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segunda-feira, outubro 27, 2008

Manifestações dos professores

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Os professores, descontentes, sentiram que era chegada a hora de se voltarem a manifestar na rua. Vai os movimentos dos professores e convocam uma manifestação. Os professores rejubilam, já têm o seu dia, já têm uma hora e um ponto de encontro, já têm um destino: a Assembleia da República. Há que tempos que eu digo que estas coisas têm que se dirigir para a Assembleia da República, pois é lá o lugar por excelência onde se revogam as leis absurdas e se determina se os rumos que a educação está a seguir são os melhores para o país. Ou pelo menos antes dos governo se determinarem mais pelas directivas europeias do que pelas decisões deste orgão da nossa democracia. Seja como for, pode ser que os deputados sentindo-me impelidos pelo povo trabalhador gritando-lhe à porta assumam mais a força do seu mandato ou tomem mais vergonha na cara.
Vai os sindicatos e dizem: não queremos brincar com a vossa bola. Temos a nossa própria bola e vamos jogar no dia 8 e não no dia 15 com vocês.
Vêm então os movimentos e dizem uns: para termos equipa é preciso jogarmos juntos, afinal gostamos mais da vossa bola.; e dizem outros: vocês não querem jogar com a nossa bola, também não jogamos com a vossa! O jogo é dia 15 com os que lá estiverem presentes.
Entretanto ainda ninguém sabe ao certo quem vai jogar com que bola, mas na minha opinião devia haver as duas manifestações. Ou seja, já que os sindicatos teimaram em convocar uma à parte, já se sabe que essa manifestação vai ter que existir e vai ser participada de acordo com a estrutura montada. Os movimentos e os professores contra a assinatura do Memorando de Entendimento e a favor da revogação do ECD e da lei de gestão das escolas devem ir até lá, para afirmar isso mesmo. Quem sabe não se decide mesmo ali pelos presentes que a retirada da assinatura é o primeiro passo para a unidade.
Mas mesmo se assim acontecesse, a manifestação de dia 15 deve manter-se e ser uma festa em que os professores se congratulam por estar finalmente unidos com as suas organizações numa mesma luta, ou, caso os sindicatos se mantivessem de costas voltadas para esta proposta, então a manifestação de dia 15 continuaria a ser uma afirmação de que há muitos professores que não se revêm nessa forma de negociar dos dirigentes dos sindicatos e que eles, professores, querem coisas diferentes das que os sindicatos se propõem a defender.
O somatório dos presentes nas duas manifestações mostram o quão grande é o descontentamento dos professores, podendo ainda mostrar outras realidades que a seu tempo se irão confirmar ou desmentir.

segunda-feira, outubro 20, 2008

In Memoriam

Expresso, Acordo Plataforma/ME
(carregar sobre a imagem para ler)

A luta dos professores, a força que demonstraram na Marcha da Indignação em que desfilaram 100 000, era afinal o "restolho já seco" de que Carvalho da Silva falava quando o gritava nas manifestações da CGTP. Então por que seguraram este governo? Por que deitaram um balde de água fria sobre o movimento dos professores com a solução pífia da assinatura do Memorando do Entendimento? Por que não o ligaram aos outros sectores de trabalhadores em luta? Não é uma força cada vez maior que se pede às centrais sindicais para promover e apoiar os trabalhadores organizando a sua luta? Aqui o caso era bem sério e, como tal, tudo foi resolvido nas mais altas esferas. O próprio Carvalho da Silva foi chamado a interceder no sentido de apaziguar a revolta dos professores. E intercedeu. Lá deve ter dado um puxão de orelhas ao seu discípulo Mário Nogueira a conselho do senhor primeiro-ministro, em reunião promovida pelo ministro do trabalho, Vieira da Silva (será por serem todos "da Silva"?) e todo este cozinhado abençoado pelo presidente da república. Cada vez mais à distância, dá que pensar...

sábado, outubro 11, 2008

Retirada da assinatura do Memorando, já!

