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sexta-feira, agosto 14, 2009

Sei que não vou por aí!

Fazendo uma busca de imagens com a palavra «desobediência», poucas há que satisfaçam. Ouso mesmo dizer que não há nenhuma que lhe sirva tão bem como o velho manguito nacional!

domingo, agosto 09, 2009

Memórias não saudosistas do Raúl Solnado

"Façam o favor de serem felizes."

Raúl Solnado

daqui

Fado maravilhas
==============

Fui num domingo a Cacilhas
Mais o Chico Maravilhas
Comer uma caldeirada
A gente não nada em taco
Mas vai dando pró tabaco
E pra regar a salada
 
E porque isto é mesmo assim
A gente morre e o pilim
Não vai prá cova coa gente
E antes gastá-lo no tacho
Que na farmácia que eu acho
Isto é que é principalmente
 
Terminada a refeição
Ao entrar na embarcação
Começou a grande espiga
O Mangas abriu o bico
Pôs-se a mandar vir com o Chico
E o Chico arreou a giga
 
E para acalmar a tormenta
Inda disse ao Chico augenta
Mas o Mangas insistiu
E o Chico sem intenção
Deu-lhe um ligeiro encontrão
Atirou c' o tipo ao rio
 
Um sócio de outro meco
Quis-se armar em malandreco
A gente já estava quentes
Veio para mim desnorteado
Eu dei-lhe c' o penteado
E pu-lo a cuspir os dentes
 
Veio outro veio outra ideia
De sarnelha e plateia
Mais outro fui-lhe ao focinho
E o Chico pelo seu lado
Só para não ficar parado
Aviou quatro sozinho
 
Fez-se uma grande molhada
Desatou tudo à estalada
Eu e o Chico no centro
Naquela calamidade
Apareceu a autoridade
E meteu-nos todos dentro
 
Não tenho vida pra isto
E de futuro desisto
De me meter noutra alhada
Nunca mais vou a Cacilhas
Mais o Chico Maravilhas
Comer uma caldeirada

DAQUI

quinta-feira, julho 16, 2009

Não fui eu que disse, mas tenho pena

Os critérios de correcção das provas emanam do GAVE, organismo que recruta as pessoas anonimamante, numa base de pseudo-sigilo, mas que responde a critérios partidários seguramente.

Esta gente, que é responsável por tais critérios de correcção tem uma estranha forma de desenhar e impor as suas concepções retrógadas a todos os profs.

Não apenas aos correctores, como também, por tabela, a todos os outros, que vão estar atentos a isso, naturalmente e vão usar as mesmas normas nas suas avaliações internas.

Isto significa que se instalou uma tecnico-burocracia obscurantista, totalitária sob pretexto de eficiência e de rigor.

Nega-se totalmente a liberdade de ensinar e de aprender, reduzindo a escola a uma entidade de certificação de que está conforme com o modelo absoluto: formata-se o tipo de questão, formata-se o tipo de resposta, formata-se o professor, formata-se o aluno.

Isto é pavoroso!!! É um pesadelo orwelliano!!! E ninguém reage, o que ainda o adensa mais!!!


(recebido por mail)

sexta-feira, junho 19, 2009

Então e a Leonor Beleza e mano Zezé? Esta lista está muito incompleta!!!

Imagem daqui


Se cada um que receber este mail acrescentar mais um escândalo, por exemplo os voos da CIA, qualquer dia a dita já não caberá num simples post de blogue.


ver aqui


Aliás Portugal é um Escândalo!

(recebido por mail)


A justiça portuguesa está de parabéns!

Depois de anos e anos a batalhar eis que surgem os primeiros resultados.

* Desde a morte de Francisco Sá Carneiro e do eterno mistério que a rodeia,

* Ao desaparecimento de Madeleine McCann,

* Ao caso Casa Pia

* Do caso Portucale

* Operação Furacão

* Da compra dos submarinos

* Às escutas ao primeiro-ministro

* Do caso da Universidade Independente

* Ao caso da Universidade Moderna

* Do Futebol Clube do Porto

* O Apito Dourado

* Ao Sport Lisboa Benfica

* Da corrupção dos árbitros

* À corrupção dos autarcas

* De Fátima Felgueiras

* A Isaltino Morais

* Da Braga parques

* Ao grande empresário Bibi

* Das queixas tardias de Catalina Pestana

* Às de João Cravinho

* As operações imobiliárias da Obriverca

* As alterações dos PDMs para beneficiar construtores.

