

Se as mudanças no Tratado são tão importantes para os 27 países – e acreditamos que sejam – então se deveria conseguir a aprovação do povo. A população da Irlanda chegou à mesma conclusão a que os franceses e holandeses haviam chegado em relação ao precursor do Tratado de Lisboa.
Os irlandeses contam com amplo apoio em toda a UE. Opositores do Tratado Constitucional, especialmente na França e na Holanda, vêem no "não" irlandês uma oportunidade para uma real reforma, exigindo que se suspenda o processo de ratificação desta proposta já duplamente rejeitada.
O presidente da Comissão Européia, José Manuel Barroso, é um dos que afirmam que o Tratado ainda está vivo e que a ratificação deve prosseguir. Isto é muito perturbador e demonstra total desprezo pelo processo democrático e pelos direitos dos cidadãos.
Os tratados da UE têm que ser ratificados por unanimidade. Temos que refutar as falsas alegações da elite européia de que os outros 26 países-membros possam chegar a outro acordo, sem a Irlanda. Tal coisa é legalmente impossível.
Patricia MacKenna integra a presidência do Partido Verde irlandês e já foi deputada do Parlamento Europeu.
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