Se eu disser coisas como: Já não é a primeira vez que meio rato de computador em decomposição é encontrado de cachecol numa prateleira de um tribunal na Boa-Hora dos arrabaldes da Europa, poder-se-á dizer que é apenas exercício de estilo, pura e dura literatura, mera falsidade apesar de certa verosimilhança com a realidade.
Ratos no Tribunal da Boa Hora
Um roedor morto foi encontrado junto ao computador de uma juíza
Ratos e pulgas ameaçam o bom funcionamento da quarta vara do Tribunal da Boa Hora,
Ora nós aqui nos blogs não fazemos notícias, filtramos as notícias que nos chegam do país e do mundo. Interpretamo-las, formando sobre elas a nossa opinião. Também podem ser inspiradoras para quem se ocupa da literatura; a realidade pode ser muito inspiradora da ficção.
Mas o mais normal aqui nos blogues são mesmo as opiniões e estas são tão subjectivas que cada um tem a sua. São formas de observar a realidade, os efeitos que os acontecimentos produzem nas nossas opiniões. Ás vezes a notícia é tão forte que se impõe e então quase nem é preciso acrescentar mais nada. É nosso apanágio aqui nos blogues divulgar a notícia e levá-la a ser comentada nos comentários dos comentadores. Um comentário é outra forma de difundir opiniões e o espaço dos comentários um lugar de diálogo entre opiniões diversas.
Muitos de nós poderão apenas concluir da leitura da notícia que o país está cheio de ratos em decomposição, pois se até nos tribunais…
Outros poderão achar que a culpa foi da mulher da limpeza que não limpou o rato para baixo do tapete, como era sua obrigação.
Ou então os amigos dos animais poderão dizer que o rato morreu porque sofria maus tratos naquele tribunal.
Outros poderão perguntar quantos processos importantes roeu esse rato antes de morrer?
E assim sucessivamente virão outros que procurarão responder a esta pergunta.
2 comentários:
Ámen!
Tem ratos
tem ratos
tem ratos
tem ratos
vivem escondidos
nos nossos sapatos
Tem ratos
vivem escondidos
nos nossos sapatos
roem-nos os dedos
Tem medos
tem medos
vivem escondidos
nos nossos segredos
Sérgio Godinho, À Queima Roupa
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