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Imagem Kaótica

Mário Nogueira à espera da última como o Bocage

(leia aqui)




Governo lembra compromissos

A Fenprof já tinha admitido, esta segunda-feira, voltar a convocar uma manifestação ainda este ano para "quebrar o actual clima de medo e de intimidação" que diz estar a viver-se nas escolas devido ao modelo que está a ser aplicado. O secretário-geral da estrutura, Mário Nogueira, lembrou que foi pedida há duas semanas uma reunião com a ministra, Maria de Lurdes Rodrigues, e avisou que dependerá "das respostas que o Ministério nos der" o recurso ou não a formas de luta.
Uma posição que já motivou críticas da parte do secretário de Estado da Educação. Valter Lemos lembrou ontem, à margem de um encontro nacional de formadores, no Porto, que, ao abrigo do "memorando de entendimento" assinado em Abril e
ntre a ministra, Maria de Lurdes Rodrigues, e a "plataforma" de sindicatos do sector, estes últimos concordaram com a aplicação do actual modelo até ao final do ano lectivo: "No final do ano escolar fazia-se a avaliação dos resultados", lembrou, acrescentando: "Estamos em Outubro e esta postura diz tudo."
Contactado pelo DN, o Ministério da Educação não quis reagir à proposta da Fenprof.

Entretanto o 15 de Novembro continua em debate... (e que debate!):


Aqui em:

domingo, maio 18, 2008

Onde se foram esconder os 100 000?

Foto daqui

Vejam aqui com os vossos próprios olhos o resultado da assinatura do memorando. Tão cedo sindicatos não poderão contar com o apoio dos que antes se manifestaram massivamente. Uns não vão porque estão demasiado ocupados a cumprir as leis contra as quais lutavam; outros porque não vêm nesta mobilização mais do que um cumprimento do calendário de festas dos sindicatos; outros porque, se já antes não contavam com os sindicatos para levar a sua luta até ao fim, agora vêm neles mais um aliado do ministério. Que sentido têm agora as palavras de ordem se foram eles que viabilizaram que o sinistro puzzle das políticas educativas continuasse inexoravelmente a ser construído peça por peça?

sexta-feira, maio 16, 2008

Se bem me lembro, fatídico fatídico foi o dia 17/Abril

Dia 17, estaremos no alto do Parque Eduardo VII para desfilarmos para o ME!
- Decorridos 69 curtos dias após a data histórica de 8 de Março;

- decorridos escassos 35 dias após o fatídico 12 de Abril;

- na brutal ressaca da percepção de que a mole imensa, agitada e colorida de 100 mil pessoas nas ruas despareceu tragada por invisível alçapão, accionado por oculta alavanca, movida por mão sinuosa e felina de alguém, vulto não menos escorregadio e "furtivo, que nos trama por trás da luz";

- num presente cinzento, em que a mobilização bateu no fundo e a apagada e a vil tristeza e o "tempo dos assassinos" estão de volta;



É hora de sairmos deste luto sofrido, é tempo de nos ressuscitarmos a nós próprios e aos outros, de voltarmos a re-acreditar em nós, na nossa união e capacidade para, livres e sem tutelas, transformarmos as coisas. Mesmo aquelas que nos parecem hoje de pedra e cal, feitas para durar mil anos, imutáveis na sua injustiça...

Está na hora de nós (os de sempre) arregaçarmos as mangas, voltarmos a limpar o lixo, os estilhaços, as feridas, os estragos feitos e voltarmos... à LUTA!

Por tudo isso dizemos: dia 17 LÁ ESTAREMOS!

quarta-feira, abril 16, 2008

"Mais uma vitória como esta e estou perdido" (Pirro)

