Mostrar mensagens com a etiqueta referendo da República da Irlanda. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta referendo da República da Irlanda. Mostrar todas as mensagens

segunda-feira, julho 27, 2009

Tratado de Lisboa: O tratado dos tratantes

Imagem Daqui


Cavaco anda esperançado.
Só que os Irlandeses não são moles e para eles um não será sempre um NÃO.
Este tratado que tão mau nome dá a Lisboa não passa de de um tratado de meia dúzia de crápulas e contra os cidadãos.


O aprofundamento do neoliberalismo

"Este novo Tratado não devolve soberania aos Estados-membros e não inverte o processo de aproximação da União Europeia a um modelo neoliberal de capitalismo. Pelo contrário. Afecta a soberania do país em pontos centrais, aprofunda o centralismo das decisões em torno dos seis maiores países (Alemanha, França, Itália, Reino Unido, Polónia e Espanha), aprofunda o neoliberalismo e reduz ao mínimo os direitos sociais, dando resposta às reivindicações do capital europeu.

Este Tratado mantém todos os aspectos negativos das políticas neoliberais que já conhecemos, e agrava-as, dando-lhes uma visão ainda mais liberal, com os protocolos que são parte integrante do próprio Tratado, seja sobre a política de concorrência que «não deve ser falseada», expressão que também constava da dita constituição europeia, seja sobre os chamados Serviços de Interesse Económico Geral. A leitura conjunta destes artigos só pode ter uma interpretação: sujeitar a maioria dos serviços públicos à política de concorrência e ao mercado interno, ou seja, facilitar a vida aos grupos privados que querem apropriar-se da generalidade dos serviços públicos, aprofundando o que está a acontecer com as liberalizações nos transportes, correios, energia, telecomunicações, serviços financeiros, etc.

Aí aparecem também, a propósito do Artigo 104.º do Tratado, relativo ao funcionamento da União Europeia, as declarações da Conferência Intergovernamental sobre a Estratégia de Lisboa e o Pacto de Estabilidade, insistindo nas políticas que estão a ser praticadas, com as consequências conhecidas. Sabemos o que significa controlo do défice orçamental: corte nos salários reais e nas pensões e reformas, menores investimentos públicos, incluindo na saúde e educação públicas, mais liberalizações/privatizações, com maiores ganhos para grupos económicos privados, e as graves consequências visíveis no desemprego, o qual alimenta o trabalho precário e os baixos salários.
Igualmente, a propósito da política monetária, não só se mantêm os poderes conferidos ao Banco Central Europeu, como se admite que se possa ir mais longe, «conferindo-lhe atribuições específicas no que diz respeito às políticas relativas à supervisão prudencial das instituições de crédito e outras instituições financeiras, com excepção das empresas de seguros ...".

In "O militante"


Daqui

quinta-feira, maio 07, 2009

Tratado de Lisboa - somos todos europeus, mas alguns são mais europeus que outros

Pigs walking
(imagem daqui)

Senadores tchecos aprovam Tratado de Lisboa
(AFP) (ler notícia)

A um presidente da república de um estado membro da União Europeia devia bastar um simples argumento para não ratificar o Tratado de Lisboa: tendo o povo da Irlanda chumbado em referendo o tratado, o assunto estava resolvido pela aplicação das regras criadas pela própria União Europeia. Se os outros pares estavam dispostos a fazer batota e a mudar de regras a meio do jogo, ele estava disposto a jogar limpo até ao fim.


Mas a União Europeia rege-se por interesses e é apenas um simulacro da verdadeira Democracia. Na República Checa vem o primeiro-ministro e o ministro dos negócios estrangeiros apelar ao senado para que vote favoravelmente gritando “somos europeus” (onde é que eu já ouvi isto?); por cá, a mesma vergonha, sem honra, com a agravante de haver uma promessa eleitoral de referendar o Tratado, de que o governo depois de eleito veio dar o dito por não dito. E o Durão Barroso, porreiro, pá, mais uns que embarcaram no Tratado. Em Outubro volta-se a referendar o Tratado na Irlanda, até o resultado ser SIM e a tramóia ir para a frente.


sábado, junho 14, 2008

Na Irlanda venceu o NÃO. Viva a Irlanda!

Referendo europeu: ministro da Justiça irlandês reconhece vitória do "não" (Público)

Sabes pai, os irlandeses votaram NÃO ao Tratado de Lisboa. Vê lá tu que eram o único país que ia consultar o povo através de referendo e as pessoas conscientes foram lá e disseram NÃO ao tratado dos tratantes. Tu havias de gostar de os ver a ter que admitir que foi uma grande derrota para as suas carreiras políticas. Eles talvez cheguem lá onde querem, mas vão ter que subverter as regras democráticas debaixo dos nossos olhos e nós vamos estar cá para lhes dizer que estão a pisar o risco e a não deixar... o pior é que nós aqui vamos deixando tudo, permitindo-nos perder tudo o que antes conquistaramos, somos uns otários, tanto estamos optimistas como pessimistas, conformamo-nos com os dois estados de alma. Temos demasiada alma e pouca raça. Suportamos calados sermos dirigidos por gente de má raça.
Mas hoje esta vitória do NÃO é uma vitória à dimensão europeia. Neste momento muitos irlandeses, portugueses, espanhóis, alemães, franceses, gregos, estão contentes como nós com este NÃO.
Como diabo vão eles agora inverter as regras do jogo? Que batota irão cometer? Se tu estivesses cá tu havias de saber e de dizer logo que esses filhos da puta não vão respeitar nada nem ninguém e vão dar a volta à questão. Tu não tinhas nenhuma consideração por esses indignos, pois não? Tu é que os topavas a todos.
Hoje fomos sair à noite com os miúdos. O Fernando Pessoa fazia anos (120, vê lá tu, lembro-me bem quando fez 100) e havia uns grupos de rap que iam fazer uma Hip HoPessoa, em homenagem. Estava pouca gente mas nós gritámos vivas à Irlanda aos quatro ventos. De vez em quando IRLANDA... estava uma noite de andar na rua.
Isto mostra que na Irlanda há gente consciente do perigo que corre a Democracia. Como seria por cá? Achas que o SIM ganhava e que o Sócrates progredia na carreira política? Se fosse agora não me parece!
Sabes, hoje sinto-me optimista, sei que na Irlanda há quem diga NÃO e vença.
O que diria o Fernando Pessoa disto tudo? Se fosse vivo estaria instalado no poder, seria um burocrata cumpridor que à noite soltava a fera a sós? Ou apenas um excelente poeta consciente da sua impotência de poder mudar o mundo mesmo com aquela monumental poesia. Mas terá ele realmente alguma vez desejado que o mundo fosse outro? Sem dúvida que sim.

quinta-feira, junho 12, 2008

Os portuguese não podem dizer NÃO aos tratados dos tratantes


Os irlandeses ainda estão a tempo
de se recusar a reforçar
este atropelo da Democracia!

NÓS DIZEMOS NÃO!
Blog Widget by LinkWithin