Roubo de dois anos de tempo de serviço, penalizando todos os docentes – alguns foi de forma tão gritante que, por escassos dias, viram goradas todas as expectativas da sua progressão, que estava iminente.
Ameaça de despedimento para milhares de nós, ou pelo menos a sua mobilidade, concretizada pela aplicação de um corte no Orçamento do Estado para 2007, que só em salários corresponde a 343,5 milhões de euros.
A ameaça de perda de vínculo para todos os docentes, com base nas alterações ao Regime de Carreiras e de Vínculos, que está em discussão para toda a Administração Pública.
A Assembleia-Geral de sócios do SPGL, reunida a 17 de Maio para se pronunciar sobre este apelo, decide:
Responder positivamente à decisão do Congresso da FENPROF, e apelar para que todos os professores e educadores encontrem a maneira de falar e reflectir sobre a importância de utilizar esta acção nacional, para darem um passo na via da construção de uma verdadeira unidade que nos ajude a todos a fazer parar os ataques do Governo e a dissipar o clima de medo que começa a instalar-se em muitas escolas.
Declarar que a gravidade das medidas políticas impõe que sejam feitos todos os esforços para um acordo com todos os sindicatos e centrais sindicais, para que seja desencadeada a mobilização total, condição para que possamos impor de facto uma viragem no curso dos acontecimentos.
Na acção para essa mobilização, os professores e educadores levantarão a exigência de revogação do estatuto da carreira docente.
Esta unidade é possível; ela pode construir-se, como é exemplo a plataforma de todos os sindicatos dos professores, contra o ECD, contra o desmantelamento dos serviços públicos e exigindo de imediato a reposição da carreira única, tal como existe nas Regiões Autónomas da Madeira e dos Açores.
A Assembleia-Geral de sócios do SPGL manifesta o seu profundo desejo de que a greve do dia 30 de Maio possa fazer com que o Governo e/ou a Comissão de Educação da Assembleia da República chamem as direcções dos sindicatos dos professores para lhes comunicarem que repõem a carreira única e, ainda, que é retirado o projecto de Lei para transformação do ensino superior público em fundações de direito privado.
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