Mostrar mensagens com a etiqueta Encontro em Defesa da Escola Pública. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta Encontro em Defesa da Escola Pública. Mostrar todas as mensagens

domingo, junho 03, 2007

Boletim do Encontro em Defesa da Escola Pública On Line

Já se encontra On Line um Boletim especial do Encontro em Defesa da Escola Pública de 14 de Abril Nele podem ser lidas todas as intervenções dos participantes. Leia o Boletim integralmente

aqui.


Painel de intervenientes:


Ø Carmelinda Pereira
(em nome da Comissão Organizadora do Encontro)

Ø António Castelo – Dirigente da FERLAP
(Pais e encarregados de educação – componente imprescindível na defesa da Escola Pública)

Ø Carlos Chagas – Presidente do SINDEP
(A situação dos trabalhadores do ensino)

Ø Maria do Carmo Vieira – Professora
(Em defesa da dignificação da língua portuguesa)

Ø Santana Castilho – Professor e cronista do Público
(A ofensiva contra os serviços públicos e os professores)

Ø André Yon – Professor e sindicalista francês

(França: um exemplo da situação do

ensino noutro país da União Europeia)


Apresentação do boletim

Esta publicação constitui um número especial do boletim da Comissão de defesa da Escola Pública, no qual se publicam as intervenções feitas no Encontro realizado no passado dia 14 de Abril.
Trata-se de diferentes formas de abordagem da situação do Ensino público em Portugal, de acordo com os princípios da Comissão que o organizou de respeitar a pluralidade de opiniões.
Nestas intervenções, pode destacar-se grande inquietação de todos os intervenientes, perante as consequências das políticas que têm sido levadas a cabo por sucessivos governos, acentuadas de forma gritante pelo governo de José Sócrates, em contradição completa com sentido do voto da maioria do povo português que colocou o PS em maioria absoluta na Assembleia da República.
Foi também identificado, sobretudo pelo professor sindicalista francês, a fonte das políticas postas em prática por cada governo subordinado às políticas da Comissão Europeia, como dispositivo central de um sistema económica cuja sobrevivência exige a destruição da Escola pública, dos serviços públicos e das próprias nações.

A Comissão encontra-se a organizar um novo encontro que, para além do salutar convívio lúdico, terá como objectivo realizar em conjunto um balanço das actividades desenvolvidas pela Comissão para a Defesa da Escola Pública e encontrar as novas linhas de acção para os próximos meses. Em breve encontrarão aqui todas as informações necessárias, como a data, o local e a hora.

Entretanto não se esqueça de assinar e divulgar, se ainda não o fez, a Carta aos Deputados do PS que resultou deste encontro, a qual já se encontra On Line. Desta forma será mais fácil alcançar o objectivo de reunir um número mínimo de 500 assinaturas. Obrigada.

sábado, maio 19, 2007

Intervenção de Andre Yon, professor sindicalista francês

Encontro em Defesa da Escola Pública
Algés, 14 de Abril
Para que é que pode servir a intervenção de um sindicalista francês na discussão que tem estado a ter lugar aqui esta tarde? Os meus colegas franceses ficariam aterrorizados se tivessem ouvido o que eu tenho estado a ouvir. Se há um ponto comum entre a situação francesa e a portuguesa, eu creio que é a questão do respeito da democracia, que se coloca de modo dramático. No meu país, a 29 de Maio de 2005, o povo votou massivamente pelo não ao projecto de Tratado Constitucional Europeu. E, com base neste elã, alguns meses depois, a juventude e muitos trabalhadores do meu país, manifestaram-se aos milhões contra a modificação do Código do Trabalho que o Governo pretendia fazer.
Portugal, a França e os outros países da Europa são grandes nações, mas perderam a sua soberania. (Leia tudo no Blog em Defesa da Escola Pública.)

quarta-feira, maio 16, 2007

Pedido de delegação à Assembleia da República: Subscrição da Carta aos Deputados do PS


