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domingo, agosto 23, 2009

Fim de férias

Amigos,

Último dia de férias aqui. Amanhã já regresso à selva. Mas as férias são isso mesmo, um tempo que acaba rápido. Na verdade é um contra-senso dizer que se acabaram as férias. Porque as pessoas sem emprego, como é o meu caso, não têm direito a ter férias, porque para ter férias é preciso ter emprego, esperem aí que o Sérgio Godinho já lá chega...



quinta-feira, julho 23, 2009

Explodir ou explorar, eis a questão

Num dos recortes de jornal guardados leio:
"Operários ameaçam explodir fábrica em França"

e logo me vem à cabeça a pergunta: Explodir? Por que não EXPLORAR? Sou absolutamente pela ocupação das fábricas e dos postos de trabalho por parte dos trabalhadores ameaçados pelo despedimento sem justa causa. Haverá alguma moralidade em despedir pessoas, deixando-as sem qualquer perspectiva de presente e de futuro? E não me venham dizer que é a crise: antes do encerramento de cada fábrica, de cada empresa, é preciso saber qual a viabilidade e o interesse produtivo e estratégico para o país.

Os trabalhadores têm nítida consciência se uma fábrica/empresa é ou não viável e produtiva. Claro que não estou a falar da viabilidade com que os donos das fábricas/empresas argumentam. Ser viável não quer dizer que tenha que duplicar ou quadriplicar os lucros. Ser viável é dar emprego, assegurar a produção e não dar prejuízo.

Se o patronato é guloso e isto não lhe chega, então que os trabalhadores ameaçados de despedimento ocupem os seus postos de trabalho e levem o negócio para a frente. Tudo o que produzirmos cá, não compraremos lá fora!




quinta-feira, junho 25, 2009

Se já postei, volto a postar

«Salvar o Capitalismo»


É a nova palavra de ordem da burguesia mundial e da burguesia francesa (com um Sarkozy à cabeça). Constatemos que o conjunto dos dirigentes políticos, da esquerda como da direita, na Europa e em França, se converteram ao papel de bombeiros em defesa da casa do «capital».

Algumas centenas de biliões de dólares, de euros e de ienes foram facilmente levantados para combater as brechas de um sistema em agonia.

Ao contrário, lembremo-nos das circunvoluções destinadas a encontrar «três francos e seis cêntimos» para financiar a renda de solidariedade activa [apoios concedidos pelo Estado].

Posto isto, para retomar as nossas análises, são mais de 360 biliões de euros que foram imediatamente encontrados para segurar um sector bancário comprometido com as operações mais do que duvidosas, lembrando a negociata do Crédit Lyonnais.

Os dirigentes destes bancos nem sequer são convidados a prestar contas. Eles continuam a embolsar os seus chorudos ordenados como se nada fosse. Velho método bem francês do «bode velho», alguns sendo mesmo premiados com uma promoção.

Muitos observadores dão relevo à amplitude da paranóia, projectando-a nos decénios passados, marcados pelo cunho do liberalismo selvagem dos anos Thatcher-Reagan.

Os pára-quedas dourados, em dólares para uns, em euros para os outros, divertiram a crónica, ainda recentemente.

O caso da EADS, com os seus delitos de iniciados e a mina de ouro outorgada aos seus dirigentes estão na memória de todos. E não se trata senão da ponta do icebergue. O futuro reserva-nos sem dúvida outras surpresas.

Antigamente, diziam-nos: «É preciso recompensar os talentos e as competências.»

O bravo operário, no domínio que é o seu, nunca foi o objecto de uma tal delicadeza, mas sim acusado de não trabalhar o suficiente.

Todas as super-estruturas estão hoje gangrenadas. A divulgação de certas situações ultrapassa o entendimento, quer se trate de meios financeiros, económicos ou industriais.

O mesmo se passa nos meios de Comunicação social, no desporto ou no espectáculo.

No actual contexto, onde os paraísos fiscais se converteram nos gerentes de todas as fortunas acumuladas por alguns, nas piores condições ilegais, e inclusive recorrendo ao crime, isso parece provocação.

Em face desse mundo, tratando-se apenas da França, mais de sete milhões de mulheres e de homens vivem abaixo dos níveis de pobreza, todos ocupando um emprego relevando o mais das vezes da precariedade.

