Um cravo viçoso deixado por uma amiga de sempre
Assinalou o dia na minha lapela
Adormeci com o rádio ligado e amanheci
Com um presidente murcho à cabeceira
Que dizia que a juventude comanda
Sacudi aquela velha conversa em família
E saí para a rua para ver com os meus olhos
Que a revolução de Abril é uma velha senhora
Que todos os anos rejuvenesce nesta data
Porque espera serena que os seus ideais
Ganhem força a cada nova Primavera
Muito a juventude dos velhos tem para contar
À senilidade dos que nasceram tarde demais
Para saber por si próprios como a Liberdade
Teve que ser conquistada por um povo unido
Que desde esse dia longínquo nunca mais a quis perder
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