quinta-feira, junho 22, 2006

Formas Exemplares de Fazer a Revolução precisam-se!

Por favor mandem-me mais ideias para a rubrica da vacakri – Formas Exemplares de Fazer a Revolução!...

Desculpem, é mentira, eu gostava mesmo era de ideias sérias sobre este assunto. Alguém se lembra de uma porra de uma coisa qualquer que fizesse mudar o mundo, nem que fosse só um bocadinho? Uma coisa aplicável, concretizável, mesmo uma utopia, daquelas que se podem efectivar desde que libertas dos obstáculos à sua concretização. Sei lá, tipo nacionalizações e outras coisas defensáveis; mesmo teorias assim: quando o estado se descartar de vez das suas responsabilidades em relação à protecção social dos pobres, dos reformados, dos sem emprego, o mundo será só reservado aos ricos que puderem comprar tudo o que é privado: saúde, conforto, bem-estar, educação de qualidade. Mesmo para esses vai sair cada vez mais caro porque qualquer negócio tem como primeiro objectivo ser lucrativo e problemas de saúde atingem a todos indiscriminadamente. Por que então uns podem ter acesso à saúde porque a pagam e outros não podem por não ter dinheiro para isso? Será aqui, em questões de saúde o dinheiro um valor a ter em consideração? Ou todos devem ter direito à saúde? Por que então não se divide esse dinheiro todo, para acabar com ricos e pobres, que só trazem problemas.
Faz por tornar então toda a gente igualmente remediada, por acabar com as gritantes desigualdades; faz-te cientista, faz as pessoas saberem, terem consciência de quantos são ainda os recursos reais do mundo de que podemos dispor, encontra gente honesta para estudar esses recursos, para aconselhar os dirigentes a tomar medidas numa base científica e não económica. A Economia está a levar o mundo ao descalabro, à auto-combustão, ao desespero predador do último barril de petróleo. E é assim com tudo: o capitalismo neo-liberal autoconsome-se deseperadamente por já ter pouco para consumir. Come não o fruto mas a própria semente, já não tem onde lucrar mais e não sabe parar. Dizem-no nómada mas ele é predador e autofágico – uma comedor de si próprio que não pára nunca de crescer, mesmo consciente de que está a esgotar cada vez mais avidamente os recursos mundiais. Vai em breve estoirar. Por que esperar para ver ele estoirar nas mãos dos nossos filhos desempregados? Que estoire já ou se cale para sempre!

2 comentários:

Kaos disse...

Vivemos numa economia de capitalismo global que não vai parar até que os povos assumam nas suas mãos o poder. Mas a mudança tem que ser muito mais radical que a simples distribuição do dinheiro. temos de mudar a nossa mentalidade consumista para uma de bem estar e felicidade com menos bens materias superfulos. Temos de reaprender a alegria de viver, de falar, de brincar uns com os outros. Temos de refazer a ideia de felicidade.
bjinhos

Kaotica disse...

kaos: obrigada pela ideia anti-consumista: talvez o Verão seja uma boa altura para a levar a sério; afinal o ar, o sol, o mar, a sombra das árvores ainda são de graça! Por exemplo não consumam Pan Rico, que posto ao ar da praia fica tudo menos pão. Vamos voltar a apostar na velha carcaça portuguesa!

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