domingo, agosto 31, 2008

Festas e mais festas

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Palavra que estou exausta e sem nenhuma ideia mas isso não me importa tanto quanto isso porque por aqui andamos em festa. Imaginem um filho que faz anos a meio da semana e que não dando para fazer uma grande festa de anos se faz uma reduzida comemoração mais familiar. Passada uma semana outra filha faz anos também a meio da semana. Resultado: já se sabe de antemão que vai haver outra pequena festa nesse dia. E é claro que no fim de semana do meio tem que haver festa dos dois, com os amigos que já voltaram de férias. Não é fácil reunir as hostes nesta época de finais de Agosto. Ainda há muitos que não regressaram, por isso eram apenas dez, a chilrear à volta de uma piscina onde se fez a festa.
Não é que tenha feito grande coisa: não cozinhei, não arrumei as loiças, não limpei os estragos, apenas me limitei a ficar na conversa com amigos e a vê-los correr e brincar. Mas a verdade é que hoje estou cansada e talvez sem vontade de estar aqui escrevendo com o corpo a pedir cama. Nem sempre é boa ideia deixar a cabeça comandar.
E para o próximo fim de semana, mais festa. A Festa do Avante, este ano com um jantar de blogues encaixado.
Já houve anos em que coincidiu tudo junto, anos e Festa do Avante, mas este ano vai dar para andar em festa durante mais de uma semana.

sábado, agosto 30, 2008

Caetano Veloso-Podres Poderes

Showbizz

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Imagem daqui

Ontem
(ver video) Al Gore foi feliz com a piada sobre reciclagem: disse qualquer coisa parecida com “gosto de reciclagem mas isto é ridículo”. Referia-se às propostas políticas de McCain, suja reciclagem das imundas políticas praticadas por Bush.
A primeira vez que li sobre Al Gore a minha intuição – preciosa intuição eu tenho! – indicou-me que Al Gore era mais do mesmo, ou seja ele próprio uma reciclagem do sistema capitalista. Certo que havia (e há) uma deslocação do eixo, um certa viragem, não nos fins mas nos meios com que se obtêm os fins. Se Bush alimentava o negócio do petróleo e lucrava com a guerra, Al Gore procurava lucrar com o negócio dos bio-combustíveis e das energias alternativas, apenas porque o petróleo não é o seu ramo.
Coincidente com Obama, como se pode comprovar agora, no que diz respeito a não olhar a meios para atingir os fins: na América até a política é um espectáculo, mas hoje, Al Gore e Obama eram um encontro de vedetas que gerou filas de três quilómetros de gente deseperada por os ver mudar o mundo.

Estamos perante uma luta política do poder pelo poder. e duvido muito que esses dois queiram realmente mudar as regras do jogo para jogarem limpo e não para fazerem batota com o povo americano e com o mundo em geral. É evidente que o mundo já não aguenta a ameaça das estratégias de Bush e seus perigosos conselheiros (Bush sabe lá delinear uma estratégia sozinho!). Mas esta alternativa Al Gore/Obama, embora afirme uma tendência ecológica, não me cheira nada bem, como a gasolina verde. Há ali interesses económicos que nunca mais acabam, como se estivessem prestes a reorientar os negócios chorudos, deslocando o eixo para outras negociatas que vão dar no mesmo esgotamento do planeta (basta lembrar os perigos dos bio-combustíveis). É certo que os outros, mais velhos, estão a ver o capitalismo que engendraram triunfante à beira do fim, tão predador e desesperado como eles próprios, moribundos, quase ardendo nos quintos dos infernos. Por isso criam uma máquina cada vez mais rapidamente devoradora (com as regras do capital financeiro que nada produz e tudo controla, com a guerra, o consumo, o endividamento cada vez mais generalizados) que quanto mais imponentemente arde, mais se consome e extingue (imagem soberba do meu amigo Kaos, já outras vezes aqui usada). A minha preciosa intuição diz-me que o Obama é mero fogo de vista para uma verdadeira mudança de rumo do planeta que tantos cada vez mais desejam. Ao apontarem uma alternativa estão lançando o isco que atrai multidões que apenas querem outra coisa, não importando para já que tipo de mudança se propõe, desde que vão atirando todas as culpas em Bush e convençam os mais crédulos que vão fazer diferente.
A euforia com que o mundo está a aceitar Obama mostra a vontade colectiva da mudança de políticas, mas a maior parte das pessoas que apoiam Obama nem sequer questiona que a sua campanha é apenas um showbizz enganador, bem montado e bem apoiado, que nunca irá converter a globalização em cooperação e gestão racional e consciente dos recursos mundiais. Os negócios apenas tendem a mudar de mãos, ou nem isso. E as guerras irão apenas deslocar seu alvo para outros eixos, como melhor lhes convier.
Estamos perante a eminência de uma deslocalização do poder para um poder outro, mas a minha intuição diz-me que este, com o tempo também se virá a revelar uma verdade inconveniente.

Veja também o video alternativo.

sexta-feira, agosto 29, 2008

Guns N' Roses - Welcome To The Jungle

Apelo à Blogosfera e à Atmosfera

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Imagem KAOS

Os Caceteiros de D. Miguel

Tinha decidido não o fazer, antes de 1 de Setembro, mas a força das circunstâncias leva-me a quebrar o silêncio, tão-só porque Aníbal, o peso-morto que vegeta em Belém, deu público início a inconfessáveis manobras perigosas.

Se eu tivesse de escolher uma figura na qual descarregar todas as responsabilidades e peso pelo Desastre Europeu Português, essa figura chamar-se-ia Aníbal Cavaco Silva.

Nos seus bons tempos, que foram péssimos para mim, tempos de fraude, de desvio de Fundos Estruturais, de ladrões, pedófilos, incompetentes a ocuparem os mais altos postos do Estado, do novo-riquismo a chocar pessoas, que, como eu, detestavam tudo o que aí se incarnava, Cavaco Silva lançou as sementes de tudo o que presentemente sofremos. Foi o criador da mancha da Droda, da impunidade dos Dinheiros Sujos, do Vale-Tudo dos amigalhaços políticos.

Aníbal começou como euro-céptico, até descobrir que "Europa" rimava com Milhões, Politicamente cobarde, e humanamente igualmente cobarde, o homem-das-mãos-que-suam, que se fazia transportar numa viatura blindada (!), com medo de que lhe "fizessem a folha", e que agora manda interditar o espaço aéreo do palheiro onde foi passar as suas saloias férias de 2008, com ridículos "Jesus Christ Superstar" pelo meio, Aníbal, o filho do Homem da Bomba, muito conhecido das feiras baixas do Algarve interior -- "O meu filho é o maior político de Portugal!... (sic.)", berrava ele na funesta campanha presidencial de 2005, onde o desanquei até onde puderam as minhas forças pessoais -- Aníbal prepara-se para começar a estrebuchar no sentido que (ainda) menos nos convém.

