolas secundárias do país, mas a crise económica levou o Governo a aumentar o número inicial para uma centena.

Era esperada na Benedita, mas não apareceu

Foi pela GNR local que a Escola Básica 2 de Frei António Brandão, na Benedita, terá ficado a saber que a ministra da Educação, Maria de Lurdes Rodrigues, estaria prestes a chegar àquele estabelecimento no final da manhã da passada sexta-feira depois da visita às Caldas da Rainha.
Montou-se o respectivo aparato policial, deram-se por terminadas as actividades com as crianças, que estavam no corso carnavalesco, e numa correria preparou-se a recepção à ministra... que não chegou a aparecer.
À Gazeta das Caldas a presidente do Conselho Executivo da escola beneditense, Lúcia Serralheiro, contou que estava em Lisboa quando foi informada por telefone da iminente chegada da governante. Inicialmente pensou tratar-se “de uma partida de Carnaval”. Contactou a autarquia e o Governo Civil de Leiria para confirmar a vinda de Maria de Lurdes Rodrigues, mas ao que parece, também ninguém estava avisado.
A visita não estava prevista e por isso não se sabe qual seria o seu propósito, mas após algumas horas de espera os professores perderam a curiosidade e acabaram por desmobilizar. Apenas a Guarda se mantinha a postos, cumprindo o que seriam ordens superiores.
“Mais tarde a direcção Regional de Educação pediu-nos muitas desculpas por este episódio e pelo facto da visita não se ter concretizado, mas também não nos deu mais explicações”, acrescenta Lúcia Serralheiro.
Gazeta das Caldas tentou falar com o comandante do posto da GNR da Benedita para saber o que afinal se passou no dia 20 e o que diriam, ao certo, as ordens chegadas ao posto, o que se revelou impossível até ao fecho desta edição.
Há alguns meses, aquando da distribuição dos computadores Magalhães por vários membros do governo, Maria de Lurdes Rodrigues passaria pela Nazaré para entregar alguns daqueles portáteis aos alunos, tendo-o feito também numa visita não programada, só tendo avisado a escola algumas horas antes.
Esta forma de funcionar da ministra dever-se-á à elevada contestação de que é alvo por parte dos professores, temendo manifestações à sua chegada.
Joana Fialho

domingo, janeiro 18, 2009

O melhor cego é aquele que não quer ver

Ministra fala sobre desafios da Educação, mas não sobre greve de professores

http://tsf.sapo.pt/PaginaInicial/Portugal/Interior.aspx?content_id=107338



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