Foi já enviada -- e, dia 9 de Maio, recebida -- uma carta dirigida ao Presidente do Grupo Parlamentar do PS, Alberto Martins, na qual a Comissão para a Defesa da Escola Pública pede que seja recebida uma sua delegação. Esta terá como missão entregar a Carta aos Deputados do PS que resultou do Encontro em Defesa da Escola Pública. Lembramos que o objectivo da Comissão é reunir 500 assinaturas (já existem cerca de 90 subscrições), pelo que pedimos a todos que nos ajudem a atingir esta meta. Por favor divulguem esta iniciativa junto dos vossos contactos. Uma Escola Pública de qualidade é um direito de todos os cidadãos!
Visite o blog da Comissão :Leia mais sobre o Encontro em Defesa da Escola Pública (os textos das Intervenções dos Convidados estão a ser publicados/actualizados)

domingo, maio 06, 2007

«Resiste muito. Obedece pouco» (Henri Thoreau)

Vale a pena trazer para aqui a excelente intervenção que a Professora Maria do Carmo Vieira fez no Encontro em Defesa da Escola Pública de 14 de Abril, em Algés:

Levar os alunos a reflectir sobre a sua própria condição humana é um objectivo cujo cumprimento todo o professor se deveria exigir. No entanto, actualmente, tudo parece conjugado no sentido de o impedir, assistindo-se à mais completa infantilização e imbecilização dos alunos, através da elaboração de programas e esvaziamento dos seus conteúdos e imposição de estranhas pedagogias, que mais não fazem que acentuar o fosso entre ricos e pobres. É porque rejeito este status quo que sou apelidada pelo Ministério de Educação de elitista e por isso lhes respondi que elitistas seriam eles e as suas orientações, pois se não fosse a Escola a acrescentar algo ao discurso que os alunos, socialmente mais fragilizados, trazem de casa, quem o faria?

Pedagogo e intérprete da nobreza da pedagogia, o grande maestro e violinista Yehudi Menuhin salientou a importância da Cultura e da Arte no Ensino, dirigido a todos sem excepção, referindo a Escola como o lugar privilegiado para o fazer. Não se concretizando este objectivo fundamental, continua Menuhin, estaremos «a criar monstros», ou seja, pessoas insensíveis à sua própria condição humana.

Somos todos conhecedores da violência que grassa na Escola, denunciando a irresponsabilidade de quem pratica esses actos, a que se associa a ausência de valores humanistas. Na minha Escola, por exemplo, um aluno justificou candidamente que «só atirara a cabeça do colega contra a parede», quase indiferente às consequências do seu gesto brutal, de que resultou um traumatismo craniano para o seu companheiro.

A par da violência na Escola caminha a falta de exigência, com a agravante da última ser veiculada pelo próprio Ministério da Educação, cujas orientações vão no sentido do facilitismo lúdico e do recreio na sala de aula, transformando-se o professor no camarada, que sabe tanto quanto o aluno. Ao desvirtuar-se a relação Ensinar – Aprender, esquece-se a missão de um professor e o belíssimo significado da palavra «aprender», ou seja, «prender a si próprio». O que se passa com a disciplina de Português, que lecciono, é bem exemplo dessa situação. A Literatura, que é uma Arte e não um mero tipo de texto, e associada a outras expressões artísticas nos ajuda a descobrir o mistério que somos, mistério que é também a palavra-chave em toda a ciência, é agora perversamente subestimada, tendo sido ultrapassada pelos textos dos MEDIA e pelos textos normativos. De referir ainda a estratégia da cruz e do verdadeiro e falso utilizada vergonhosamente na interpretação dos textos literários e nos próprios exames. É óbvio que isto só se consegue com a cumplicidade dos professores que aceitam obedientemente estas directrizes, não as questionando sequer.

Há uma frase sublime de Henri Thoreau que me acompanha e que nos aconselha a resistir e a desobedecer. Ei-la: «Resiste muito. Obedece pouco». Esta é uma das mensagens que desejo deixar-vos, a par do texto poético de Álvaro de Campos e da história de Demógenes e do seu prato de lentilhas.

Maria do Carmo Vieira

Abril 2007

Escola Pública: Balanço de actividades

Posted by Picasa
Quem aqui vem frequentemente - os tais poucos mas bons - sabem que andei algum tempo ocupada com a organização de um Encontro em Defesa da Escola Pública, do qual nunca mais vos dei satisfações. Pois aqui estou a fazê-lo hoje, apresentando-vos como justificação para a demora, a experiência pessoal que tive de que estas coisas levam tempo a organizar, depois acontecem muito rapidamente e, quando se quer depois exprimi-las por palavras, precisam de um certo tempo de amadurecimento, uma certa distanciação e novamente de mais tempo para as registar. O Encontro foi, na minha opinião, um sucesso, quer pelo número de participações (cerca de 50 pessoas), quer pela grande qualidade que tiveram as intervenções dos convidados.