É verdade que os sindicatos ganharam uns trocos. Mas o lance era para devolução integral: da dignidade perdida. Comecemos por uma questão semântica: entendimento e acordo são vocábulos sem diferenças, do ponto de vista da significação, que justifiquem o esforço da Plataforma Sindical para os distinguir. Vão a um bom dicionário. No contexto que “aproximou” sindicatos e ministério, são sinónimos. Mas se essa fosse a questão, então capitular dirimia o conflito. E não estou a ser irónico. Voltem a um bom dicionário. Posto isto, passemos ao que importa. Ministério e sindicatos acertaram, concertaram sob determinadas condições. No fim, os sindicatos cantaram vitória. Permitam-me que invoque alguns argumentos para desejar que os sindicatos não voltem a ter outra vitória como esta. A actuação política deste Governo e desta ministra produziu diplomas (estatuto de carreira, avaliação do desempenho, gestão das escolas e estatuto do aluno) que envergonham aquisições civilizacionais mínimas da nossa sociedade. A rede propagandística que montaram procurou denegrir os professores por forma antes inimaginável. Cortar, vergar, fechar foram desígnios que os obcecaram. Reduziram salários e escravizaram com trabalho inútil. Burocratizaram criminosamente. Secaram o interior, fechando escolas aos milhares. Manipularam estatísticas. Abandalharam o ensino com a ânsia de diminuir o insucesso. Chamaram profissional a uma espécie de ensino cuja missão é reter na escola, a qualquer preço, os jovens que a abandonavam precocemente. Contrataram crianças para promover produtos inúteis. Aliciaram pais com a mistificação da escola a tempo inteiro ( que sociedade é esta em que os pais não têm tempo para estar com os filhos? Em que crianças passam 39 horas por semana encerradas numa escola e se aponta como progresso reproduzir o esquema no secundário, mas elevando a fasquia para as 50 horas?). Foram desumanos com professores nas vascas da morte e usaram e deitaram fora milhares de professores doentes (depois de garantir no Parlamento que não o fariam). Promoveram a maior iniquidade de que guardo recordação com o deplorável concurso de titulares. Enganaram miseravelmente os jovens candidatos a professores e avacalharam as instituições de ensino superior com a prova de acesso à profissão. Perseguiram. Chamaram a polícia. Incitaram e premiaram a bufaria. Desrespeitaram impunemente a lei que eles próprios produziram. Driblaram as leis fundamentais do país. Com grande despudor político, passaram sem mossa por sucessivas condenações em tribunais. Fizeram da imposição norma e desrespeitaram continuadamente a negociação sindical. Reduziram a metade os gastos com a Educação, por referência ao PIB. No que era essencial, no que aumentaria a qualidade do ensino, não tocaram, a não ser, uma vez mais, para cortar e diminuir a exigência e castrar o que faz pensar e questionar. A questão que se põe é esta: por que razão esta gente, que tanto mal tem feito ao país e à Escola, que odeia os professores, que espezinhou qualquer discussão ou concertação séria, que sempre permaneceu irredutível na sua arrogância de quero, posso e mando, de repente, decidiu “aproximar-se” dos sindicatos? A resposta é evidente: porque os 100.000 professores na rua, a 8 de Março, provocaram danos. Porque a campanha eleitoral começou a reparar os estragos para garantir mais quatro anos. O tempo e a oportunidade política da plataforma sindical aconselhava uma firmeza que claudicou. Porque quem estava em posição de impor contemporizou. Porque de um dia para o outro se esqueceram as exigências da véspera. Porque quem demandou a lei em tribunal pactuou com uma farsa legal. Porque quem acusou de chantagem acabou a negociar com o chantagista. Porque quem teve nos braços uma unidade de professores nunca vista pensou pouco sobre os riscos de a pôr em causa. É verdade que os sindicatos ganharam uns trocos. Mas o lance não era para trocos. Era para devolução integral: da dignidade perdida. Aqui chegados, permitam-me a achega: pior que isto é não serem capazes de superar isto. E lembrem-se de Pirro, quando agradeceu a felicitação pela vitória: ”Mais uma vitória como esta e estou perdido”.

Santana Castilho,
Professor do ensino superior - Público, 16.04.2008

Alô alô Vidiguêra, já ganhemos!

Isto de contar espingardas é uma tarefa desgastante: em que escolas se realizaram realmente as reuniões do “DIA D”? Dessas escolas quantos professores votaram SIM ao “Entendimento”? Quantos votaram NÃO? Quantos votaram NIM? Quantas e que moções foram votadas e aprovadas? Que informações foram recolhidas pelos organizadores das reuniões?