Esse Cavaco está AQUI satirizado para sempre, e não vale a pena sonharmos com outro, porque o presente está apenas mais velho, afectado por acidentes neurológicos, mas nunca esquecerei aquela mãozinha medrosa, que na marquise da noite das Eleições, só se atreveu a abrir o vidro, depois de contada e reconfirmada a trágica contagem eleitoral. Ainda lhe podiam dar um tiro de misericórdia. Na mesma situação, à mesma hora, já Soares, com todo o seu penoso currículo, teria feito um discurso ecoante por toda a Europa.

Aníbal é o mesmo que, em 1985, traiu esse mesmo Mário Soares, e se lançou numa aventura chavista, apoiado por um Partido de má memória, alicerçado noutro valente traste do panorama português, um tal de Ramalho Eanes, que começou como General e acabou como lambe-botas da Opus Dei. Essas mesmas forças, agora, com outra cara, um tal de M.M.S. -- "Movimento Mérito e Sociedade" -- que começa já a mandar "atirar a matar", estão-se a preparar para tomar de assalto os lugares do Poder. Não são os únicos: juntem-lhe Ferreira Leite e o M.E.P., e só faltarão movimentos Neo-Fascistas, como em França e Itália, assim por alto.
Um dos problemas que estamos a atravessar chama-se OPUS DEI e as gentes que apoia na sombra, mas isso é apenas a ponta de um icebergue.

Foi ela, que, na sombra, ajudou a eleger, em 2006, o Incómodo de Belém.

Aníbal cumpre todos os requisitos da Opus: é discreto, medíocre, e sabe SERVIR. Na hora da verdade, não tem excrúpulos em dar golpes baixos. Eles aí estão.

Aníbal é uma permanente ausência dos momentos críticos da Sociedade Portuguesa, e só intervém com comunicações, promulgações e vetos de conveniência, da conveniência retrógada dos sectores que representa: a última, foi uma tal Lei do Divórcio, que já alastrou pela Europa de Vanguarda, excepto cá, porque o casamento, em Portugal, é para procriar.

Muitos duvidaram desta longa mansidão do Sr. Profesor de Boliqueime, pois eu não.
Professor do raio que o parta: muita da minha escola de resistência a ele o devo, e nunca o esquecerei.
Ele agora voltou, e agora volto também eu.
Fala-se de Violência, e já há meses a nossa equipa era consensual em que a "coisa" tinha de esplodir por qualquer lado, e, ou estoirava em bloco, e havia uma reviravolta do "Status", ou ia alastrar em mancha de óleo, esquina a esquina, porta a porta, homem contra homem, mano a mano.

Isso é o que se quer apresentar como estando a acontecer, ora, eu duvido profundamente de que tal corresponda à real Verdade.
Tal como o Sr. Sampaio, outro dos Trastes de Belém, está em curso uma preparação de um Golpe de Estado Parlamentar, para desencadear, nas populações a iminência da necessidade de uma reviravolta governamental. Sampaio e as forças que o acolitavam foram sinistras no seu acto, e, em três meses, atiraram para a rua um gajo que se arriscava a pôr em causa as jogadas do Sistema, e colocaram no Poder, com Maioria Absoluta, um Servo das Forças Externas, e nós aplaudimos.
Sócrates já cumpriu o seu dever: vendeu o que restava da Identidade Nacional, por um punhado de folhas, chamado Tratado de Lisboa, e usualmente conhecido, nos meios esclarecidos, por "Tratado de Bilderberg". Nele, o cidadão e os pequenos estados ajoelham-se, perante as conveniências de uma porcaria, chamada Pântano do Desenvolvimento, Sufoco da Inflação e Paralisia dos Mercados. O Fim do Iluminismo.

Em Bilderberg não há lugar para o indivíduo, mas apenas lugar para a Máquina dos Interesses.

Sócrates cumpriu o seu ridículo papel, e está na hora de o pôr a andar.

Os métodos são sempre os mesmos, Medo, Instabilidade e Insegurança.

São velhos, em Portugal, assim que me lembre, desde o tempo de D. Miguel, em que os acólitos do Absolutismo, andavam pelas ruas, e espancavam, até à morte, quem se lhes opusesse. Hoje, chamam-se "encapuzados" (como insistem em grafar e pronunciar os aprendizes de analfebetismo da Comunicação Social...), "carjackers" (como pretendem os que julgam não saber viver numa América pequeníssima, e desconhecem o Português-Língua), os sequestradores, os assaltantes de bombas e velhinhas, os infindáveies, e súbitos, sincronizados, salteadores de balcões de bancos e correios.

Os métodos, meus senhores, são sempre os mesmo: a "coisa" começa sempre pelos Verões, e é designada por "Verão Quente". É, nada mais, nada menos, do que a Camorra profunda que realmente gere isto tentar dar um piparote nos fantoches políticos que já não lhes servem convenientemente os interesses circunstanciais, através de meios clássicos. Sócrates ascendeu ao Poder no meio de um País devastado por incêndios criminosos. Através da sua "máquina de controlo dos meios de Comunicação Social", ou de quem, por ele, a manipula, e bem, escondeu-se, do país, que, até Julho, a área florestal ardida dupicara (!), relativamente ao ano transacto. Você lembra-se de ver a televisão em chamas, como se fez, quando se tratou de correr com Santana Lopes?... Eu não vi, nem me lembro, portanto, a arma dos fogos estava obsoleta e excluída, era preciso pensar em algo de melhor, que batesse à porta de todos os cidadãos.

Portugal é um país de "gente-a-mando": a mando para mandar matar um segurança de discoteca, a mando para fazer calar um traficante que pode pôr em risco as caras insuspeitas dos jantares do "Eleven", a mando para assustar quem sabe o que não deve sobre as redes pedófilas que imperam em todo o Estado Português, nos jogos das armas, da carne humana, dos circuitos em que somos apenas oleodutos das Mafias Russa e Turca, dos "off-shores", blindados por detrás de sorrisos de solário sapiente, como o sinistro Borges, da Ferreira Leite e do palerma do Constâncio.

Escapou à máquina de Sócrates que lhe pudessem tirar o tapete sem ser através do método clássico dos... "Incêndios".

Antigamente -- ontem -- para os saloios e saloias que acreditam no Ídolo de Fátima -- eu partia esse ídolo à martelada, se alguma vez lá fosse!... -- os fogos bastavam.

Subitamente,
"Suddenly this Summer",
as Forças das Trevas decidiram pôr em campo os homens a mando da Violência.

Há, para a minha crença, um EXCESSO de sincronia de "encapuzados", de salteadores e agressores, de gente a atacar em lugares simbólicos, como Poço de Boliqueime -- a fossa onde o outro nasceu -- ou os escritórios de advogados, como o de Vitalino Canas, outro de bom currículo, do P.S. Não nos espantemos que o próximo assalto seja à caixa registadora dos Jerónimos...