As restrições do crédito bancário, independentemente do que dizem Sarkozy e os seus ministros, perduram, apesar dos presentes injectados no sector pelo Estado. Já é mais que tempo de pedir contas a todos esses aproveitadores, antes que seja o próprio povo a fazê-lo.

Os assalariados e suas famílias, tendo penosamente investido na compra de um apartamento ou na construção de uma barraca, estão presos pela garganta. Depois do escândalo à americana do «subprime», a França arrisca-se – mais cedo ou mais tarde – a encontrar-se na mesma situação, nem que seja pela subida do desemprego.

O capitalismo financeiro (hoje emprega-se a expressão «indústria financeira») não é senão a metamorfose de um sistema global. Este sistema, nunca é demais dizê-lo, assenta sobre a propriedade privada dos meios de produção, sobre a extracção da mais-valia e sobre uma acumulação tornada cada vez mais fictícia, em consequência da crise mundial do poder de compra que afecta as massas trabalhadoras proletarizadas.

A crise atinge hoje o mundo inteiro, afectando a economia real com uma subida de desemprego confirmada pelo director da OIT, Juan Somavia. Todos os sectores são visados.

Os últimos dados estatísticos mostram um colapso da produção industrial e manufactureira, que são as bases materiais da economia.

Ninguém é capaz de prever as consequências políticas resultantes desta situação.

Certo é que a história não se repete.

Falta que, neste contexto, o movimento operário se organize no seu terreno de classe, para construir uma barreira sólida em face da destruição bárbara que pode ser gerada pelo caos. O que ultrapassa a «salvação do capitalismo».


Artigo de Roger Sandri traduzido da Info Inter nº. 312 de 18/Novembro/2008

http://revolucionaria.wordpress.com/2008/11/22/%C2%ABsalvar-o-capitalismo%C2%BB/

Daqui


sexta-feira, junho 12, 2009

«Desemprego custou eleições a Sócrates»

Há uma relação directa entre as regiões do país onde o desemprego mais subiu e os concelhos onde o PS perdeu mais votos. (in TV)



Meus senhores é mesmo um problema.

Esse desemprego!

Com satisfação acolhemos

Toda oportunidade

De discutir a questão.

Quando queiram senhores!

A todo o momento!

Pois o desemprego é parar o povo

Um enfraquecimento.

Para nós é inexplicável
Tanto desemprego.
Algo realmente lamentável
Que só traz desassossego.
Mas não se deve na verdade
Dizer que é inexplicável
Pois pode ser fatal

Dificilmente nos pode trazer
A confiança das massas
Para nós imprescindíveis.
É preciso que nos deixem valer
Pois seria mais do que temível
Permitir ao caos vencer
Num tempo tão pouco esclarecido!
Algo assim não se pode conceber

Com esse desemprego!
Ou qual a sua opinião?
Só nos pode convir
Esta opinião: o problema
Assim como veio, deve sumir.
Mas a questão é: nosso desemprego
Não será solucionado
Enquanto os senhores não
Ficarem desempregados!


(BERTOLD BRECHT)

quinta-feira, maio 21, 2009

Levantamento dos problemas do desemprego e do emprego que temos e que não temos

DESEMPREGO!!!

Boas,
Hoje vi o Jornal da Noite da SIC, a crise no desemprego em Portugal e na Europa.
Bem, hoje também estive na Segurança Social e a responsável da segurança dizia às pessoas que isto não tende a melhorar, cada dia vêm mais pessoas ao serviço, ela nunca tinha vista nada assim, e já lá trabalha à alguns anos.
Então, segundo o Governo, há cerca de 500 mil desempregados em Portugal, mas será só isso o problema do emprego em Portugal? Claro que a situação é muito grave, mas ainda agora começou, se bem que o Governo não quer reconhecer isso para esconder a verdade.
Mas além disto há muitos mais problemas a nível do emprego, problemas esses que já existem desde sempre e que nunca foram resolvidos:
- Recibos Verdes
- Empresas de Trabalho Temporário
- Jovens que como não têm experiência de trabalho, não podem concorrer a determinados empregos
- Trabalhadores, diria, com mais de 35 anos, já são considerados "velhos" para trabalhar, mas são muito novos para a reforma
- Trabalhadores Ilegais, que mesmo que queriam legalizar-se, é quase impossivel
- Trabalho sem condições de higiéne e segurança
- Trabalho abusivo, horas extra-ordinárias em demasia e não pagas (escravidão, que muitos admitem que já não existe)
- Trabalho sem respeito nem dignidade
- Trabalhadores sem descontos para a Segurança Social
- Trabalhadores sem formação especializada
- ETC
Um conjunto enorme de problemas que estão a prejudicar os trabalhadores deste pais, pessoas estas que financiam todo um pais e são muitissimo maltratadas e desrespeitadas!!!