Depois de reunida a Comissão para a Defesa da Escola Pública foi possível fazer um balanço do Encontro de 14 de Abril e equacionar quais os próximos passos a dar para que esta iniciativa possa vir a ter a devida continuidade.

A todos os interessados se aconselha a visita ao blog da Escola Pública, a leitura do balanço das actividades e a divulgação desta iniciativa pelos vossos contactos, o que muito agradeço em nome da Comissão.

sexta-feira, abril 13, 2007

Vou estar aqui...

ENCONTRO EM DEFESA
DA ESCOLA PÚBLICA

No próximo sábado, 14 de Abril, vai ter lugar em Algés (Teatro Amélia Rey Colaço, na Rua Eduardo Augusto Pedroso, 16-A) um Encontro em defesa da Escola Pública, entre as 15 e as 19 horas.

Neste Encontro tomarão a palavra, entre outros intervenientes:

Ø Carmelinda Pereira (em nome da Comissão Organizadora do Encontro)

Ø Maria do Carmo Vieira – Professora (Em defesa da dignificação da língua portuguesa)

Ø António Castelo – Presidente da FERLAP (Pais e encarregados de educação – componente imprescindível na defesa da Escola Pública)

Ø Santana Castilho – Cronista do Público (A ofensiva contra os serviços públicos e os professores)

Ø Carlos Chagas – Presidente do SINDEP (A situação dos trabalhadores do ensino)

Ø André Yon – Professor e sindicalista francês (França: um exemplo da situação do ensino noutro país da União Europeia)

Trata-se de um Encontro aberto à participação do público, com entrada livre.

Participa!

Mais informações no blog Escola Pública

sexta-feira, março 23, 2007

Blog em Defesa da Escola Pública - PARTICIPE... antes que seja tarde demais!

A Comissão para a Defesa da Escola Pública criou um blog que tem como primeiro objectivo recolher testemunhos de todos aqueles que estão de alguma forma envolvidos no processo educativo e se empenham a defender um ensino democrático de qualidade.

escola-publica.blogspot.com

Este blog serve de apoio a uma iniciativa organizada por esta Comissão: realizar no dia 14 de Abril em Algés, no Teatro Amélia Rey Colaço, com início às 15:00h, um Encontro em Defesa da Escola Pública, aberto ao público.

Convidamos todos os cidadãos conscientes quer sejam professores, educadores, pais, alunos, auxiliares do processo educativo ou apenas cidadãos interessados em defender o direito a um ensino de qualidade que dê a todos as mesmas oportunidades a visitá-lo e a deixar nele os comentários que desejar.

Caso desejem contribuir com a vossa experiência educativa, prestar o vosso testemunho ou sugerir algum assunto a ser debatido no Encontro, podem mandar as vossas sugestões, textos ou notícias de interesse para este contacto. Caso não possam comparecer no Encontro pessoalmente, poderemos fazer chegar a sua voz a todos os participantes do Encontro e/ou aos visitantes do blog.

Toda a defesa é exercida em resposta a um ataque. Os serviços públicos estão a ser alvo de um ataque por parte do governo. Esta manobra não é original nem exclusiva do nosso governo. Por todos os países da União Europeia os mesmos ataques são feitos por meio de directivas que são para se aplicar na generalidade e para se fazer cumprir. As suas repercussões práticas são o fecho de maternidades e urgências médicas, o encerramento das escolas, a passagem subreptícia dos serviços públicos para empresas privadas, entre outras. O governo de Sócrates tem se mostrado competente a aplicá-las sem as pôr em causa, não atendendo às especificidades de um país cada vez mais empurrado para a cauda da Europa. Talvez seja o momento de repensarmos em conjunto até que ponto as políticas da União Europeia nos servem ou destroem. Todos os dias perdemos direitos conquistados. É chegada a altura de travar essa destruição. Só unidos num mesmo objectivo teremos a força suficiente para defender o que ainda resta do país de Abril.

Blog Widget by LinkWithin