Esses cavalheiros de baixa extracção -- [a mando de] --- cumprem ordens de outros que tais, com a diferença de que a extracção é a mesma, mas os lugares de chegada diversos: são os mais altos postos da Decisória Política, Económica e Financeira da Cauda da Europa, que, no centro dos ares condicionados, desencadeiam as operações de campo.

Diz Aníbal que nos falta muito para atingir a Média Europeia. É verdade: devia ter-se lembrado disso há 20 anos, quando dispôs de todos os meios para o fazer, e só conseguiu que Portugal, que já estava na Cauda de Fora da Europa, passasse a estar na Cauda de Dentro da Mesma. Tudo o resto foram sequelas e consequências. o Pântano do Presente.

Como Sampaio fez o jogo sujo de Sócrates, Aníbal prepara-se agora para fazer o jogo daquele Horror chamado Ferreira Leite, só que, hoje, nós já conhecemos o cenário, os sintomas e os métodos.

Sr. Aníbal Cavaco Silva, desiluda-se: a sua Rainha é uma megera, estúpida, empedernida, e, como Vossa Excelência, com todas as más provas dadas. Já a conhecemos em todos os papéis falhados: chegou a sua Secretária das Finanças, e teve de correr com ela, porque tinha das Finanças uma visão de merceeira, que, desde então, se agravou. Foi sua Ministra da Educação, e ajudou a que a Educação se tornasse no Chiqueiro em que se tornou. Devia haver uma Modalidade Olímpica que fosse "Luta de Mulheres na Lama", onde pudéssemos saborear o nocaute entre Ferreira Leite e Lurdes Rodrigues, bem boas uma para a outra. Lembram-se de um tal de Coelho, que tinha cara de Coelho, de onde Coelho era alcunha e não apelido, que chegou a Secretário de Estado da Educação, sem sequer ser licenciado?... Eu lembro: faz-me lembrar o Gás Sócrates, mas em mau. É hoje representante, com nível de Deputado Europeu, da desgraçada República Portuguesa, ou seja, de mim, escritor, e de si, leitor atento.

Que se desiludam as forças a mando com um novo Golpe de Estado de Verão.

Este texto vem para incendiar atmosferas: nós sabemos que é fácil mandar matar e assustar, que o digam facínoras como Pinto da Costa, Valentim Loureiro, Cónegos Melos ou José Eduardo dos Santos. Eles andam aí, e deram ordem de soltura a bandos de idiotas que pensam que estão, por 200 € (confirmem o valor) a tentar semear pelo país uma atmosfera de Pavor.

Não há Violência: há tão-só uma manipulação da Violência para perturbar um ciclo político, terrível, que execramos, mas, constitucionalmente, legítimo.

Na sombra, as forças que nos governam, e cujos verdadeiros rostos desconhecemos, e desconheceremos, estão, mais uma vez, a tentar demonstrar que o exercício das Urnas é uma mera gracinha, que, de tempos a tempos, se concede ao ignaro Português. Afora isso, quem manda são eles.

Este é um apelo a toda a Blogosfera, e da Blogosfera à Atmosfera: Cidadãos, conterrâneos, pessoas que ainda sentem e pensam, neste destroçado rectângulo de tão ilustres passados: a hora é de cavar trincheiras, de desconfiar e de lutar até ao fim.


NÃO PASSARÃO!



quinta-feira, agosto 28, 2008

Bom senso e bom gosto

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...

- Se eu ordenasse a um general que voasse de flor em flor como as borboletas, ou que escrevesse uma tragédia, ou que se transformasse em gaivota e se o general não executasse a ordem recebida, de quem seria a culpa: minha ou dele?
- Era Vossa - respondeu firmemente o principezinho.
- Pois era. Só se pode exigir a uma pessoa o que essa pessoa pode dar - prosseguiu o rei. - A autoridade baseia-se, antes de mais, no bom senso. Se um rei ordenar ao seu povo que se deite ao mar, ele revolta-se. Eu, eu tenho o direito de exigir obediência porque as minhas ordens são sensatas.

...
(in O Principezinho, Antoine de Saint-Exupéry)

Denunciar leis absurdas

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Caros professores,

No ano lectivo de 2008/09, a avaliação de desempenho será para cumprir integralmente, conforme o monstruoso ECD do ME e a respectiva regulamentação, salvaguardando, apenas, o facto de ser experimental. Quem não foi avaliado no ano lectivo de 2007/08, será avaliado agora em relação aos 2 anos lectivos.

É clarividente que estas leis têm como objectivo favorecer as falsas estatísticas e destruir os professores, para obter votos da população a qualquer preço e para poupar dinheiro. São medidas do mais descarado populismo!

O maior azar seria este ano lectivo decorrer com tranquilidade, o que iria consolidar estas leis! Quanto mais turbulência houver, melhor é para os professores! Não devem procurar soluções aparentes e duvidosas, mas denunciar o que está mal. Leis inexequíveis não se podem cumprir; leis erradas não se devem cumprir!

Não restam dúvidas de que o Governo não vai olhar a meios para destruir ainda mais os professores, perante a opinião pública. Com estas medidas, perdeu os professores, mas já ganhou a população, visto que a maior parte do povo sente grande felicidade com o mal dos outros e quer ter diplomas sem esforço!! Por isso, os professores têm de ser firmes heroicamente até ao fim e defenderem-se por todos os meios dignos. É com evidências que se combatem as mentiras.

É necessário denunciar TODAS as situações e reacções inconvenientes causadas por estas novas leis, para se confirmar quanto elas são más e quanto precisam de ser revogadas. Devem ser comunicadas por escrito (pode ser por «e-mail»), para os sindicatos, para os partidos da Oposição, para o Presidente da República e, se possível, para os meios de comunicação social. Convém juntar todo o tipo de elementos úteis, como fotocópias. No caso de se tratar de violência verbal ou física, deve-se, ainda, apresentar queixa à Procuradoria-Geral da República e à Associação Nacional de Professores. Não se pode deixar passar nada em falso!

É preciso recorrer a todos os meios lícitos, para levar estas leis ao total descrédito, desmentir as estatísticas do Governo e fazer tudo para que se perceba quanto os alunos perderão com estas leis (embora muitos deles fiquem contentes no imediato), já que os ditadores querem cidadãos ignorantes, para serem mais fáceis de domar!!

A luta vai ser dura e vai haver muitas intimidações, mas temos de resistir até ao fim. Já estando o ensino a apodrecer no fundo do poço, a única medida alternativa é voltar para trás, para cima!

Os melhores votos de boas lutas! A sorte ajuda os audazes!


(anónimo, recebido por mail)

quarta-feira, agosto 27, 2008

Parabéns ao melhor filho do mundo

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"fogo de aterfissio"

Orwell blogger

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George Orwell, o 'blogger' póstumo

George Orwell, escritor britânico (autor de "O Triunfo dos Porcos", uma das suas obras mais polémicas) começou a escrever um diário a 9 de Agosto de 1938. Desde então, registar no papel o quotidiano dos seus pensamentos e da sua vida passou a ser um hábito permanente.