* As acusações feitas por Marinho Pinto bastonário da Ordem dos Advogados e que o MP prometeu investigar.

* Dos doentes infectados por acidente e negligência com o vírus da sida?

* Do miúdo electrocutado no semáforo

* Do outro afogado num parque aquático?

* Das crianças assassinadas na Madeira

* Do mistério dos crimes imputados ao padre Frederico?

* Do autarca alentejano queimado no seu carro e cuja cabeça foi roubada do Instituto de Medicina Legal?

* A miúda desaparecida em Figueira?

* Todas as crianças desaparecida antes delas, quem as procurou?

* As famosas fotografias de Teresa Costa Macedo? Aquelas em que ela reconheceu imensa gente 'importante', jogadores de futebol, milionários, políticos, onde estão?

* Os crimes de evasão fiscal de Artur Albarran

* Os negócios escuros do grupo Carlyle do senhor Carlucci em Portugal, onde é que isso pára?

* O mesmo grupo Carlyle onde labora o ex-ministro Martins da Cruz, apeado por causa de um pequeno crime sem importância, o da cunha para a sua filha.

* E aquele médico do Hospital de Santa Maria, suspeito de ter assassinado doentes por negligência?

* A distribuição aos amigos das casas da Câmara de Lisboa


Pois é... a justiça portuguesa está de Parabéns!


Depois de anos e anos a batalhar eis que surgem os primeiros resultados: Prenderam um jovem que fez um download de música ...


VIVA!!!!


Primeiro português condenado à prisão por pirataria musical na Internet!...

O Indivíduo poderá passar entre 60 a 90 dias atrás das grades por ter feito o download e partilhado música ilegalmente com outros utilizadores!...


Confirmam-se as declarações do Bastonário dos Advogados:


'O Ministério Público é muito forte com os fracos e muito fraco com os fortes', afirmou.

'Existe em Portugal uma criminalidade muito importante, do mais nocivo para o Estado e para a sociedade, e andam por aí alguns impunemente a exibir os benefícios e os lucros dessa criminalidade, sem haver mecanismos para lhes tocar. Alguns até ocupam cargos relevantes no aparelho de Estado português, ostensivamente', afirmou

Marinho Pinto, citado pelos jornais portugueses. Segundo afirmou, 'o fenómeno da corrupção é um dos cenários que mais ameaça a saúde do Estado de direito em Portugal'.


Imagem daqui

terça-feira, setembro 16, 2008

Queremos a escola pública portuguesa convertida num antro?