Só vejo uma saída: cada professor deverá estar atento aos dados referentes à sua escola para depois os confrontar com os dados da Plataforma. E, caso não bata a bota com a perdigota, os que encontrarem “gatos” deverão dirigir-se à Plataforma (ou ao seu sindicato) exigindo a reposição da verdade. Os professores têm que exigir aos seus sindicatos que divulguem os números que tiverem obtido.

Quem se empenhou na luta contra o tempo para defender o NÃO ao Memorando do Entendimento, é natural que agora receba esse feed-back; o mesmo acontece com os que defenderam o SIM. Por isso, se consultarmos os dados fornecidos pelos movimentos opositores ao Entendimento, encontramos uma série de escolas que maioritariamente disseram NÃO; mas se virmos os dados dos sindicatos, vence largamente o SIM.

Estamos neste impasse, aguçados pela curiosidade de sabermos os números definitivos. Entretanto para os media esta contagem nunca pareceu ser um problema. Se os media se tivessem lançado nessa tarefa de apurar os dados, já sabíamos os resultados, mas ao que parece isso nunca foi o seu programa informativo. Se os media se tivessem lançado nessa tarefa tinham inevitavelmente que dar conta do número de professores que não assinaram o Entendimento; ora isso não convém saber-se, nem lhes importa tocar nesse assunto. O que é duvidoso, pois os media costumam deliciar-se com números. Os telejornais e os noticiários têm se limitado a dizer que os professores responderam positivamente ao Entendimento e não há quem os questione acerca da honestidade das fontes que lhes permitiram tirar tão rapidamente essa conclusão.

Mais uma vez estamos perante um triste espectáculo da nossa incauta Democracia!

terça-feira, abril 15, 2008

DIA D: Que os professores possam decidir em plena consciência!


Nas reuniões do DIA D os delegados sindicais vão levar às escolas documentos para os professores assinarem.

Nas reuniões do DIA D os professores vão explicar aos sindicatos por que é que a assinatura deste acordo não lhes convém.

A Comissão de Defesa da Escola Pública (CDEP) aconselha a leitura atenta dos seguintes documentos que os delegados sindicais irão apresentar aos professores nas reuniões que vão ocorrer hoje nas escolas.

Memorando do Entendimento Plataforma Sindical dos Professores/ME

Comunicado da Plataforma Sindical dos Professores

A posição da Comissão de Defesa da Escola Pública (CDEP) em relação ao Memorando do Entendimento e em relação à situação que está criada, é marcada pelos seguintes documentos, os quais deverão ser lidos e divulgados de imediato entre os professores:

Carta da CDEP aos Professores (para ser divulgada no DIA D)

Moção da CDEP aprovada a 12/Abril, no Plenário-Debate, em Leiria


Para memória futura
, recordamos as palavras de Mário Nogueira:

"O responsável [MÁRIO NOGUEIRA] admitiu contudo não rubricar o documento se, durante o dia de manhã, quando este for explicado aos docentes em escolas de todo o país, estes se manifestarem contra a assinatura: «Só admitimos não assinar se durante o dia de amanhã [terça-feira] os professores nos disserem que não se revêem no entendimento».

Colega,

Acredite que não é necessário pensar, sequer, uma vez, pois não está colocada qualquer hipótese de Acordo com MLR. Só se essa revogasse o ECD, a Gestão, a legislação sobre Educação Especial e, qual cereja em cima do bolo, se demitisse.

Quanto a alguma solução que desbloqueie a actual situação de conflito, passa pela aceitação, pelo ME, das propostas que hoje levaremos (hoje no nosso site).

Quanto ao "capitularem mais uma vez", sinceramente, não consigo lembrar-me qual foi a vez anterior, o que recordo, isso sim, é que em 8 de Março estiveram 100.000 colegas na rua, convocados pelos seus Sindicatos. Como é evidente, não deixaremos de honrar os nossos compromissos. Não por qualquer razão que pudesse ditar o "nosso" fim, mas porque esse fim, enquanto Professores que somos, seria o de todos nós Professores.

Com os melhores cumprimentos

Mário Nogueira

segunda-feira, abril 14, 2008

Pergunto eu...

O que dirão agora estas escolas a uma possível assinatura do Memorando do Entendimento pela Plataforma Sindical dos Professores?
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