Agora, desde o último 9 de Agosto de 2008, 70 anos depois, os seus pensamentos, curiosidades e reflexões estão disponíveis na íntegra na Net. A iniciativa parte da Orwell Prize, fundação que organiza o prémio para escrita política com o nome do escritor.

A sua “escrita mais pessoal”, a que está nos seus diários, pode ser vista diariamente no blogue orwelldiaries.wordpress.com

Segundo o professor Seaton, professor na universidade de Westminster, conhecemos um Orwell observador: “É Orwell não na sua vertente mais polémica; é Orwell numa vertente mais controlada e observadora”. “Acho que se vivesse nos dias de hoje seria certamente um blogger”, afirmou Seaton citado pelo "New York Times".

in PÚBLICO (continuar a ler aqui)



Ainda agora regressada...

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Alcácer do Sal/Agosto2 2008/foto Kaótica

... e já com saudades de Alcácer!

O melhor tempo nem sempre é o de sol.

Há dia enevoados que deixam saudades breves.

Uma imagem pode valer por mil palavras

Mas afinal o que é a realidade

Senão um breve instante de palavras e imagens

Retido ou não na memória.

A realidade ainda assim se sobrepõe.

Tudo serve para a reproduzir, ainda que às avessas.

Nua e crua realidade, pura e dura realidade.



terça-feira, agosto 26, 2008

Cada chegada é uma chegada

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Vocês não estão a ver o final de férias que nos aconteceu. Imaginem o que é, ao fim de um mês, estar a arrumar a bagagem nos carros à hora da partida e aparecer o cão a sangrar de uma pata, depois de tanto tempo a correr por ali sem lhe acontecer nada. Ainda por cima já quase noite e nós a querer-nos ir embora, já que tinha que ser.

A pata onde poisava deixava uma poça de sangue. Tudo sujo, tijoleira, tapete, as nossas roupas, toalhas, assentos de automóvel. Procurámos um veterinário por todo o lado mas os poucos que havia tinham partido para passar o Domingo fora. Noite. Voltámos a casa e fiz um curativo o melhor que pude e fizemo-nos à estrada. Ponto de encontro: o hospital veterinário do Restelo, aberto 24h, caro como o caraças (não, o caraças é mais barato!). Mais sangue, mais curativos, mais espera, depois da viagem de regresso. Disseram-nos que o nosso cão tinha que ficar internado, ser anestesiado e talvez mesmo ser operado para reconstruir o vaso sanguíneo cortado. Ligássemos para lá no dia seguinte a saber o que tinha acontecido. Chegámos a casa todos menos um, abatidos os outros que chegaram sem esse. Tão querido que foi nas férias, menos para as ovelhas da quinta vizinha, que ficaram sem o seu personal trainer. Fugia para lá por debaixo da vedação e ficava a ladrar à frente delas (e por todos os lados), com o rabo a abanar, só querendo que corressem para ele correr atrás delas, as ovelhas em pânico, coitadas. Nunca lhes fez mal, a não ser ao coração.

Ontem não estava com cabeça para mais nada e só me deixei ficar em frente à televisão, a ver a cerimónia de encerramento dos jogos olímpicos. Pareceu-me o supra sumo da harmonia universal. Como o ser humano é capaz de criar tanta ordem e tanto caos! Espectáculo, tanta gente tão perfeita, tão flexível e musculada, tão sorridente e infalível… Lindas as cores das luzes e radioso o sorriso das mulheres e dos homens participantes. As vozes das cantoras como sereias… a arquitectura das luzes e dos edifícios… o velho rock rasgativo finalmente instituído, abençoado por papas e budas, a animar a festa.
Adormeci pela primeira vez já noutro programa e ainda houve quem me voltasse a acordar.

Hoje foi outro dia e a maior alegria até agora foi trazer o cão para casa. Ainda vem com resquícios da anestesia, dorme muito, tem a pata ligada e traz uma coleira daquelas de cão espacial que bate em tudo por onde passa. Está prostrado e eu com ele, e a nossa carteira também está prostrada. Que final de férias! Quanto mais não vale um gato bebé no motor do carro!

domingo, agosto 24, 2008

Cresce a lista dos blogues amigos

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Acabei de incluir mais dois blogues na minha lista de "Amigos": o Claustro Fobias, que recomendo vivamente por razões que quando o começarem a ler e a seguir os seus links para outras poesias vão entender; e o Dragon Blog porque nasceu aqui destas férias caseiras e, sendo feito por dois primos da mesma idade muito muito jovem, revelam uma forte influência do mundo dos adultos com que convivem mas depois vai-se a ver e chega-se à conclusão que aquilo ali saiu mesmo da cabeça deles. Já os tentámos demover mas eles afirmaram que o que entendem de política lhes chega bem para fazerem o que por lá fazem... dizem até que, sendo bloguers como são podem ir ao próximo jantar blogosférico na Festa do Avante.

sábado, agosto 23, 2008

Só é pena não ser por uma questão de consciência...

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Famílias cortam consumo pela primeira vez em 5 anos

Há uma diferença entre ser consumista e ver a possibilidade do consumo estagnada. As famílias portuguesas só refrearam o consumo por necessidade, não por escolha própria e consciente. Elas pararam de consumir tanto não porque de repente se tivessem apercebido que estavam a consumir demasiado e que o planeta não aguentaria o seu ritmo de consumo. Para muitas famílias portuguesas já não se trata de consumismo, trata-se da necessidade de refrear o consumo de bens essenciais cuja aquisição lhes começa a ser pesada. Que belo indicador do estado da nossa economia! Mas certamente algum farsola virá ainda assim nos convencer que isso é uma coisa boa, que os portugueses estejam criando mais consciência e refreando o seu consumo, como sendo um sinal de maturidade da nossa democracia.
Sócrates confessou a Chávez, ou Chávez combinou que seria ele a ventilar a ideia de que a nossa economia está estagnada. Tal como a água parada que fede nos pântanos, estagnada. Que faladinha terá sido essa entre Sócrates e Chávez? Com que objectivos aparece assim a confidência ventilada pelos media a mando de Bilderbergs? Para matar dois coelhos de uma cajadada? Chumbando a governação de Sócrates, taxando Chávez como um incómodo indiscreto que protagoniza a revelação de uma realidade que todos conhecemos?



sexta-feira, agosto 22, 2008

Alzheimer ou capitalismo desenfreado?

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John McCain, afirmou hoje que não sabe quantas residências possui

Às vezes acontece-me não saber às quantas ando. Principalmente de férias, é comum não saber que dia é ou que horas são. Por exemplo, aqui são sempre mais duas horas do que são na realidade. Isso é normal acontecer aqui. Pequeno-almoço à hora do almoço, almoço à hora do lanche, praia à hora que os outros saem da praia, jantar à hora de deitar e deitar à hora que seria normal acordar numa quinta quando se trabalhavam as terras das quintas. Mas férias são isso mesmo, sair fora do sistema e fazer o que apetece, quando apetece. Quanto mais existem regras e horários, mais se quer usar as férias para sair fora deles.