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Imagem retirada da net

Hoje foi dia de recepção dos alunos e de reunião com os pais. A direcção da escola teve a coragem de enfiar os pais e encarregados de educação de todo o 1º. ciclo mais os das sete turmas do 5º. ano no refeitório da escola. Quando cheguei uma funcionária auxiliar tentou barrar-me o caminho dizendo que a reunião estava superlotada, e estava (!). Havia pais que apenas conseguiam enfiar a cabeça por uma das janelas a partir do exterior para tentar apanhar qualquer coisa que valesse a pena ser ouvido. Qual quê! A reunião durou mais de uma hora com os pais enchouriçados dentro da cantina a tentar ouvir o show-off da senhora presidenta. Para os que lá estavam pela a primeira vez aquilo foi uma seca apesar de ainda terem esboçado uns sorrisos nas partes mais penosamente hilariantes. Para os recorrentes o discurso foi o dejà-vu de todos os inícios do ano lectivo, com partes exactamente iguais, de uma má comediante que repete sempre todos os anos os mesmos gags, com os mesmos clichés. A seguir os pais foram dali para outra reunião com os directores de turma, onde estes procuravam encarecidamente não esquecer nenhuma das muitas informações a dar aos pais. Por amor de Deus que não esquecessem de justificar as faltas para jamais terem que pôr em prática os normativos absurdos do novo Estatuto do Aluno que os faz fazer provas de recuperação sucessivas das matérias dadas durante as aulas em falta. Que por favor dessem o pequeno-almoço aos meninos para a professora não ter que voltar a partilhar a sua banana com um menino a desfalecer ao fim da manhã. Resumindo: as reuniões terminaram já passava muito do meio-dia e o resultado certo é que a maior parte desses pais que ali perderam uma manhã de trabalho tão cedo não o poderá voltar a fazer. Eis a fórmula repetida que ao longo dos anos tem afastado com mestria e requintes de malvadez os pais da escola. A futura directora em tempos de avaliações tentou fazer passar a mensagem que a porta da escola é uma porta aberta. Mas os que já conhecem a realidade sabem que para os pais a porta está aberta para a saída. Os que o sabem, sabem-no; aos novos a escola há-de se encarregar de lhes ensinar que apenas uns poucos, muito poucos, serão bem vindos. Esta é a escola das falsas aparências onde as relações interpessoais são cada vez mais superficiais e mesmo inexistentes, a escola da dissimulação. Que conste que tudo correu bem é o que todos querem, pais e escola. Os professores esses estão acossados. Encerrados na instituição, a fazer um esforço suplementar por fazer aquilo em que não acreditam: a pôr em prática leis absurdas que se viram contra os próprios; a mostrarem serviço aos olhos de quem os avaliará. Não imagino como estará o ambiente nos bastidores das salas dos docentes; mas sei o ambiente que se intoxica cá fora: pequenos grupos de pais conspiram como abutres engendrando a melhor maneira de se apossarem dos lugares de um Conselho Geral ainda que transitório. A futura directora exalta e vai reunindo as suas hostes escolhendo a dedo quem a mantenha. A escola pública converteu-se num antro. Só as crianças ainda valem a pena.

terça-feira, setembro 02, 2008

Podem as escolas andar fora da Lei?

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Imagem daqui

“Toda a pessoa tem direito à educação. A educação deve ser gratuita,
pelo menos a correspondente ao ensino elementar fundamental.
O ensino elementar é obrigatório.”

(Artº. 26º. da Declaração dos Direitos do Homem)