ISTO NÃO PODE CONTINUAR!!! TEMOS DE NOS UNIR PARA ACABAR COM ISTO!!!


Humanocracia, João Correia

sexta-feira, maio 15, 2009

Senhor Engenheiro, exigimos a proibição dos despedimentos!


Kaos


«Acredite, também tenho os meus momentos de angústia e também tenho os meus momentos em que não durmo a pensar nisso e sei bem o que isto significa em todo o mundo. O desemprego cresce em Portugal como cresce em todo o lado e o nosso dever é combater isso», salientou José Sócrates. “Vamos vencer esta crise tal como vencemos outras no passado».


Subscrevam a petição exigindo ao governo uma lei que proiba os despedimentos!


Vamos enviá-lo ao Senhor Primeiro Ministro:


pm@pm.gov.pt


quinta-feira, maio 14, 2009

Desemprego provoca insónias a Sócrates...

Imagem Kaótica

Mas que Crise é que ele Resolveu?

Sócrates revelou que tem insónias por causa do desemprego. “Vamos vencer esta crise tal como vencemos outras no passado”, salientou o primeiro-ministro.


Posso estar a ver muito mal... Mas que crise é que ele resolveu? As dele? As que ele e o seu passado armaram? As dos seus amigos e apaniguados? As do seu partido? Que crises são essas?

Até acredito que tenha insónias... É próprio de quem tem a consciência pesada, porém, mesmo para isso, seria necessário ter uma consciência e uma atenção pelos outros que ele nunca revelou...

Conselhos para dormir bem: não tomar café, não snifar coca, fazer exercício físico, não andar preocupado em demasia, em suma, e é o que eu desejo, deixar de ser primeiro ministro...

http://porquemedizem.blogspot.com/2009/05/mas-que-crise-e-que-ele-resolveu.html

PORREIRO PÁ! O SÓCAS TEM INSÓNIAS.

"O primeiro-ministro revelou, esta terça-feira, que tem momentos de «angústia» e de falta de sono por causa do desemprego"

TSF

Ó PÁ, DEIXA-TE DE LAMECHAS!

VADE RETRO

segunda-feira, maio 04, 2009

Continuamos impávidos a ver desmantelar a nação

«Apesar da diversidade na metodologia e bases de dados utilizadas, a evidência empírica disponível para os Estados Unidos tem concluído que os trabalhadores norte-americanos geralmente experimentam reduzidos períodos de desemprego, mas substanciais e persistentes reduções nos salários, na ordem dos 10-25%. Para a Europa, a evidência empírica não é assim tão clara. Alguns estudos têm concluído pela existência de elevadas perdas salariais, enquanto que outros concluem o contrário. Num ponto, contudo, estes estudos parecem estar em sintonia. Trabalhadores despedidos que experimentaram períodos de duração do desemprego mais alargados são os mais afectados, em termos salariais, pelo fenómeno do despedimento.» (ler mais)


Tautologia existencial dos conformados e dos realistas: uma flor é uma flor, uma acentuada perda salarial é uma acentuada perda salarial. Tudo se aceita tal como é, até o desemprego porque é essa a realidade que nos oferecem como perspectiva. Já nem sequer se consegue pensar que o Estado podia pagar os salários das empresas em dificuldade em vez de pagar os subsídios de desemprego dessa gente toda. Para a opinião pública o cenário de desemprego sob o fantasma da crise, tornou-se uma inevitabilidade. As pessoas não vêm que a destruição do sector produtivo não pode gerar mais riqueza, nem solucionar a crise?

