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sexta-feira, setembro 28, 2007

Uma estrada e sua poeira...








A Pasta (poema corrupto)

Por Rinaldo de Fernandes


Uma estrada cabe

dentro de minha pasta.

Uma estrada e sua poeira.


Um edifício fino

Um educandário

três pontes

mil touros

dormem em minha pasta.


De asas estou largo:

comprei a pasta

porque nela um importado parou

que me dará férias ao avião.


Encerrei na pasta

uma fauna e uma flora:

basta abrir o zíper

e um papagaio alarda anedotas,

um canário coça-me os ouvidos,

uma andiroba atira-me um galho...


Eu como florestas,

eu bebo andorinhas.


Almoço de folhas,

sobremesa de penas.


Cabe não perder a pasta

(como certos peixes)

nos remansos de meus sábados.


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