Agora, não saber quantas casas se tem… Isso é Alzheimer instalado ou capitalismo desenfreado? Seja como for, este McCain é ainda mais perigoso do que o Bush, porque ele deve ser mais inteligente do que o Bush, visto que mais burro do que aquilo não pode haver, o que já faz toda a diferença para o mundo ainda correr um maior risco se o homem ganhar.

Mas esta notícia não revela apenas o carácter de McCain, também foi edificante saber que a oportunista campanha de Barack Obama, a pretexto do deslize, logo comprou governadores e locutores para usar este despiste a seu favor:

Além disso, a campanha democrata colocou no ar um comercial de TV mostrando as sete casas de McCain, ressaltando o valor total das mansões: US$ 13 milhões. No fim, diante de uma foto da Casa Branca, um locutor diz: "Esta é a única casa para a qual os americanos não podem deixar McCain se mudar."

Esta última frase mostra bem como para os americanos não é o excesso, nem o abuso, nem a usurpação, nem a propriedade privada que permite tais aberrações que deve ser posta em causa. Para o comum dos americanos, esta frase mostra como no fundo não é significativo que o McCain não se lembre ao certo de quantas casas tem, apenas importa aos que apoiam Obama que não seja o McCain em vez dele a instalar-se na Casa Branca. Eis porque não se pode confiar em Obama para que a mentalidade americana mude: para ele não é jamais a imoralidade de ter sete casas -- quando tantos americanos ficaram sem nenhuma na tragédia de New Orleans -- que é perniciosa e que está em causa; o que pode chatear Obama é que não seja ele mesmo a ocupar a Casa Branca. Será Obama assim tão diferente dos seus opositores? Ou apenas está à espera da oportunidade para se tornar igual aos que já estavam antes instalados?

quinta-feira, agosto 21, 2008

quarta-feira, agosto 20, 2008

Hoje não aconteceu.

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Não, o dia de hoje não aconteceu. Não aconteceu chegarmos à praia como é de costume. Não aconteceu o mergulho no mar. Houve um daqueles PUM PUm Pum pum e felizmente não aconteceu senão um furo, mas um furo dos que a borracha desincha por completo e a chapa bate no asfalto. Mulher ao volante controlou a situação. Íamos devagar de tanta criança nos bancos de trás. Não aconteceu o desastre, por isso apesar do dia não ter rendido uma ida à praia, mas antes uma espera na beira da estrada, ganhámos o dia e conhecemos gente. No regresso a casa depois de sucessivos grupos de heróis nos terem ajudado a mudar o pneu, não havia que jantar. E não deixou de ser surrealista a cena mais comum de vermos um homem com um frango assado de baixo do braço saindo do restaurante mas afinal não havia por ali frangos assados. Saímos procurando um para levar para casa e essa nossa “caçada” levou-nos a procurar outro lugar onde pudéssemos encontrar frangos assados. Fomos parar ao Sr. Grelhado, da Luzia, fã esposa do Júlio da rádio, que gosta de música e que, para além disso, é muito simpático.
Conversa puxa conversa, feijoada de búzios também há por encomenda? Saímos de lá sem frango, porque todos estavam já reservados (o frango assado também não aconteceu hoje!), mas com umas salsichas na brasa, jantar alternativo, e com o almoço de Sábado já apalavrado, digo encomendado, para ir buscar três doses da feijoada. Com este tipo de fast food já me identifico muito mais do que com as outras, as mais institucionalizadas, as cadeias alimentares, McDonald’s e Pizzas Hut e outras coisas reles com que nos aliciam a ser obesos satisfeitos com a situação. Pode não ter sido tão “fast” como isso mas deu para uma boa dose de conversação e para ficar a conhecer um lugar onde se há-de voltar. Bebemos umas bejecas. Esperámos, mas não estivemos à espera. Continuámos bebendo cerveja já mesmo em casa ao jantar, mais conversa e o sono ainda não aconteceu.

terça-feira, agosto 19, 2008

Encontros e Despedidas

Maria Rita, Brasil

Temos sempre que dizer adeus a qualquer coisa

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Estou num dilema!
Por um lado quero que esta semana não acabe nunca porque é a última semana aqui de férias e também porque estou muito bem acompanhada, uma casa só com mulheres e crianças. Por outro lado estou desejosa que a semana chegue logo ao fim para voltar a ter cá quem teve que se ir embora trabalhar e deixou saudades.

segunda-feira, agosto 18, 2008

John Coltrane - Every Time We Say Goodbye - 1961

Dedicado a quem se vê obrigado a dizer adeus às férias

domingo, agosto 17, 2008

Génesis de um espantalho

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Os meus filhos montaram um acampamento a alguns metros de casa, debaixo de uma velha oliveira. Levaram espumas de campismo, sacos camas, almofadas e afirmaram que iam lá dormir. Mas depois veio a noite e arrepiaram caminho. Na noite seguinte era mesmo para ficar. E de facto lá foram e lá ficaram mesmo depois das visitas se terem ido embora. Mas daí a um bom bocado o mais novo voltou para casa sozinho, metendo-se sem lanterna pela noite dentro na direcção da luz da casa, porto seguro. Vinha tremelibundo e acabrunhado, querendo se meter na cama, cheio de cagaço. Então e a outra ficou lá sozinha? Deixaste ela lá? Sim ela tinha ficado.
Não passou muito tempo até dar por mim a cogitar e se ela também quer voltar mas tem medo? E se não está a conseguir adormecer por causa do ruído perto dos cães ladrando longe? Coisas assim que as mães se põem a pensar e não têm mais descanso até tirar a teima. Lá fomos direitos à tenda, falamos com ela do lado de fora para não a assustar à chegada. Estava e não estava a dormir. Por um lado respondeu ensonada, por outro queria dormir e não estava a conseguir, mas estava confortável, disse ela. Insistimos para que voltasse e ela veio cambaleando sem muita vontade de sair da toca.
Um dia destes ao fim da tarde, depois da curta rega, havia barulho de gente na piscina e levei para lá um livro. Mas realmente aquilo era confortável. Retomei o livro e ainda li umas páginas ficando a saber que o primeiro Pai Natal era de facto, como tinha pensado o Menino Jesus, o diabo. Como o Jorge de Sena me enganou… já eu tinha feito o filme que era mesmo o Pai Natal e que o Menino Jesus o ia fazer sofrer como se fosse o diabo, coitado do Pai Natal . Mas afinal era o menino Jesus que estava certo e era mesmo o diabo. Hilariante de efeito prolongado porque ainda agora me fartei de rir ao lembrar-me da cena. Até porque depois vem mesmo o Pai Natal o próprio…
Entretanto vejo o gato que viajou de cá para lá no motor do carro do K. e que voltou tratado da família a vir em direcção às tendas e tive que pôr o livro de lado porque não resisto a um desenho animado daqueles. Andou, entrou, saiu, trepou, pulou, simulou caçadas e eu adormeci a ver aquele filme e só acordei muito tempo depois. Foi assim, atrás de um felino que a Alice viajou para o País das Maravilhas. Acho que ainda dormi bem mais do que uma hora.