Na sociedade nossa contemporânea, o que é, é. Haverá concepção mais materialista? A dialéctica entre o que é e o seu contrário (veja-se supra-citação) não pode resultar numa verdade absoluta. Entre duas afirmações opostas, uma há-de ser verdadeira e a outra falsa. Toma-se como verdadeira a existência de ambas as premissas: A União Europeia é e não é a melhor coisa que nos aconteceu. Considerá-la um mal necessário: eis mais uma conformação ao sistema. Há quem se limite pois a constatar essa realidade, de uma forma meramente analítica, sem vontade de mudança. Ser e não ser não é uma questão que se ponha. Ser ou não ser, eis a questão.


Este modelo europeu baseado na manutenção do sistema capitalista não pressupõe qualquer possibilidade de poder ser diferente do que é. Por isso se acumula erro sobre erro na direcção errada, achando que pior seria voltar atrás e remediar o erro. Caminha-se direito ao abismo, coniventes em levar o capitalismo às últimas consequências, como uma inevitabilidade. Não é bom para todos mas é excelente para os que se alimentam das crises geradoras da nossa precariedade. E aqueles que deviam estar defendendo os interesses dos trabalhadores, amenizam as lutas para segurar o sistema e, enquanto massivamente cidadãos perdem o direito ao trabalho, as suas organizações não fazem senão recorrer aos esquemas da caridade da igreja católica, deixando o governo continuar a dar cartas à banca e aos negócios ilícitos e corruptos.Tudo isto alimenta a falta de perspectivas desta sociedade que se conforma.

Mas olhem à vossa volta: nós estamos mesmo caminhando para o abismo. Quanto mais deixarmos desmantelar e destruir as estruturas da nação, mais difícil será depois reconstruir. Já alguém pensou que em breve a destruição das nações será de tal ordem que bastará as de economias mais fortes dizerem que não podem mais partilhar a Europa connosco? Que cada um siga o seu caminho como antes que os dinheiros europeus já não chegam para todos e nós já com tudo destruído pela aplicação das directivas, pelo cumprimento da agenda, pela colocação em prática das leis absurdas.

Ficamos nós sem os empregos, sem as fábricas e sem os serviços públicos, sem o poder de garantir os bens essenciais porque já nada disso é nosso: a aranha do sistema lançou a sua teia. A mosca somos nós todos.


E porque já vem sendo destruído desde os tempos da CEE. Então mais um motivo para não deixarmos essa bomba estoirar nas mãos dos nossos filhos e resolvermos logo o assunto. Não queremos esta "união", não queremos viver na corda bamba sem a perspectiva de um futuro melhor. Queremos começar já a construir uma verdadeira união de nações livres e cooperantes. Não queremos que decidam por nós nem que nos imponham o cumprimento de leis que nos prejudicam e nos destroem.

sexta-feira, maio 01, 2009

1º de Maio - Dia do trabalhador desempregado

Primeiro 1º Maio em Portugal (Lisboa, 1974)

Todos vós, que amais o trabalho desenfreado (...),
o vosso labor é maldição e desejo de esquecerdes quem sois.
Fonte: "Assim Falava Zaratustra"
Autor: Nietzsche , Friedrich