Ainda em tempo de férias recebi um papel da escola secundária para onde a minha filha vai este ano onde dizia para eu comparecer no dia 1 de Setembro, pelas 9h30 para proceder ao pagamento de 15 euros “para Impressos + Cartão Magnético”. Nem por coincidência, nesse mesmo dia de Agosto, no jornal que comprei, aparecia uma notícia dizendo que o Estado previa gastar “um máximo de 18 milhões para o sistema do Cartão Electrónico”. Infelizmente não trouxe comigo esse recorte, por isso ontem passei boa parte da noite à procura da notícia na Internet. Acabei por encontrar esta, que para o efeito servia muito bem. O que me chocava mais em tudo isto era o facto de a escola não só obrigar a este pagamento, em vez de pedir a colaboração financeira dos pais, mas da ameaça contida na observação final: “a falta de pagamento de todas as despesas relacionadas com a matrícula, implicam a sua invalidação”. Já na anterior escola sempre me indignou a forma como um pagamento semelhante era exigido aos pais, surgindo os 15 euros na lista de documentos a entregar no acto da matrícula, pelo que deixei de pagar. Ou seja, não é pelos 15 euros que eu me indigno, provavelmente dá-los-ia de boa vontade se os termos fossem outros, do tipo: a escola pede aos pais que possam contribuir com x euros no início do ano lectivo para poder facultar aos alunos fotocópias, ou para despesas com o envio de informações aos encarregados de educação, qualquer coisa deste género. O que me revolta é que as escolas lidem com os pais como se fossem ignorantes, desinformados ou gente que se limita a pagar e a não bufar, embora tudo isto possa ter o seu quê de verdade.
Por isso hoje saí de casa e quando chegou a minha vez de ser atendida e a funcionária me pediu o dinheiro, eu apenas muito delicadamente lhe pedi que me indicasse a lei que obrigava a tal pagamento. Afogueada mas obstinadamente determinada a cumprir as ordens que tinha por mais absurdas que fossem, começou logo a falar alto para as colegas e disse que eu aguardasse que ia lá dentro saber. Esperei um bom bocado enquanto outros pais iam pagando sem nada questionar, até que ela voltou e me disse que o senhor professor (futuro senhor director?) tinha dito que a lei era “a lei geral do Ministério da Educação” (sic!) e que o pagamento era para emolumentos, para o cartão magnético e… Então eu, mostrando-me admirada perante tal lei geral, mas muito calmamente lembrei-lhe que já no ano passado tinha havido um reboliço nos media por causa de escolas estarem a cobrar matrículas indevidamente e, quanto a destinar-se ao cartão magnético, mostrei-lhe a página retirada da internet onde é dito que está previsto as escolas receberem esse dinheiro do Estado. Contra-argumentou que ainda não receberam esse dinheiro mas quando a inquiri se quando recebessem o dinheiro ia ser devolvido aos pais ela afirmou que esse dinheiro não ia ser devolvido e arrematou a conversa dizendo que se não pagasse a matrícula seria anulada, eram ordens. Fiquei-me por ali. Via a indicação do estabelecimento ter livro de reclamações mas, francamente, a minha filha vai para aquela escola pela primeira vez, para lá ficar provavelmente até ao 12º. ano e aquele era o meu primeiro contacto com a escola. Esta, que até agora me causara uma boa impressão pelo ar organizado e pelos espaços exteriores bem ajardinados e cuidados, com boa acessibilidade para cadeiras de rodas e considerável limpeza, de repente foi como se toda essa cara lavada ficasse subitamente com a pintura esborratada. Paguei a quantia e retirei-me sem alarde mas não vou ficar calada porque não gosto de ser comida por otária, muito menos pela escola onde os meus filhos vão ser educados. Não é um bom exemplo. Desde então só me vem à cabeça que todo o país, das escolas aos ministérios, estão a funcionar em regime do mais completo cambalacho. As associações de pais organizadas protestam, o ME aparece a dizer que esses pagamentos não são obrigatórios, mas na verdade tudo isto se repete todos os anos: protestam os pais (sempre os mesmos), os media vão buscar o assunto, o ME põe água na fervura e diz que sim mas que também e os pais acabam sempre por pagar, alguns mesmo com receio de que depois sejam os filhos a sofrer as represálias dentro da escola. Estamos neste pé já há anos, vivemos hoje em Portugal um clima da pequena (!)corrupção institucionalizada. (já fizeram as contas? 15 euros/aluno) Todos sabem que é ilegal mas continuam a praticar-se as mesmas ilegalidades todos os anos. Claro que tenciono reclamar junto do Ministério da Educação, sempre quero ver o que me vão dizer de lá. Trata-se agora de um caso de persistência e de burocracia: mail ou carta registada para lá, resposta esfarrapada para cá. Em breve o Ministério lavará as suas mãos e o caso passará para as mãos das autarquias que já nada terão a ver com o que se passava antes e ninguém será responsabilizado por estas cobranças indevidas. Provavelmente o pagamento de matrículas no ensino obrigatório será um dado adquirido e até mesmo imposto por lei. Mas enquanto este for mais um direito espezinhado pelas instituições, eu aqui estarei para espernear até às últimas consequências.

sábado, agosto 23, 2008

Só é pena não ser por uma questão de consciência...

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Famílias cortam consumo pela primeira vez em 5 anos

Há uma diferença entre ser consumista e ver a possibilidade do consumo estagnada. As famílias portuguesas só refrearam o consumo por necessidade, não por escolha própria e consciente. Elas pararam de consumir tanto não porque de repente se tivessem apercebido que estavam a consumir demasiado e que o planeta não aguentaria o seu ritmo de consumo. Para muitas famílias portuguesas já não se trata de consumismo, trata-se da necessidade de refrear o consumo de bens essenciais cuja aquisição lhes começa a ser pesada. Que belo indicador do estado da nossa economia! Mas certamente algum farsola virá ainda assim nos convencer que isso é uma coisa boa, que os portugueses estejam criando mais consciência e refreando o seu consumo, como sendo um sinal de maturidade da nossa democracia.
Sócrates confessou a Chávez, ou Chávez combinou que seria ele a ventilar a ideia de que a nossa economia está estagnada. Tal como a água parada que fede nos pântanos, estagnada. Que faladinha terá sido essa entre Sócrates e Chávez? Com que objectivos aparece assim a confidência ventilada pelos media a mando de Bilderbergs? Para matar dois coelhos de uma cajadada? Chumbando a governação de Sócrates, taxando Chávez como um incómodo indiscreto que protagoniza a revelação de uma realidade que todos conhecemos?