Agora apareceu cocó de pássaro nas tendas. Por isso a minha filha fez um espantalho, vai levá-lo para lá e foi para isso mesmo que o fez. Quando os primos chegarem aposto que vão querer dormir todos lá.

sábado, agosto 16, 2008

os 50 melhores logotipos de bandas de música

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Rolling Stones

Veja aqui os 50 melhores logotipos de bandas de música

Paradise by the dashboard light

Esta faz-me lembrar o Jamaica Paradise

sexta-feira, agosto 15, 2008

Deus não usava telemóvel

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By kaotica at 2008-08-15

Aviso encontrado na porta da Igreja de São Francisco, Alcáçovas, Alentejo

O tempo das melâncias

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A melancia é uma muito querida aberração da natureza. Ideal para o seu tempo – o Verão – ela conserva a água da terra, sendo um delicioso fruto refrescante e suculento. Ela é yin e yang: verde e vermelho, terra e água, peso e leveza. E ainda para mais todas as praias têm um suave odor a melância, trazido pelo vento, não se sabe de onde pois é raro ver gente na praia comendo melancia.

Um destes dias uns amigos trouxeram uma que devia ter cerca de 8 kg. Dividimo-la em duas enormes metades e nos saciamos até mesmo na praia. Água no deserto. Toda aquela areia e eis o oásis.

Gosto de coisas simples, como uma melancia, se é que melancias são coisas simples.

quinta-feira, agosto 14, 2008

China: o Sol quando brilha não é para todos...

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"Podemos escolher o que semear,mas somos obrigados a colher aquilo que plantámos."
Provérbio chinês

«(...)

Aliás, tanto quanto se sabe, têm sido precisamente as questões ambientais que têm levado à indignação das populações e a inúmeros tumultos no país: até porque a crescente classe média (e não só), exige um ambiente mais limpo.

Não admira, pois, que na China já hoje se contabilize cada dia em que o sol brilha num céu azul, livre de nuvens e de poluição. Nos documentos do Plano “Defending Blue Sky” (“Em defesa de um céu azul”), posto em prática a partir de 1998 em Pequim, refere-se que os veículos motorizados são os responsáveis pelas emissões diárias de 3600 toneladas de poluentes. Outra coisas não seria de esperar numa cidade onde circulam actualmente 2,6 milhões de veículos motorizados e onde, para além disso, em cada dia se fazem à estrada mais 1000 novos veículos. Recorde-se, a este propósito, que em finais de 2004 existiam na China aproximadamente 24 milhões de veículos automóveis em circulação e que, se o uso do carro se aproximasse dos níveis dos EUA este número andaria pelos mil milhões de veículos. Ora as autoridades definiram a indústria automóvel como um dos pilares da economia chinesa e, em 2006, estima-se que as vendas de veículos tenham subido 50%, custando a gasolina 2,4 Dólares/galão (metade do preço médio europeu).

(...)»

Ler todo o texto aqui

quarta-feira, agosto 13, 2008

Maré de Comentários

Marreta disse...

Mas quem é que quer saber do Palácio dos Henriques?! Se fosse um McDonalds ou uma pizzaria qualquer, decerto estava abarrotada de obesos a mastigar gordura saturada. Se ainda por lá se vendessem telemóveis baratos ainda podia ser que houvesse uma bicha à porta. Se tivesse um cartaz à porta a anunciar uma rave com muitos cogumelos a 5 euros/pax ainda haveria confusão para chegar à bilheteira. Se fizessem tatuagens baratas ainda vá lá. Se houvesse um casamento, daqueles de Agosto, com sotaque franciú, com muita brilhantina, fatos a cheirar a bolor tirados do roupeiro depois de 4 ou 5 anos sem de lá terem saído, e 20 ou 30 pratos para comer até ao enfarte do miocárdio, mas sem esquecer de deixar no bolso do noivo o envelope com 200 aéreos, ainda está bem, de certeza que o palácio era pequeno para a afluência. Agora, um palácio? O que é que um palácio pode ter lá dentro de interessante, para sequer manter um porteirinho que seja? Bah! Essas coisas não interessam. Cultura é centro comercial, é passar 2 horas na bicha para chegar à praia, abancar na areia ao 1/2 dia, trabalhar para o cancro até às 2, arrancar para o tasco, emborcar uma feijoada e uma litrada de carrascão, regressar ao areal, fazer mais 2 ou 3 horas de fritura, e por fim passar mais 2 horas no trânsito para chegar a casa. Cultura é lavar o pópó no Elefante Azul ao Domingo de manhã, é passear os chanatos comprados a crédito na Charles e a camisa dos ciganos - porque o crédito não dá para tudo - ao Sábado à tarde, de telmóvel numa mão e chave do carro na outra, no COntinente, mas com o carrinho cheio de ar apenas com 2 pacotes de bolachas, 1/2 dúzia de iogurtes da casa e 1 molho de t-shirts de 1 aéro cada, porque a tal dos ciganos precisa de pelo menos 1 lavagem por mês. Palácios! Igrejas! Só se for para a hóstia ao Domingo. Ah! E cultura, ou não fosse amanhã dia 13, é Fátima. Amen.
Saudações do Marreta.

terça-feira, agosto 12, 2008

Maré de Alentejo

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Capela das Conchas/Palácio dos Henriques (Alcáçovas , Alentejo)


Com tanta coisa nem vos contei. Ontem demos um belo passeio pelo Alentejo fora. Ao Domingo à tarde o Alentejo dorme, não se vê viv'alma ou apenas uns poucos homens idosos da terra a conversar pelos bancos e pelas tascas. Que ninguém diga à ASAE que ainda existem tascas e que no Alentejo se vai podendo fumar uma cigarrada permitida. Sempre que imagino o que o dinheiro, que devia servir para desenvolver o país, vai fazer ao litoral alentejano, fico irada. Ainda hoje li no jornal que há um plano de desenvolvimento turístico para Mértola que é uma dor de alma, um dos sítios mais bonitos do Alentejo, não tarda muito, quando chegar a barafunda, as cegonhas partem para destinos mais sossegados. O que é feito das zonas protegidas?