Vou comemorar nas ruas o Dia do Trabalhador mas não quero desfilar de MayDay, nem de desempregada, nem de precária, nem sequer de sindicalista. Porque não quero a separação, quero a unidade de todos os trabalhadores em defesa dos seus direitos laborais. Estou desempregada mas o mal não está em mim, está no sistema pois poderia ser uma potencial trabalhadora se o sistema precisasse de mim. Não precisa, logo sou excedentária, mão-de-obra desocupada, improdutiva. Seja, não contribuo para aumentar o consumo, já que também não produzo. Para quê endividarmo-nos consumindo, tornarmo-nos dependentes, comprometidos com o sistema, sentindo-nos responsáveis por o manter. Vamos refrear o nosso consumo, só comprar o que realmente precisarmos. Seria um valente abanão no sistema capitalista, prescindirmos do supérfluo, procurarmos produzir aqui o essencial, com todos a trabalhar para esse fim, cooperando com outras nações unidas por um mesmo fim: gerir racional e equitativamente os recursos dos países, da Europa, do planeta.
Em nossa casa construímos uma cooperativa em que cada um contribui com o que pode. Seja de dinheiro, seja de trabalho. Assumo as tarefas domésticas porque não estando a trabalhar é essa a minha contribuição. Onde está escrito que sou obrigada a fazer o jantar? Se o faço é por que quero contribuir para o bem comum. E não me sinto exploradora nem explorada aqui. As mulheres fizeram muito mal querer ir trabalhar, eis um pensamento algo conservador, mas reformulável: tanto homens como mulheres deveriam poder dar a devida assistência à família, participar na vida doméstica, irem buscar os seus filhos à escola a tempo de lhes dar uma educação familiar. O sistema capitalista, onde todos têm que trabalhar para poderem subsistir, veio descaracterizar a célula familiar. Por isso tanto se fala em faltas de educação.
O aumento dos horários de trabalho abre portas a renovadas formas de escravatura. O fantasma do desemprego é convidativo à aceitação das condições, por piores que elas sejam, para manterem o emprego. Mas as pessoas ainda não se aperceberam que mais depressa perdem direitos do que os conquistam. Se obedecermos e cumprirmos, deixamos destruir os direitos conquistados no 25 de Abril, alguns já entretanto perdidos.
Ainda agora corremos o risco de permitir as 65 horas semanais que a Comissão Europeia queria aprovar. O Parlamento Europeu discordou ao fim de 5 anos sem se entenderem e a Comissão Europeia abandonou para já o projecto, com muita pena para alguns governos. Digo “para já” porque já não é a primeira vez que se vota um projecto anteriormente chumbado, batota usada por sistema pelas instituições europeias, de que o Tratado de Lisboa é o exemplo mais gritante. Na nossa modernidade acelerada e pouco consciente, esquecemos os avisos dos antigos que já tinham descoberto que aumentar o tempo de trabalho não é sinónimo de produtividade e muito menos de felicidade. E dizemo-nos nós europeus!


Trabalho e Descanso na Justa Medida


A mente não se deve manter sempre na mesma intenção ou tensão, antes deve dar-se também à diversão. Sócrates não se envergonhava de brincar com as crianças, Catão aliviava com vinho o seu ânimo fatigado dos cuidados públicos e Cipião dançava com aquele corpo triunfante e militar (...) O nosso espírito deve relaxar: ficará melhor e mais apto após um descanso. Tal como não devemos forçar um terreno agrícola fértil com uma produtividade ininterrupta que depressa o esgotaria, também o esforço constante esvaziará o nosso vigor mental, enquanto um curto período de repouso restaurará o nosso poder. O esforço continuado leva a um tipo de torpor mental e letargia. Nem os desejos dos homens devem encaminhar-se tão depressa nesta direcção se o desporto e o jogo os envolvem numa espécie de prazer natural; embora uma repetida prática destrua toda a gravidade e força do nosso espírito. Afinal, o sono também é essencial para nos restaurar, mas se o prolongássemos constantemente, dia e noite, seria a morte.


Séneca, in 'Da Brevidade da Vida'

http://www.citador.pt/

sábado, fevereiro 14, 2009

Que tal se reclamássemos em massa dos depedimentos massivos sem justa causa?


Já podemos reclamar via Internet !...
Queres reclamar?
Já tens onde!
Muito simples.
Se queres reclamar de um mau serviço, de uma empresa, de um produto, etc. já tens onde.

http://www.livroamarelo.net/

Por outro lado, se tens dúvidas sobre determinada empresa podes fazer uma busca no próprio site.
Não deixes de divulgar o que está mal ou não foi cumprido por uma determinada empresa.
Assim estás a ajudar os outros a não caírem na mesma asneira de contratar
serviços ou comprar produtos que não prestam.
Quantas mais reclamações forem registadas, menos possibilidades são dadas aos maus prestadores de serviços e produtos.

Divulga!

quinta-feira, janeiro 29, 2009

Eis um problema que nos toca a todos!


Desemprego mundial pode chegar aos 51 milhões em 2009

As previsões sobre o número de desempregados que a Organização Internacional do Trabalho divulgou esta quarta-feira são "preocupantes" e mostram que é preciso agir para combater o desemprego, disse à Lusa Arménio Carlos da Comissão Executiva da CGTP.

A OIT divulgou um relatório em que diz que a crise económica mundial poderá fazer aumentar o desemprego até 51 milhões de pessoas em todo o mundo "se a situação continuar a deteriorar-se", para um total 230 milhões.

A taxa de desemprego mundial deve subir para os 7,1 por cento, no pior cenário, valor que na União Europeia e nas economias avançadas se pode agravar para os 7,9 por cento, segundo a OIT.

