Mostrar mensagens com a etiqueta V Farra blogosférica. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta V Farra blogosférica. Mostrar todas as mensagens

domingo, fevereiro 08, 2009

Farra é farra!


Hoje a troco do desafio lançado pela Eva vai um post sobre a V Farra. Eu estava para escrever neste passo “sobre o jantar”, mas dei meia volta e desfiz o equívoco: aquilo não foi um mero jantar, foi realmente uma farra desde o encontro à separação. O grupo revelou-se coeso, apesar das potenciais diferenças (abençoadas). Quem veio, veio por bem. Algumas figuras já bem conhecidas da seita blogosférica, outras saindo na luz para se revelar. Tive alguma pena dos que não puderam ir mas não foi assim tanta que me toldasse a boa disposição. Estávamos ali predispostos ao encontro: quem está está, quem não veio é porque não era para ser. E na verdade a pena que senti foi mais por eles, que não vieram, do que por mim própria que ali estava. Já não é a primeira vez que experimento a sensação de que aqueles rostos de algum modo já me eram familiares, antes de os conhecer em pessoa. E nem sempre isto se deve só ao facto do que escrevem ou colocam nos seus blogues… é mais uma presença já esperada, um rosto que não se estranha, uns olhos que se olham nos olhos.

Ainda nunca me arrependi de conhecer quem nestas circunstâncias tenho conhecido…. Minto! Já houve um caso, mas passageiro… e nem foi bem uma questão de arrependimento...

Adiante: se eu falasse apenas do repasto, diria que vir fumar uma cigarrada com uns convivas pode fazer com que se perca o rasto à dose de comida encomendada. Ia para comer um ensopado de enguias e acabei a petiscar daqui e dali da vizinhança. Como se isso fosse o mais importante, foi a maneira de provar do camarão e da enguia frita…

Ah, vocês vão ter que ter paciência, eu hoje estou aqui para me arrastar…

Comer não era o principal, havia ali gente muito interessante para falar… e uma revista cor-de-rosa para discutir: parece que vai um grande rol de desgraças na família do senhor engenheiro… é como diz o povo: uma desgraça nunca vem só.

Imaginem só a confusão, com notícia do evento publicada no jornal local e tudo: Junte-se o anfitrião Ferroadas, o Kaos e a Kaótica, como não podia deixar de ser, o ilustre Arrebenta, o Marreta, a Mariazinha, o Zorze e o Raposa Velha, que já fazem parte da comissão de festas, os bem vindos ao grupo: finalmente o desejado Anarquista, a Eva com os bofes à boca, dizendo tudo o que lhe vem à ideia na hora (não adianta indignares-te: o Ferroadas é o único que pode nos chamar de burgueses cara a cara! Por que julgas que se chama “Ferroadas”?) a Safira e o Joaquim , a Bilros&berloques, o Arteyetc, o Tripa Seca, o Portugaldospiqueninos, o BabyBoySwim. Fantástico tubo de ensaio onde a química acontece.

Com o avanço da idade começo finalmente a dar o devido valor ao espírito da festa. Já nem me importo de me arrastar até às últimas consequências do encontro. Dantes custava um pouco suportar o fim de festa, as despedidas, o cansaço, o peso da ressaca a adivinhar-se. Mas agora não temo nada disso, enfrento tudo com a maior das naturalidades, sem queixas e o que é fantástico é que até querendo aproveitar mais até ao fim. Das 4h às 6h no Jamaica o tempo voou, aquilo é que estava para lá de um calor humano...

Não posso pois me queixar nem um pouco de prolongar a minha sexta-feira até às 8h da manhã do dia seguinte. E isto pode ou não considerar-se uma farra? Pois se houve até quem acabou comendo feijoada ao pequeno-almoço…

Alguns partiram mais cedo… o grupo reduziu-se a outro ainda muito bem naipado. Os que foram ficando eram ainda muitos a querer conversar mais e beber copos. E, se é para revelar tudo no sentido de deixar bem vincado que a farra fruiu, nós realmente fomos acompanhando a conversa com o riso, o riso com a bebida... pela minha parte aqui vai o rol à laia de confissão: primeiro uma bejeca para lavar o casco e predispor o estômago, depois um vinhozinho tinto à refeição, para acompanhar, uns goles de bagaceira velha para melhor digerir; mais tarde umas vodkas tónicas para refrescar as ideias e uma Stout para vitaminar e remineralizar. Inevitável foi mesmo acabar a noite com uma imperial para empurrar a bifana, fechando-se o ciclo. Tudo uma questão de Yin e Yang, conforme os taoistas; outros apontarão o dedo aos chakras... Eu por mim chamo-lhe uma farra do caraças e não me importo de repetir a dose, dando-se o devido tempo de recuperação figadal.

Voltei para casa com o caos aflorando-me os pensamentos, seria já a ressaca ou apenas a luz do sol a pedir cama?

Ressaca, ressaca não tive, julgo que só por ter caído nas boas graças do Santo Expedito que alguém me enviou. Mas não me vou ficar a gabar. Quem sabe para a próxima sou eu que vou ao tapete (nunca fiando!) Para cúmulo hoje tinha uma festa a que não podia deixar de ir: fiquei-me modestamente nos golinhos de espumante, para dar gás, não fosse o diabo tecê-las!

Olhem amigos das farras blogosféricas, esta foi daquelas coisas maravilhosas que é bom enquanto dura e fica sendo boa depois de chegar ao fim.

Se querem saber os pormenores escabrosos leiam aqui que não vão mal indicados.

Unidos venceremos!

Blog Widget by LinkWithin