Outra notícia que diz tudo. Nas praias (por enquanto deve ser nas do Algarve, mas como tudo o que é daninho, tende a espalhar-se) andam DJ´s e música em ALTOS BERROS a animar o ALLgarve? Vinha uma foto dumas madames a apanharem banhos de sol e estupidamente a ver um espectáculo de uma dançarina em cima de uma estrutura, como em certas discotecas, a dando o corpo ao manifesto para gáudio das outras. Não haverá mais gaivotas na praia ao fim da tarde...
Que progresso tão torpe!

Mas ía contar que nessa passeata parámos em Alcáçovas e chegámos à Capela das Conchas e ao Palácio dos Henriques, que mostram bem o estado de degradação do nosso país e das suas memórias arquitectónicas. Não pudemos entrar na Capela das Conchas, nem ver os seus jardins porque estava fechado o portão. Provavelmente ninguém quer pagar a um segurança e a um guia para estarem ali. Tinha que se pedir não sei onde, na junta, para visitar, o que provavelmente pouca gente se dá ao trabalho. Quanto ao Palácio dos Henriques, prometi a mim mesma ir descobrir que Henriques são esses que já tiveram um palácio daqueles e que o deixaram chegar a tal abandono. Também ali não se entrava, nem lá estava ninguém, pareceu abandonado à sua sorte de ser construção sólida, não do tempo dos afonsinos, mas dos tais Henriques que eu vou agora procurar.
Que memória tão apagada!

Mais informações aqui:

- Janela do Paço dos Henriques (Alcáçovas)
http://joserasquinho3.blogspot.com/2008/06/janela-do-palcio-dos-henriques-alcovas.html

- Palácio dos Henriques (Alcáçovas)
http://ruadealconxel.blogspot.com/2008/01/palcio-dos-henriques-alcovas.html

- Jardins da Capela das Conchas (Alcáçovas)
http://ruadealconxel.blogspot.com/2008/01/palcio-dos-henriques-alcovas_13.html

- Paço dos Henriques/ residência real/ casamento D. Manuel I e D.Isabel I /
Testamento de D.João II/Tratado de Alcáçovas/
http://pt.wikipedia.org/wiki/Pa%C3%A7o_dos_Henriques




segunda-feira, agosto 11, 2008

Maré de Poesia Brasileira

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isadora, aos 14 anos, hoje

Filha, omundoestádifícil, eu sei.
O teu anti-americanismo é justo
e compreensível, eu sei.
Há crianças morrendo de fome:
na África e nas Américas.
Também na Ásia
e nos bairros da periferia.
Vi as tuas lágrimas de revolta
quando os jornais
anunciaram os bilhões de dólares
que as guerras contra a humanidade
consumiram em 2003.
Por quê?, por quê?, por quê?,
indagavas.
Mas as minhas explicações
de nada adiantavam. Eu sei, eu sei.
Os pássaros azuis da madrugada
sonham com os teus sonhos
rebeldes.
E choram.
Eu sei:
há a poesia.
Mas para que serve a poesia
diante da miséria humana e social?
Há a beleza da vida.
Mas para que serve a beleza da vida
diante das impunidades e dos assassínios em massa?
Eu sei, eu sei:
omundoestámaiscrueldoquenunca,
e só tenho algumas auroras
prateadas pranteadas
para te oferecer de presente.

Moacy Cirne

(poema retirado daqui)




domingo, agosto 10, 2008

Maré de navegar até porto seguro




Que fiz eu hoje ao tempo que já é tão tarde e eu ainda nem pensei o que vou deixar aqui no Pafúncio?

Foi partindo desta interrogação que eu vos deixo aqui o meu percurso esta noite: dei uma breve volta de reconhecimento pelos comentários e visitas. Depois fui fazer umas visitas mais demoradas pelos blogues mais queridos que hoje saíram na rifa, ou seja numa escolha quase automática, quase ao calhas. Fui deixando um ou outro comentário, ando pouco para comentários (mas é só uma fase).

Fui depois fazer umas pesquisas: uma busca por “IV Internacional” e fiquei lá perdida, lendo textos, chegando a conclusões de que ainda nem tinha tomado verdadeira consciência, como por exemplo a divisão actual da IV Internacional em várias “facções”. Lembrei-me que nem era bem assim, que já antes em manifestações eu vira militantes do Bloco auto-proclamando-se “trotskistas” e vendendo jornais e de eu já nessa altura ter ficado admirada porque para mim trotskista em Portugal era o POUS. Por isso foi para mim esclarecedor encontrar algumas pistas sobre esse assunto, ou melhor como a informação blogosférica institucionalizada trata o caso e como é nítido o ênfase colocado nessa “facção trotskista bloquista”, relegando para segundo plano o POUS.

Não deixei de fazer uma visita ao próprio para ver de que lado está a razão. Ainda andei um bom bocado por lá e é sítio para se tornar sempre a voltar (refiro-me aos escritos do próprio, bem entendido)

Foi então que virei sem mais nem para quê para a poesia e dou por mim navegando pelas águas límpidas de Vinicius de Moraes. Claro que fiquei atracada nessa ilha até há pouco e foi aí que verdadeiramente me perdi do tempo. Lembrei cada poema e cada canção e voltando a cada um recordei o grande poeta que ele é.

sábado, agosto 09, 2008

Jogos Olímpicos - Beijing 2008

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China World Record: 8 00 executions each year
(Amnesty International for Human Rights)

Maré fria

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Normalmente não me custa muito a entrar na água porque sei que é garantido que dentro dela me sinto bem. Dentro de água é a leveza; fora de água o peso. Na verdade sinto-me um peixe dentro de água, é o meu elemento e, por ironia do destino até sou do signo peixes, se é que isso tem hoje em dia qualquer significado, de tão deturpados têm sido os antigos ensinamentos astrológicos.

Hoje demorei mais tempo. A água estava mais fria. Aquilo também não é hora de se chegar à praia: já passava das seis da tarde e estava aquele ventinho que às vezes sopra no litoral. Estava à beira da água, ainda nem tinha entrado e já me sentia pele de galinha, a qual tem pelo menos a vantagem de disfarçar um pouco a celulite (já alguma vez alguém viu uma galinha com celulite?).

Teve que ser ao mergulho que aquilo de ir por partes já era arrepio a mais. Ah, mas não me arrependi nada. Passado pouco já estava em casa, instalada num maple de ondas (eles já me tinham dito: mãe, anda que estão as ondas que tu gostas). A água tem o poder de me deixar relaxada, sem qualquer tipo de tensões e a frescura é estimulante, ou seja o yin e o yang a um tempo, tratamento completo ao espírito e ao corpo, sem forçar.


quinta-feira, agosto 07, 2008

Maré de Amizade

Image
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Hoje sinto-me privilegiada porque amigos passaram por aqui. E logo no dia do aniversário de uma dessas pessoas minhas amigas. Que fantástico quando alguém de fora da família escolhe partilhar connosco um pouco do dia do seu aniversário.
Mas não é só por isso, que já seria mais do que suficiente, que hoje me sinto privilegiada. Porque essa pessoa é uma militante, talvez a única verdadeira militante que conheço, alguém que continua a acreditar no poder do povo para mudar o país, que continua a achar que a unidade é o caminho certo para a vitória das massas oprimidas e que a via da verdadeira democracia é agir no quadro da Democracia. Que só recusando a farsa da União Europeia e as teias da Globalização é que poderemos ser uma Nação Livre e Soberana.
Oiço-a falar desta forma com uma certeza e uma rectidão que só pode ser fruto de muitos anos de militância e admiro as suas convicções e a sua persistência. Sei que é desse lado que se constrói o futuro, se quisermos deixar uma possibilidade de futuro ao mundo.
E dou-lhe os meus parabéns, duplos parabéns, por fazer anos e por continuar sempre a lutar por aquilo em que acredita!
Bem hajas, mulher de Abril!