Arménio Carlos considera que estes números "são preocupantes e constatam um problema que decorre da crise capitalista" em que o mundo está mergulhado.

Lembrando que "não basta constatar", o responsável da GGTP argumentou que perante o problema do desemprego "é preciso agir".

São necessárias "mudanças políticas" que resolvam os problemas estruturais das economias (o do investimento no sector produtivo, no caso português), segundo Arménio Carlos, e "medidas urgentes" para combater os baixos salários e o trabalho precário.

O sindicalista afirmou ainda que o problema nas economias mundiais e na portuguesa "não é na legislação laboral", pelo que "se justifica a retirada da proposta de revisão laboral" tanto do sector público como privado, já que ela vem fragilizar ainda mais a relação laboral do lado do trabalhador.

http://jn.sapo.pt/PaginaInicial/Economia/Interior.aspx?content_id=1122882




domingo, outubro 26, 2008

Hora de Inverno

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Sempre me fez uma enorme confusão este poder de os humanos alterarem o curso do tempo. São duas horas da manhã, e de repente, por magia já é outra vez uma da manhã. Para onde foi essa hora? Para o mesmo sítio para onde vai a água do mar na maré vaza? Não, certamente que não pois que isso é obra da Natureza. Mas a hora que alteramos artificialmente é irrelevante em relação ao tempo que inventámos para medir o quanto as nossas vidas duram. Só nos atrevemos contudo a alterar o relógio numa hora para trás e numa hora para a frente, porque assim até parece que é possível alterar o natural curso do tempo, num passe de mágica, ilusoriamente. Porque se de facto quiséssemos inverter o curso do tempo, depressa o tempo nos faria adivinhar o nosso embuste e a loucura da nossa ousadia.
Já outros cursos são mais possíveis de alterar, nesta época de artifícios, como a inevitável podridão do sistema capitalista. Por mais mil milhões de dinheiros que se injectem, nos bancos e nas empresas, são como silicone que apenas temporariamente preenche as rugas vincadas de um sistema económico decrépito e moribundo que agoniza não sem antes estrebuchar. Sorve sôfrego os fundos que os Estados lhes oferecem mas que não têm. É tudo uma questão de confiança porque todos os implicados no sistema sabem que real valor por detrás desses milhões de milhões na realidade não existe.
Como nós aceitamos que se alterem as horas porque sabemos que esse tempo é fictício e na realidade não existe. Mais hora menos hora, mais milhão menos milhão, tudo é ilusório menos o desemprego e a fome mundial a alastrar a cada momento que o capitalismo sobrevive.

terça-feira, setembro 30, 2008

Não sou professora mas vou lá estar hoje

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Marcha da Indignação: 100 000 professores e apoiantes

Segunda-feira, 29 de Setembro de 2008
FENPROF e FNE ignoram concentração de professores para amanhã, à frente do ME

Hoje é segunda-feira, véspera da concentração dos professores de educação especial excluídos do concurso. São cerca de 300 os colegas excluídos. Convocaram uma concentração para amanhã, dia 30, pelas 15:00, em frente do ME, na 5 de Outubro. Pediram autorização ao Governo Civil de Lisboa. A autorização foi dada e a concentração vai realizar-se. O blog Sinistra foi o primeiro a aderir à iniciativa. O ProfAvaliação seguiu o exemplo do Sinistra e apelou à solidariedade com os colegas de educação especial. O apelo está no topo esquerdo do ProfAvaliação. Seria de esperar que a FENPROF e a FNE aderissem à concentração ou, pelo menos, apelassem aos professores para se juntarem aos colegas de educação especial. Hoje é dia 29 de Setembro, véspera da concentração e a Página Web da FENPROF ignora a concentração. O mesmo com a Página Web da FNE . Há algo de misterioso na posição dos sindicatos. Com esta atitude, dão força aos que apelam à desfiliação sindical. Terá este alheamento, esta passividade, alguma coisa a ver com o memorando de entendimento? O que é que os sindicatos ganharam com ele? De onde partiram as ordens de desmobilização? De Carvalho da Silva? Do PCP? Do PSD? Do PS? Urge reflectir sobre isto. Quer dar a sua opinião?

Publicada por ProfAvaliação em 8:05

Etiquetas: Educação especial

15 comentários:

Anónimo disse...