terça-feira, agosto 12, 2008

Maré de Alentejo

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Capela das Conchas/Palácio dos Henriques (Alcáçovas , Alentejo)


Com tanta coisa nem vos contei. Ontem demos um belo passeio pelo Alentejo fora. Ao Domingo à tarde o Alentejo dorme, não se vê viv'alma ou apenas uns poucos homens idosos da terra a conversar pelos bancos e pelas tascas. Que ninguém diga à ASAE que ainda existem tascas e que no Alentejo se vai podendo fumar uma cigarrada permitida. Sempre que imagino o que o dinheiro, que devia servir para desenvolver o país, vai fazer ao litoral alentejano, fico irada. Ainda hoje li no jornal que há um plano de desenvolvimento turístico para Mértola que é uma dor de alma, um dos sítios mais bonitos do Alentejo, não tarda muito, quando chegar a barafunda, as cegonhas partem para destinos mais sossegados. O que é feito das zonas protegidas?

Outra notícia que diz tudo. Nas praias (por enquanto deve ser nas do Algarve, mas como tudo o que é daninho, tende a espalhar-se) andam DJ´s e música em ALTOS BERROS a animar o ALLgarve? Vinha uma foto dumas madames a apanharem banhos de sol e estupidamente a ver um espectáculo de uma dançarina em cima de uma estrutura, como em certas discotecas, a dando o corpo ao manifesto para gáudio das outras. Não haverá mais gaivotas na praia ao fim da tarde...
Que progresso tão torpe!

Mas ía contar que nessa passeata parámos em Alcáçovas e chegámos à Capela das Conchas e ao Palácio dos Henriques, que mostram bem o estado de degradação do nosso país e das suas memórias arquitectónicas. Não pudemos entrar na Capela das Conchas, nem ver os seus jardins porque estava fechado o portão. Provavelmente ninguém quer pagar a um segurança e a um guia para estarem ali. Tinha que se pedir não sei onde, na junta, para visitar, o que provavelmente pouca gente se dá ao trabalho. Quanto ao Palácio dos Henriques, prometi a mim mesma ir descobrir que Henriques são esses que já tiveram um palácio daqueles e que o deixaram chegar a tal abandono. Também ali não se entrava, nem lá estava ninguém, pareceu abandonado à sua sorte de ser construção sólida, não do tempo dos afonsinos, mas dos tais Henriques que eu vou agora procurar.
Que memória tão apagada!

Mais informações aqui:

- Janela do Paço dos Henriques (Alcáçovas)
http://joserasquinho3.blogspot.com/2008/06/janela-do-palcio-dos-henriques-alcovas.html

- Palácio dos Henriques (Alcáçovas)
http://ruadealconxel.blogspot.com/2008/01/palcio-dos-henriques-alcovas.html

- Jardins da Capela das Conchas (Alcáçovas)
http://ruadealconxel.blogspot.com/2008/01/palcio-dos-henriques-alcovas_13.html

- Paço dos Henriques/ residência real/ casamento D. Manuel I e D.Isabel I /
Testamento de D.João II/Tratado de Alcáçovas/
http://pt.wikipedia.org/wiki/Pa%C3%A7o_dos_Henriques




domingo, julho 06, 2008

(Des)horas de Luta

Ó pobre Portugal, mandado por todos, ludíbrio das gentes,
triste nação já saqueada do que possuías no Oriente
para «ganhares» a dinastia brigantina
e agora ameaçada de perderes a África
para conservares os teus reis «liberais» e forasteiros!

Eles que não tinham nas veias sangue português,
não coravam de vender a nação...


(Oliveira Martins - Portugal Contemporâneo)


FINIS PATRIAE *

(A Mocidade das Escolas)

É negra a terra, é negra a noite, é negro o luar.
Na escuridão, ouvi! há sombras a falar:

Falam as escolas em ruínas:

A alma da infância é um passarinho;
Gorjeia o ninho e a escola chora:
Na infância cai a noite; e o ninho
Tem sobre as plúmulas d'arminho
A aurora.