Maré de textos

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Podem até não acreditar mas eu ontem estive aqui, fiz um texto que era para ser curto, mas que foi crescendo e, depois de uma boa parte da noite a escrevê-lo, de repente perdi-o, desapareceu para sempre da rede, ou melhor nem nunca chegou a lá estar. É o que dá escrever directamente no bloguer e estando distraída, no meio de pensamentos, PUF! Desaparece tudo sem retorno. Claro que a reação foi desconectar o computador, desligá-lo e sair praguejando nunca mais.

Mas hoje cá estou, e afinal de contas o texto de ontem era sobre isso mesmo, chamava-se provisoriamente “férias e rotinas”, já estão a ver…

Era daqueles textos que estava mesmo a ficar esquisito, porque falava desde Bimbys ao problema do desemprego, de donas de casa em férias e até mesmo dos queridos visitantes deste blogue. Não chegava a ter uma página, mas quase, agora imaginem a embrulhada que era. Quanto à Bimby dizia coisas como ficar melhor nesta garagem do que um porshe à porta de uma barraca, comparando com a cozinha lá de casa e coisas assim, hoje sem sentido… Dizia também que a tecnologia tinha chegado aos meus dias (na cozinha) como às minhas noites (na blogosfera). Ainda hoje dei por mim a pensar se isto também terá a ver com o apregoado Choque Tecnológico… Lembrava ainda como as nossas vidas electrodomésticas estão próximas dos anos 50 do século passado, apenas com mais tecnologia e mais desemprego.
Pegava então na deixa para lembrar o estado de desemprego e como a mim não me faltava trabalho como mãe encarregada de educação dona de casa licenciada desempregada da era socretina dos anos dois mil da nossa era...

Hoje esse texto parece tão estranho… devo ser incapaz de o reproduzir, sai colado e mal colado. Na verdade hoje não estou para textos, como vinha acontecendo ultimamente. Gostava de ser capaz de insistir e prosseguir escrevendo à toa e de não me envergonhar depois, mas nem sempre isso acontece.

Como num dia somos capazes de nos soltar, dar largas à imaginação para ser ela a escolher as palavras, e logo no outro dia lá vem o peso e já as férias não são uma coisa maravilhosa. Para tal bastou levar um susto com uma avó, com uma mãe, o não é o melhor que pode acontecer nunca, quanto mais em plenas férias. Felizmente para já ela melhorou e está aqui em casa dormindo. Desta vez não era a fingir nem a exagerar, foi mesmo uma grande quebra de tensão arterial. E um enorme susto para todos aqui de casa.

As crianças não tiveram mais coragem de ir dormir nas tendas armadas no terreno da casa. Voltaram frustrados para casa achando-se medricas. E formam-se deitar tarde e a más horas. Depois de tudo isto é o esgotamento. Levar o pensamento para as ondas que faziam hoje na praia e a frescura do balanço da água do mar. Para finalizar ainda rebentou a junta de canos plásticos do lava-loiça. No armário debaixo tudo molhado. Toca a tirar tudo. Foi então que veio o cansaço do silêncio inexistente. Há dias assim que acabam connosco esgotados. Daí o refúgio aqui, para assegurar que desta vez o texto não se perde, que a ligação não termina e que tudo vai funcionar na perfeição, depois de um fora como o de ontem. Será um blogue mera teima?

terça-feira, agosto 05, 2008

Kumpania Algazarra



Não os vi em 2007, na Festa do Avante mas tenciono vê-los na próxima. Já estão marcados para dia 7 de Setembro, pelas 19h (salvo erro).

Ontem tocaram por estas bandas e foi uma festa, um tal de pular até às tantas da manhã!

Hoje com mais umas nadadelas e um passeio pela beira-mar e estou prontinha para ir dormir. Ou seja, estou arrumada!

Entretanto, como viram, houve por aqui um problema técnico com a publicação das imagens, motivo pelo qual a partir de agora vão ser colocadas com o ImageShack.

Um abraço a todos os amigos que mesmo de férias por aqui continuam a passar!

Fez ontem 40 anos que o Salazar caíu da cadeira...

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Imagem Kaos

... vamos ficar à espera que a história se repita com ou sem cadeira?

domingo, agosto 03, 2008

Faz hoje 40 anos que Salazar caiu da cadeira...

(imprensa da época) - retirado daqui

... hoje persistimos (e resistimos) no país salazarento a que voltámos!

sábado, agosto 02, 2008

O que faz falta...



...é continuar a obra do Zeca: topar a corja, denunciar os vampiros, avisar e animar a malta!

Parabéns Zeca!

Só nos faltava...

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Igreja de Nossa Senhora do Monte (Vale de Guizo)


... uma chave para entrar no céu!

A Tasca das Enguias do Baracinha

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Foto Kaos

Eis o restaurante do dono do barco. Comemos choquinhos fritos e ensopado de enguias (especialidade da casa). Afinal os ares do rio também abrem o apetite.

Cansada mas feliz

 
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Rio acima, rio abaixo

 


Alcácer do Sal - Vale de Guizo (almoço: ensopado de enguias) - Alcácer do Sal: via Sado

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sexta-feira, agosto 01, 2008

Sex Pistols - Holidays in the Sun (1978)

Brincadeirinha...

A Múmia interrompeu as férias para vir às televisões e aos rádios fazer uma importante comunicação, mantida em clima de secretismo até à hora de ir para o ar. Extraordinário. Estavam os portuguesinhos muito bem em plenas férias e vem esta avantesma pôr tudo de orelha alçada para ver se alguma coisa ia mudar no lodaçal. Claro que depois vim a saber que era conversa da treta, só para se fazer ouvir e nos fazer a nós esta desfeita de nem de férias estarmos livres de apanhar com a múmia pela frente. Quem chegou a pensar que era para mandar o governo abaixo ou para vir dizer que estava a gostar muito das férias e que se demitia, pôde se desenganar.
No solene momento vinha de carro da praia e mal a alimária começou a balbuciar, adormeci como uma pedra. Disseram que ia falar 5 minutos e eu zás, mal o ouvi, caí num sono profundo e não ouvi nada do que disse. Abençoado ar do mar!
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