Façam circular a informação por mail e/ou sms com o apelo expresso que consta do lado esquerdo do blogue. Os professores que estejam mais próximos da capital poderão deslocar-se mais facilmente (!)
Já o fiz.
Isto não pode continuar.
Ana
29 de Setembro de 2008 8:38

Anónimo disse...

Os sindicatos ao assinarem o Entendimento cometeram uma traição em relação a todos os milhares que gritaram não!
Portanto, se não houvesse por alí outros interesses partidários e de timing eleitoral não o teriam feito.
A confusão e mal-estar reina nas escolas. Todos sabiam que este modelo de avaliação iria esgotar os professores e afastá-los do seu objectivo principal que é ensinar bem.
Se continuarem nesta atitude de cegueira, arriscam-se a perder os seus associados. Gostava de saber quantos já o fizeram e como é possível continuarem a existir tantos sindicatos!
Assim, para mim, sindicatos destes não, obrigado!

A.C.
29 de Setembro de 2008 8:45

professora disse...

Isto só mostra que, se estivermos à espera dos sindicatos não chegaremos a lado nenhum. Está mais que claro que não podemos contar com eles. No ano passado aproveitaram-se do levantamento dos professores por todo o país, para ganharem protagonismo, como se eles fossem os grandes mentores, mas no prório dia da grande manifestação assustaram-se com as proporções que a luta estava a tomar. A revolta era maior do que podiam imaginar e podia ficar fora de controlo, o que era um perigo. Logo, alguém se mexeu para apagar o fogo e, apesar das promessas, resultou um "entendimento". Fica, pois, claro que temos que ser nós a lutar pelo que consideramos não apenas justo mas um dever para connosco, e para o país.

29 de Setembro de 2008 9:12


profavaliação disse...

Estaremos a assistir ao início de uma nova era: uma era em que os sindicatos se tornaram organizações irrelevantes porque totalmente absorvidas pelo sistema e pelos poderes políticos e partidários? O que é que aí vem?

29 de Setembro de 2008 9:49

Anónimo disse...

Façam circular a ordem:desfiliação sindical!

29 de Setembro de 2008 12:41

Moriae disse...

Ramiro, excelente post e questões! Não se entende! É uma vergonha!!! Apesar de não me surpreender ...

Vou 'copiar' e citar, ok?

Abraço,
M.

29 de Setembro de 2008 13:02

profavaliação disse...

Sim, Moriae, podes copiar e fazer circular. Isto é demais!
29 de Setembro de 2008 18:43

Anónimo disse...

Temos sindicatos que são uma vergonha , não se consegue entender este silêncio a não ser de grande comprometimento com o ME. O mal estar reina nas escolas , mas também o medo, e com a nova gestão o compadrio renasce.

29 de Setembro de 2008 20:23

Anónimo disse...

Alguém tem que tomar a dianteira , e formar uma nova onda, como a de 8 de março. Os sindicatos (os vendilhões) não foram eles sózinhos que mobilizaram os professores.

29 de Setembro de 2008 20:31

Moriae disse...

Ramiro,

já passei a ideia a quem pude e como pude.

E já agora, esta no Público: Fenprof pede reunião urgente para debater clima "muito negativo" nas escolas (http://ultimahora.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1344307&idCanal=58)

Pois ... será que pretendem debater o clima muito negativo nas escolas ou tentar 'climatizar' o péssimo clima com os professores??? - é que connosco o termostato não funciona até porque nem temos temperatura decente em muitas escolas, ou por falta de aquecimento ou por excesso já que em algumas escolas temos quarenta e tal graus ... mais vinte e tal alunos ...

Também não sei o que aí vem mas ... cada vez mais vejo excelentes profissionais a sair desta coisa que não é realmente nada digna ...

Abraço,
M.

29 de Setembro de 2008 20:41

Anónimo disse...

Para esses senhores só tenho uma resposta: vou lá estar. Amanhã vou leccionar até às 13:30 e vou fazer cerca de 100 km, mas faço questão de lá estar (já não faço tanta questão em estar na próxima convocada pelos sindicatos). O meu agradecimento a todos os que divulgaram a mensagem.

29 de Setembro de 2008 21:07

Moriae disse...

É assim mesmo colega!
Tomara eu poder fazer o mesmo.
Solidariedade!
M.

29 de Setembro de 2008 21:12

Safira disse...

Todos eles nos tramaram. Este silêncio é sinal de culpa. Eu já entreguei o meu cartão ao sindicato...

