domingo, agosto 23, 2009
Fim de férias
Último dia de férias aqui. Amanhã já regresso à selva. Mas as férias são isso mesmo, um tempo que acaba rápido. Na verdade é um contra-senso dizer que se acabaram as férias. Porque as pessoas sem emprego, como é o meu caso, não têm direito a ter férias, porque para ter férias é preciso ter emprego, esperem aí que o Sérgio Godinho já lá chega...
quarta-feira, agosto 27, 2008
Ainda agora regressada...

... e já com saudades de Alcácer!
O melhor tempo nem sempre é o de sol.
Há dia enevoados que deixam saudades breves.
Uma imagem pode valer por mil palavras
Mas afinal o que é a realidade
Senão um breve instante de palavras e imagens
Retido ou não na memória.
A realidade ainda assim se sobrepõe.
Tudo serve para a reproduzir, ainda que às avessas.
Nua e crua realidade, pura e dura realidade.
terça-feira, agosto 26, 2008
Cada chegada é uma chegada

A pata onde poisava deixava uma poça de sangue. Tudo sujo, tijoleira, tapete, as nossas roupas, toalhas, assentos de automóvel. Procurámos um veterinário por todo o lado mas os poucos que havia tinham partido para passar o Domingo fora. Noite. Voltámos a casa e fiz um curativo o melhor que pude e fizemo-nos à estrada. Ponto de encontro: o hospital veterinário do Restelo, aberto 24h, caro como o caraças (não, o caraças é mais barato!). Mais sangue, mais curativos, mais espera, depois da viagem de regresso. Disseram-nos que o nosso cão tinha que ficar internado, ser anestesiado e talvez mesmo ser operado para reconstruir o vaso sanguíneo cortado. Ligássemos para lá no dia seguinte a saber o que tinha acontecido. Chegámos a casa todos menos um, abatidos os outros que chegaram sem esse. Tão querido que foi nas férias, menos para as ovelhas da quinta vizinha, que ficaram sem o seu personal trainer. Fugia para lá por debaixo da vedação e ficava a ladrar à frente delas (e por todos os lados), com o rabo a abanar, só querendo que corressem para ele correr atrás delas, as ovelhas em pânico, coitadas. Nunca lhes fez mal, a não ser ao coração.
Ontem não estava com cabeça para mais nada e só me deixei ficar em frente à televisão, a ver a cerimónia de encerramento dos jogos olímpicos. Pareceu-me o supra sumo da harmonia universal. Como o ser humano é capaz de criar tanta ordem e tanto caos! Espectáculo, tanta gente tão perfeita, tão flexível e musculada, tão sorridente e infalível… Lindas as cores das luzes e radioso o sorriso das mulheres e dos homens participantes. As vozes das cantoras como sereias… a arquitectura das luzes e dos edifícios… o velho rock rasgativo finalmente instituído, abençoado por papas e budas, a animar a festa.
Adormeci pela primeira vez já noutro programa e ainda houve quem me voltasse a acordar.
Hoje foi outro dia e a maior alegria até agora foi trazer o cão para casa. Ainda vem com resquícios da anestesia, dorme muito, tem a pata ligada e traz uma coleira daquelas de cão espacial que bate em tudo por onde passa. Está prostrado e eu com ele, e a nossa carteira também está prostrada. Que final de férias! Quanto mais não vale um gato bebé no motor do carro!