Quer eu queira quer não queira
Esta cidade
Há-de ser uma fronteira
E a verdade
Cada vez menos
Cada vez menos
Verdadeira
Quer eu queira
Quer não queira
No meio desta liberdade
Filhos da puta
Sem razão
E sem sentido
No meio da rua
Nua crua e bruta
Eu luto sempre do outro lado da luta
A polícia já tem o meu nome
Minha foto está no ficheiro
Porque eu não me rendo
porque eu não me vendo
Nem por ideais
Nem por dinheiro
E como eu sou e quero ser sempre assim
Um rio que corre sem princípio nem fim
O poder podre dos homens normais
Está a tentar dar cabo de mim
Cabo de mim
letra: João Gentil
música: Xutos & Pontapés
Mudança
Há 22 horas
2 comentários:
Tenho de admitir: não gosto, nem nunca gostei dos xutos. Não é música que me diga grande coisa,mas, quem sou eu senão um amarelado alien.
Abstrai-te dos Xutos, como se de um preconceito teu se tratasse. Volta a abrir os olhos aliens e relê o poema. É ou não é um belo poema dos nossos tempos conturbados? Tenho muita pena que haja quem divida letras para um lado, como coisas menores, e poesia para outro, como uma arte praticada por seres de outros planetas só para ser entendida por certas luminárias iluminadas, que depois emitem juízos estéticos como caga-lumes (vulgo "pirilampos"). Mas é claro que aceito a tua opinião!
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