A alma da infância é flor mimosa;
A escola é triste e a flor vermelha:
Na escola paira a c'ruja odiosa,
E sobre o cálice da rosa
A abelha.

Tu fazes, Pátria, as almas cegas,
Prendendo a infância num covil.
Aves não cantam nas adegas;
Se a infância é flor, porque lhe negas
Abril?!

Guerra Junqueiro
(in Patria, 1890))

* O Finis Patriae foi escrito a propósito da afonta sofrida por Portugal aquando do Ultimatum (1890) mas muito do seu conteúdo continua a fazer sentido no Portugal dos nossos dias, afrontado pelos nossos governantes e pelas directivas europeias que os governam a eles. Aconselho a sua leitura integral.

segunda-feira, junho 23, 2008

Já não há vergonha!

Tachos, cunhas, escândalos, corrupção, ladroagem... PORTUGAL!!! A lista é infindável...

Este é o melhor e-email que recebi nos últimos tempos. Vou guardá-lo para sempre, mas antes decidi compartilhá-lo com os amigos, na esperança que os meus amigos:

1- Não façam o que estes maltrapilhos fazem;

2- Da próxima vez, antes de votarem o revejam;

3- O compartilhem com os vossos amigos;

4- Pensem se é isto que querem para o nosso País e para os vossos filhos.

ALGUMAS NOTICIAS JÁ SÃO ANTIGAS MAS DEIXAM A PENSAR...

Tachos e Cunhas

Verinha Sampaio

AS REFORMAS CHORUDAS

Corrupção em Portugal? Burrice?

Saúde dos Tugas

JUSTIÇA - por cá não há...


Chorar a rir para não chorar

segunda-feira, fevereiro 18, 2008

E depois da cheia...

Lisboa: cheias de 1967

Comecei a ver o programa em estreia da Maria Elisa Depois do Adeus. Era sobre as cheias que ocorreram em Portugal em 1967, 1983 e a outra mais recente, parece que ocorrida em 2006, se não estou em erro. Das de 1983 lembro-me eu bem, guardo a imagem da estação de comboios de Algés repleta de água e da aventura de ter que pernoitar em casa de amigos, vendo os rios de água correndo na direcção do Tejo.

Às tantas Helena Roseta chamou a atenção para a questão de se continuar a construir subterraneamente em Lisboa e do que isso revela em termos da mais completa falta de bom senso. Exactamente o que já várias vezes eu disse a algumas pessoas: é completamente irresponsável construir para baixo em Lisboa, não só devido ao elevado risco sísmico mas também porque Lisboa está sujeita à subida do Tejo e construída sobre cursos de água que deviam poder fluir naturalmente consoante as marés e as subidas e descidas do Tejo, além de já ter sido vítima de um tsunami no terramoto de 1755.

Entretanto as nossas sumidades da arquitectura, engenharia e construção, na sua hybris modernaça, aliada à raçuda esperteza saloia, consideram-se pertencentes à primeira raça de imortais, desafiando as forças da Natureza e ignorando as lições da História.

Uma vez levaram-me ao Parque de Estacionamento do Largo do Camões: cinco andares sempre a descer por ali abaixo em curvas apertadas por entre betão já riscado pelas arranhadelas dos hábeis automobilistas, tal é a estreiteza. Obra certamente inspirada por igual estreiteza de ideias ou então talvez pelas habituais "razões económicas", que geralmente se traduzem em fazer as obras mais baratas para as declarar muito para além do orçamento inicial e, meter o dinheiro ao bolso de toda uma corja de patos bravos, engenheiros, arquitectos, fiscais e outros bandidos que tais. Se um dia há qualquer coisa, nem precisa de ser tão grande como outras que já aconteceram, aquilo em segundos converte-se numa tumba de betão e chapa. Nunca mais lá voltei, nem tenciono. E este é apenas um exemplo.

Não é que tenha medo da morte, embora uma morte macaca dessas não convenha a ninguém. Tenho é muito medo da estupidez que é causa da perda e da desgraça alheia. E a estupidez, no tempo de Salazar como no de Sócrates, continua protegida e reinante no nosso país!

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