domingo, maio 13, 2007

Engenheiro ou mentiroso compulsivo?


Ao ouvir Sócrates hoje dizendo que nada se altera na situação dos comandos portugueses no Afeganistão e sabendo que pela primeira vez desde a guerra colonial os nossos moços vão com licença para atirar a tudo o que mexer, dei por mim a pensar se o vosso primeiro não será um mentiroso compulsivo, além de repulsivo.

Fui documentar-me sobre a tara e fiquei a compreender melhor as razões do tal de engenheiro. Acompanhem os meus raciocínios e digam-me se estarei enganada.

Quando alguém mente está revelando que algo dentro de si não está bem. Psicólogos relacionam a atitude à baixa auto-estima ou ao ímpeto de tirar vantagem.
[quanto à baixa estima só mesmo quem o conheça mais intimamente pode confirmar ou desmentir, agora quanto ao “ímpeto de tirar vantagem”, isso quanto a mim já terá mais sustância, como se diz na minha terra. Adiante]

"Por trás da mentira há um apelo, uma defesa, um sintoma ou uma compulsão", explica a psicanalista Ruth Cohen, do Rio de Janeiro. A criança mente, de modo geral, para fugir de um castigo, porque se sente injustiçada, por achar que estão exigindo algo além de sua capacidade ou, pelo contrário, por estar querendo algo que, a seu ver, não merece. [‘Pera lá que isto parece-me importante. Apelo? Defesa? Sintoma? Compulsão? Querem ver que não se fica por aqui? Sim, ser primeiro-ministro de Portugal pode ser uma injustiça para qualquer um, mas eu inclino-me mais para a última hipótese: acho que ele quis, quer e quererá sempre algo que não merece – exactamente o que estão a pensar: ele quer assumir a presidência da União Europeia, mas lá no fundo ele sabe que não merece; e nós também pois já o topamos de outros carnavais: tal e qual como ele antes quis ser engenheiro, apesar de não o merecer.]

Aquelas crianças que simulam situações inverídicas — [como o nosso garoto que afiançou diante das cameras de televisão não haver qualquer problemas com o seu percurso académico] — podem estar em busca de afirmação por meio de uma falsa capacidade. [Afirmação também, talvez, mas eu acho que era mesmo só para ouvir as pessoas chamando-o de senhor doutor engenheiro, mas isto já sou eu a divagar]

Alguns estudantes, pressionados por desajustes familiares, apelos comerciais cada vez mais agressivos e mesmo por uma certa competição silenciosa estabelecida com os colegas, criam defesas e contam aos outros verdadeiras fábulas. [dos "desajustes familiares" sei umas histórias de arrebenta; e quanto aos "apelos comerciais cada vez mais agressivos" , é ver as Opas e as negociatas que vão por aí com os privados e com os colegas da União Europeia: aquelas directivas todas da União Europeia, o povo descontente e ele a ter que brilhar na cimeira de Sintra, mostrar resultados, ser cumpridor do défice, sempre perseguido pela imagem do espelho Blair a dizer que melhorou tudo e que foi o maior… será isto "a competição silenciosa estabelecida com os colegas"? Fábulas? Então mas para ser fábula não basta os animais falarem? Querem mais fábula do que as coisas que ele diz, quando diz?]

Na opinião de psicólogos, o mentiroso compulsivo — que reinventa os acontecimentos o tempo todo — ou aqueles que adulteram dados, suprimem informações ou colocam em risco a integridade dos outros devem ser tratados por profissional especializado. [Além de adulterar dados, que nisso aliás se especializou durante a sua carreira na UI, suprimir informações – será que esse canudo alguma vez apareceu? E os canudos da Casa Pia? E esta agora de nem uma palavra acerca do aumento de perigo a que se vão expor os nossos comandos no covil dos talibãs? Diz que nada se altera, que está tudo exactamente na mesma...ora, para o povo que não é estúpido apesar de ter votado nele, se o senhor engenheiro diz que não há problema ou é porque é mentiroso ou porque gosta de enganar… curiosamente desta vez o Cavaco esqueceu-se de não dizer nada e disse que havia pgoblema… Onde encontrar profissionais especializados para tratar esta gente? Não no serviço público de saúde!]

Muitas vezes, nesses casos, ao hábito da mentira se aliam outros traços, como a frieza, o desrespeito e a agressividade. [Como não estamos no Brasil, que é terra de gente mais simples, onde mesmo os magnates andam de chinelo no pé e despojados do Armani, no vosso primeiro, a maníaco-compulsividade que se esconde por detrás da mentira, manifesta-se em arrogância, cinismo e pedantismo, que para o caso também devem contar]

No dia-a-dia, porém, o professor que conhece os estudantes tende a perceber quando eles se atrapalham por mentir. Um leve rubor, a gagueira, um persistente piscar de olhos, o desvio do olhar ou a fala apressada podem ser sinais dados pelo corpo do mentiroso. [Só quem ainda não viu os trejeitos peixeirívoros de mão na anca e ora toma na sessão mensal da Assembleia da República é que se deixa enganar. Os professores, neste caso o professor das cinco cadeiras é que não deu por nada e por isso o seu pupilo refinou, agora é um especialista na arte do engano. Os outros sintomas lembram-me mais as caretas do senhor presidente boliqueimense, excepto a falta de rubor, mas isso é normal nos vampiros. Será que ele também é um mentiroso? Valha-nos Nossa Senhora de Fátima que se não for ela não sei onde vamos parar com tanta mentira]

3 comentários:

rendadebilros disse...

Inspirada a pesquisa e ainda mais o texto em sequência... e tu andavas a queixar-te de falta de tempo, mas , quando te inspiras, ninguém te pára... Diz que foi à cimeira de Sintra de "jeans" o PM!!! Porque seria?
Beijos.

Kaotica disse...

Renda

Talvez tenha a ver com os piqueniques (Sintra=piquenikes). Seriam jeans da Nike? Ou talvez para aparentar um ar descontraído, tipo sem cerimónias com oscomparsas da UE, género "tu cá tu lá". Mas olha que isso dos jeans tornou-se numa fashion cheia de chique, aquele ar desportivo, sabes como é, até me admira como não pôs o pessoal todo a dar uma corridinha por aquela Sintra acima para mostrar como os portugueses estão em forma (cof cof). Ou então faz parte da tara.
Beijos e boa semana!

José Gonçalves Cravinho disse...

Eu,um simples operário emigrante na Holanda desde 1964 e já velho (quase 88 anos),direi que Portugal é uma terra de doutores e engenheiros,pois até a um Regente agrícola,chamam engenheiro.E para comparar,cito aqui um caso passado
com a falecida Raínha Juliana.
A Raínha foi inaugurar uma Casa de velhotes e uma das velhotas quiz botar palavra para agradecer
à Rainha a sua presença e então manifestou certo acanhamento e disse que não sabia se devia dizer
Vossa Alteza ou Vossa Majestade.
E a Raínha respondeu:-Pois diga simplesmente Minha Senhora!

Blog Widget by LinkWithin