terça-feira, fevereiro 20, 2007

Matéria Poética I: Cancioneiro Joco- Marcelino (1) de Natália Correia

Gentileza wehavekaosinthegarden

Marcelo e as Tágides
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Marcelo, em cupidez municipal

de coroar-se com louros alfacinhas,

atira-se valoroso - ó bacanal!
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ao leito húmido das Tágides daninhas. -------------------------------------------------
Para conquistar as Musas de Camões
lança a este, Marcelo, um desafio:

jogou-se ao verso o épico? Ilusões!...
Bate-o o Marcelo que se joga ao rio.

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E em eleitorais estrofes destemidas,

do autárquico sonho, o nadador

diz que curara as ninfas poluídas

com o milagre do seu corpo em flor.

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Outros prodígios - dizem - congemina:

ir aos bairros da lata e ali, sem medo,
dormir para os limpar da vil vérmina

e triunfal ficar cheio de pulguedo.
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Por fim, rumo ao céu, novo Gusmão

de asa delta a fazer de passarola

sobrevoa Lisboa o passarão

e perde a pena que é da galinhola.

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(1) In O Corvo, jornal de campanha eleitoral autárquica da Coligação por Lisboa. Nov/Dez de 1989.
Postado n' O Pafúncio em Março de 2006

2 comentários:

Kaos disse...

Um republicação feita em boa hora. Que venha agora o resto.
bjs

Outsider disse...

Excelente poema!!! Já me ri bastante!
Beijos.

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