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domingo, setembro 21, 2008

Stresse criativo

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Foto pescada na Net

Realmente o epíteto de “kaótica” não me podia assentar melhor. Só me consigo organizar em situação limite. Até lá vou folgando as costas e pensando, apenas pensando como posso dar volta a isto. Pareço uma professora acossada desta era burocrática, afogada em papelada. O próprio espaço em que me movo é caótico: pilhas de papéis que vou guardando por considerar importantes para memória presente e futura; ainda tenho Expressos dos anos 80 para fazer recortes! Sacos de documentos para organizar, às vezes já separados por assuntos. Pastas de documentos que têm que estar à mão e por isso não podem estar arrumados. E, com o quarto destinado a ser escritório ocupado com mais caixotes de livros e papéis, é em plena sala de estar que tudo se espraia. Mas eis que de repente é preciso reunir documentação para uma reunião para o dia seguinte, suponhamos. Aí pareço um funcionário competente e o que me vale é a minha desarrumação desorganizada que vai-se a ver e tem uma lógica. Uma preciosa intuição que me faz ir aos sítios certos no momento oportuno e uma surpreendida descoberta da intenção que já se vinha construindo desde o primeiro papel guardado. Nessas aturas de aperto verdadeiras revoluções se operam nesta casa.

quarta-feira, julho 16, 2008

Limpezas e Empecilhos

O Pafúncio

Em casa, limpezas de cima abaixo, tipo tirar tudo de um quarto, limpar e pôr tudo lá outra vez. Ontem tirei tudo, hoje a senhora que trabalha aqui em casa limpou e agora não consigo fazer a parte final de lá encafuar tudo o que ficou de fora. Olho o quarto quase vazio e desejo que assim continuasse. Tantas coisas que acumulamos e depois não nos conseguimos livrar delas, perseguem-nos pela vida fora como empecilhos que queremos conservar.

Tive necessidade de não o fazer hoje, apetecia-me estar aqui no computador, como quando não se pode e se tem outras coisas para fazer. O Inverno todo, e mesmo durante a Primavera, o caos foi-se instaurando aqui em casa: livros empilhados, papelada pelas cadeiras, coisas sem sentido que foram ficando por arrumar, enfim uma desorganização de todo o tamanho, pó e pelos de animais. É que as noites passadas sucessivamente no teclado traduzem-se em desordem aqui no espaço físico. E quando se olha à volta e se toma consciência disso, é que se mede as consequências.

De volta ao computador começo por ver os mails e o tempo vai passando de assunto em assunto. Há sempre coisas para fazer e o tempo nunca chega para tudo.

De repente, de um modo quase aleatório, intuitivo, resolvo arrumar com um assunto: a associação de pais entra declaradamente em férias. Durante as férias haverá no entanto muita informação a organizar, que se quer organizada.

Como bem diz uma amiga, sem organização não se faz nada.

Entretanto o Pafúncio foi-se reduzindo à sua inactividade burguesa. Está de mãos e pés atados, com a crise, resta-lhe ficar quietinho à espera que passe o mau tempo. Aquilo lá para os Estados Unidos não está nada bem. Como abana por todos os lados o grande pilar do capitalismo global… Se estoira vai chover merda em Moscovo! Como bom Pafúncio que é, de brandos costumes, o melhor é não dar muito nas vistas e, já que não pode assobiar para o lado fingindo que não é nada com ele, pelo menos não se mete em politiquices não vá isto ainda dar a volta e ele estar posicionado do lado dos vencidos. Ainda se lembra quando teve que arranjar um cravo à pressa. Quem lhe dera a ele que a política não se viesse meter com ele, que a crise não lhe fizesse resvalar o lucro para o abismo, poder sentir-se seguro, sem medo de violências, para se poder entregar aos prazeres da vida. Felizmente está quase a ir de férias, este Pafúncio, onde se poderá esquecer de todas as dificuldades e aliviar o stress acumulado. Haverá alguém que o mereça tanto como ele?

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