Quem ocupa a cadeira do poder não tem uma vida fácil.
Comecemos pelo presidente: se não fala, está a congeminar; se fala diz asneira e saem perdigotos, se visita as crianças é assustador, se vai à Bósnia não há atentados e ele volta na mesma, fica tudo como se nada fosse.
Veja-se o exemplo dos deputados: sentam-se nas bancadas, votam as leis, deixam-nas passar: caem-lhes em cima. Não se sentam nas bancadas, faltam às votações, não deixam as leis serem aprovadas: caem-lhes em cima. Vão para casa mais cedo, as mulheres e os filhos caem-lhes em cima. Ficam a trabalhar no gabinete no que lhes interessa, são desinteressados, talvez alguém lhes caia em cima também. Comparecem, assinam o ponto e vão à sua vida, chamamos-lhes pulhas.
O primeiro-ministro é outro caso destes: se fica sério e não fala muito, é arrogante, se se ri é porque nos está a lixar, e é puta. Se nos promete aplicar medidas dizendo que é para o bem do país, não gostamos das medidas, se jura que não olhará a meios para cumprir o défice é Ferreira Leite e a gente lembra-se e não gosta da ideia.
Os empresários, a mesma coisa: se fazem Opas uns aos outros são obscenos; se vão opar para outros mercados são anti-nacionalistas; se fazem orgias nos seus barcos são porcos capitalistas. Se morrem são Champalimaud, e ainda achamos que deixam ET’s mal disfarçados de Leonor Beleza a afundar os fundos das fundações. Mais valia estarem quietos mesmo quando estão… quietos.
Os media também não agradam a ninguém: se dizem a verdade são alarmistas, se não dizem não exercem a liberdade de expressão, se são isentos ninguém os quer ler, se são comprados dizem todos o mesmo, da mesma maneira.
Assim vai a insatisfação do nosso povo que, para fugir às depressões causadas, debanda para o Reino dos Algarves, antiga província muçulmana, num desespero que se traduz em usos excessivos de combustível e abusos dos cartões de crédito.
Quando vierem as contas, safam-se eles, ficamos nós, os que as pagamos, ainda mais encalacrados do que já estávamos antes. E nunca estamos satisfeitos.
Comecemos pelo presidente: se não fala, está a congeminar; se fala diz asneira e saem perdigotos, se visita as crianças é assustador, se vai à Bósnia não há atentados e ele volta na mesma, fica tudo como se nada fosse.
Veja-se o exemplo dos deputados: sentam-se nas bancadas, votam as leis, deixam-nas passar: caem-lhes em cima. Não se sentam nas bancadas, faltam às votações, não deixam as leis serem aprovadas: caem-lhes em cima. Vão para casa mais cedo, as mulheres e os filhos caem-lhes em cima. Ficam a trabalhar no gabinete no que lhes interessa, são desinteressados, talvez alguém lhes caia em cima também. Comparecem, assinam o ponto e vão à sua vida, chamamos-lhes pulhas.
O primeiro-ministro é outro caso destes: se fica sério e não fala muito, é arrogante, se se ri é porque nos está a lixar, e é puta. Se nos promete aplicar medidas dizendo que é para o bem do país, não gostamos das medidas, se jura que não olhará a meios para cumprir o défice é Ferreira Leite e a gente lembra-se e não gosta da ideia.
Os empresários, a mesma coisa: se fazem Opas uns aos outros são obscenos; se vão opar para outros mercados são anti-nacionalistas; se fazem orgias nos seus barcos são porcos capitalistas. Se morrem são Champalimaud, e ainda achamos que deixam ET’s mal disfarçados de Leonor Beleza a afundar os fundos das fundações. Mais valia estarem quietos mesmo quando estão… quietos.
Os media também não agradam a ninguém: se dizem a verdade são alarmistas, se não dizem não exercem a liberdade de expressão, se são isentos ninguém os quer ler, se são comprados dizem todos o mesmo, da mesma maneira.
Assim vai a insatisfação do nosso povo que, para fugir às depressões causadas, debanda para o Reino dos Algarves, antiga província muçulmana, num desespero que se traduz em usos excessivos de combustível e abusos dos cartões de crédito.
Quando vierem as contas, safam-se eles, ficamos nós, os que as pagamos, ainda mais encalacrados do que já estávamos antes. E nunca estamos satisfeitos.
1 comentário:
Eu geralmente abordo estes assuntos, mas agora estou em depressão. O teu texto deixou-me assim, sem saber o que dizer...posso pensar um pouco e dar uma resposta amanhã??? :|
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