Mostrar mensagens com a etiqueta destruição da escola pública. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta destruição da escola pública. Mostrar todas as mensagens

sábado, julho 11, 2009

Santana Castilho: «Os professores portugueses não podem esquecer»!


«Nos aniversários dão-se parabéns e prendas. O sujeito fez anos. Anos à frente de um governo que se tem encarniçado a destruir a Escola Pública.
Talvez preferisse um fatito Hugo Boss, mas dou-lhe tão só uma caixinha de recordações, embrulhada em papel negro de desdita.

Recordo-lhe que em 4 anos de actividade produziu diplomas que envergonham aquisições mínimas do nosso sistema de ensino. O estatuto da carreira docente, a avaliação do desempenho dos professores, a gestão das escolas e o estatuto do aluno são apenas as pérolas. Mas a lista alonga.

Recordo-lhe que a coberto de uma rede propagandística que tornaria Goeebels num aprendiz, cortou, vergou, denegriu e fechou como um obcecado pelo extermínio.
Recordo-lhe que desertificou meticulosamente o interior.
Recordo-lhe que congelou salários, burocratizou até ao insuportável e escravizou com trabalho inútil.
Recordo-lhe que manipulou estatísticas, mentiu e abandalhou o ensino, na ânsia de diminuir o insucesso a qualquer preço.
Recordo-lhe que chamou profissional a uma espécie de ensino cuja missão era reter na escola, de qualquer jeito, os jovens que a abandonavam precocemente.
Recordo-lhe que abandonou centenas de alunos com necessidades educativas especiais.
Recordo-lhe que contratou crianças para promover produtos inúteis e aliciou pais com a mistificação da escola a tempo inteiro.
Recordo-lhe que foi desumano com professores nas vascas da morte e usou e deitou fora milhares doutros, doentes, depois de garantir que não o faria.
Recordo-lhe que, com o concurso de titulares, promoveu a maior iniquidade de que guardo memória.
Recordo-lhe que enganou miseravelmente os jovens candidatos a professores e humilhou as instituições de ensino superior com a prova de acesso à profissão.
Recordo-lhe que desrespeitou leis fundamentais do paí­s e, com grande despudor polí­tico, passou sem mossa por sucessivas condenações em tribunais.
Recordo-lhe que desrespeitou continuadamente a negociação sindical e fez da imposição norma.
Recordo-lhe que reduziu a metade os gastos com a Educação e aumentou para o dobro a distância que nos separava da Europa.
Recordo-lhe que perseguiu, chamou a polí­cia e incitou e premiou a bufaria.
Recordo-lhe que os professores portugueses não o vão esquecer.


OS PROFESSORES PORTUGUESES
NÃO PODEM ESQUECER.»


Santana Castilho

domingo, outubro 12, 2008

Manifestação dos profes 15/Novembro em Lisboa: Marquês de Pombal, 14h

Image Hosted by ImageShack.us
Parece que... já é oficial!
Parece que... desta vez é mesmo para a Assembleia da República!
Parece que... desta vez ou vai ou racha!

Eu não sou prof
mas vou lá estar
porque tenho filhos na escola
porque confio que desta vez os profes não se vão deixar enganar
porque o Memorando do Entendimento foi um tiro no pé
porque o Albino Almeida não vai lá estar
porque não gosto destas políticas educativas
porque não suporto esta ministra
porque já chega de esfacelar a Escola Pública
porque a Lei de Gestão é anti-democrática


domingo, julho 06, 2008

(Des)horas de Luta

Ó pobre Portugal, mandado por todos, ludíbrio das gentes,
triste nação já saqueada do que possuías no Oriente
para «ganhares» a dinastia brigantina
e agora ameaçada de perderes a África
para conservares os teus reis «liberais» e forasteiros!

Eles que não tinham nas veias sangue português,
não coravam de vender a nação...


(Oliveira Martins - Portugal Contemporâneo)


FINIS PATRIAE *

(A Mocidade das Escolas)

É negra a terra, é negra a noite, é negro o luar.
Na escuridão, ouvi! há sombras a falar:

Falam as escolas em ruínas:

A alma da infância é um passarinho;
Gorjeia o ninho e a escola chora:
Na infância cai a noite; e o ninho
Tem sobre as plúmulas d'arminho
A aurora.

A alma da infância é flor mimosa;
A escola é triste e a flor vermelha:
Na escola paira a c'ruja odiosa,
E sobre o cálice da rosa
A abelha.

Tu fazes, Pátria, as almas cegas,
Prendendo a infância num covil.
Aves não cantam nas adegas;
Se a infância é flor, porque lhe negas
Abril?!

Guerra Junqueiro
(in Patria, 1890))

* O Finis Patriae foi escrito a propósito da afonta sofrida por Portugal aquando do Ultimatum (1890) mas muito do seu conteúdo continua a fazer sentido no Portugal dos nossos dias, afrontado pelos nossos governantes e pelas directivas europeias que os governam a eles. Aconselho a sua leitura integral.
Blog Widget by LinkWithin