«Era uma vez uma habitação em que todas as paredes eram portas. Os visitantes vinham de longe para percorrê-la porque, dizia-se, quem entrasse nela podia ver finalmente o prodígio rápido, não o prodígio lento de todos os dias de que só nos apercebemos no momento da morte. Os visitantes eram levados cegamente de porta em porta através da maior escuridão. Terminada a visita alguns concluíam só o desnecessário dura excessivamente. Mas um dia um visitante exclamou como tudo é parecido.» ( Tisana 88)
quarta-feira, janeiro 03, 2007
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3 comentários:
E quanto durará o necessário? O tempo para tudo ser diferente, talvez.
bjs
Muito bonito...
Eheheh!...
Sabes que fui colega da Ana Hatherly, em 1977, numa cadeira com o Hélder Moura Pereira, na altura assistente na Fac. Letras de Lx. e hoje professor do sec. e poeta?
Pois é!
Foi no meu ano final e ela por lá andou. Queria acabar o Curso que interrompera há muito tempo. E terminou-o, evidentemente!
Na época, apresentavam-se trabalhos que eram defendidos e comentados nas aulas. Depois, sugeria-se uma nota final.
Quem lançou para o ar a proposta de nota fui eu: 19! Porque 20 era para "os Marrões", argumentei.
Ficou mesmo com um 19 na cadeira.
Era de uma simpatia e despretenciosismo fantásticos. Tinha a humildade dos que são mesmo GRANDES.
Um amor a Ana, que hoje deve andar pelos 70 ou muito perto disso. Vi-a há umas semanas na TV,onde há unas anos largos, vinte e tal, teve um Programa chamado "Obrigatório Não Ver", bem próprio dela este título...
Que bom reler no Pafúncio palavras suas. Pouca gente sabe quem é, por certo. É assim em Portugal!
Um grande abraço.
Jorge Sineiro
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