Já divulguei a concentração de amanhã, enviei mails a mais de 200 professores. Eu estarei lá!

Abraço solidário,

Safira

29 de Setembro de 2008 23:38

Cocas disse...

Colegas, os Professores de Educação Especial excluídos agradecem todo o apoio!
Contamos com todos amanhã!

Obrigada

30 de Setembro de 2008 0:30

Kaotica disse...

Não sou professora, sou encarregada de educação; felizmente não tenho filhos com NEE, mas estive na Marcha da Indignação e amanhã vou lá estar em solidariedade com todos os professores que continuam a lutar pela sua profissão e pela Escola Pública.

30 de Setembro de 2008 1:08

in ProfAvaliação



quinta-feira, maio 01, 2008

Solução brechtiana para o desemprego


Esse Desemprego

Meus senhores, é mesmo um problema

Esse desemprego!

Com satisfação acolhemos

Toda oportunidade

De discutir a questão.

Quando queiram os senhores! A todo momento!

Pois o desemprego é para o povo

Um enfraquecimento.

Para nós é inexplicável

Tanto desemprego.

Algo realmente lamentável

Que só traz desassossego.

Mas não se deve na verdade

Dizer que é inexplicável

Pois pode ser fatal

Dificilmente nos pode trazer

A confiança das massas

Para nós imprescindível.

É preciso que nos deixem valer

Pois seria mais que temível

Permitir ao caos vencer

Num tempo tão pouco esclarecido!

Algo assim não se pode conceber

Com esse desemprego!

Ou qual a sua opinião?

Só nos pode convir

Esta opinião: o problema

Assim como veio, deve sumir.

Mas a questão é: nosso desemprego

Não será solucionado

Enquanto os senhores não

Ficarem desempregados!

Bertold Brecht

(retirado daqui)

Catástrofe (anti)natural da Globalização


Cartoon by Khalil Bendib

«Ramo após ramo, profissão após profissão, uma revolução convulsiona o mundo do trabalho, no qual quase ninguém será poupado. É em vão que políticos e economistas procuram ainda substitutos para os empregos de fato-macaco que vão sendo extintos na construção de navios da Vulkan, nos estaleiros de aviões da Dasa ou nas linhas de montagem da Volkswagen. O medo de perder o posto de trabalho há muito que penetrou nas salas dos empregados de escritório e alcançou os sectores que, até aqui, eram os mais seguros da economia. Os empregos de uma vida inteira tornaram-se biscates, e quem ainda ontem tinha uma profissão de futuro pode ver agora as suas capacidades transformadas em saber inútil.

Não se vislumbra o fim da crise do emprego. Muito pelo contrário: após avaliação dos levantamentos por parte do Banco Mundial da OCDE, do McKinsey Global Institute, do Grupo de Pesquisa dos Líderes do Mercado Mundial para o Aconselhamento de Empresas, assim como de numerosos ramos de serviços e de relatórios de negócios, os autores deste livro chegam à conclusão de que nos próximos anos adicionais 15 milhões de trabalhadores e funcionários da União Europeia irão temer pelos seus empregos a tempo inteiro, quase o dobro do que no Verão de 1996 já estavam inscritos no fundo de desemprego.

Os beneficiários da economia sem fronteiras gostam de explicar a crise como se fosse uma espécie de processo natural. «A competição na aldeia global é como uma grande cheia:ninguém lhe consegue escapar», profetizou em 1993 o então director da Daimler-Benz Edward Reuter. Após três anos e a extinção de um milhão de postos de trabalho, Heinrich von Pierer, timoneiro do grupo Siemens, repete a mesma mensagem com as mesmas palavras: «O vento da competição transformou-se numa tempestade e o verdadeiro furacão está para chegar.» A integração da economia para além de todas as fronteiras não é, de forma alguma, determinada por um progresso técnico linear que irrompe e ao qual não há qualquer alternativa. Ela é, sim, o resultado de uma política governamental conduzida conscientemente durante décadas pelas nações ocidentais industrializadas, à qual se dá continuidade até aos dias de hoje.»


(excertos de A Lei dos Lobos, in A Armadilha da Globalização - O Assalto à Democracia e ao Bem-Estar Social, Hans-Peter Martin e Harald Schumann, Alemanha, 1996, Terramar)
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