UE
85% dos portugueses satisfeitos com condições de trabalho
Entre os trabalhadores da União Europeia os portugueses são dos que estão mais descontentes com o ordenado que recebem. Um inquérito europeu sobre condições de trabalho, mostra que 72 por cento dos portugueses acham que ganham mal. No entanto, 85 por cento diz estar contente com as condições de trabalho.
TSF Online 19:08 / 27 de Setembro 07 )«Esta aparente contradição é justificada pelos portugueses com a ideia de que o trabalho serve de válvula de escape. Ou seja, os portugueses estão satisfeitos ou muito satisfeitos com o trabalho porque é no ambiente laboral que encontram amigos. «Estas pessoas dizem que se sentem em casa no trabalho e isso dá uma avaliação geral do trabalho muito satisfatória», explica Jorma Karppinnen, director da Fundação Europeia para a Melhoria das Condições de Trabalho. O director dá um conselho ao Governo português: aumentem os ordenados. «Para que as pessoas se sintam felizes e aumentem a produtividade, os ordenados tem de ser aumentados», diz Jorma Karppinnen. A fundação avisa ainda que os horários de trabalho não devem ser aumentados. O estudo revela que Portugal é dos países onde os trabalhadores mais se queixam (85 por cento) da falta de flexibilidade a nível de horários laborais.
Portugueses com medo de perder emprego
Os trabalhadores portugueses são também, na Europa, os que mais receio têm de perder o emprego, segundo um estudo hoje divulgado. Dois em cada dez trabalhadores portugueses têm medo de perder o emprego nos próximos seis meses, um número significativamente mais alto do que no resto da Europa: em França, por exemplo, este receio afecta apenas 7,7 por cento dos trabalhadores. O relatório da Fundação Europeia para a Melhoria das Condições de Vida e de Trabalho, hoje divulgado, fez a avaliação da estrutura laboral em 31 países.»
Portugueses com medo de perder emprego
Os trabalhadores portugueses são também, na Europa, os que mais receio têm de perder o emprego, segundo um estudo hoje divulgado. Dois em cada dez trabalhadores portugueses têm medo de perder o emprego nos próximos seis meses, um número significativamente mais alto do que no resto da Europa: em França, por exemplo, este receio afecta apenas 7,7 por cento dos trabalhadores. O relatório da Fundação Europeia para a Melhoria das Condições de Vida e de Trabalho, hoje divulgado, fez a avaliação da estrutura laboral em 31 países.»
....................................................................
Quem leu a notícia toda deve estar tão banzado como eu estou. Este Jorma está a chuchar connosco! As pessoas que têm um emprego, não estão contentes com as condições de trabalho (nem salariais nem em termos de horários laborais!), elas estão é contentes de ainda terem emprego. Os 85% que se queixam dos horários laborais, são os 85% que estão contentes com as condições de trabalho, ou seja, estão explorados e mal pagos mas ainda assim contentes, por não serem desempregados. A Flexigurança que aí vem é para eles.
4 comentários:
quando vim para esse lado do Atlantico achava que a EU era o paraiso da ética e do bom senso...se calhar era porque eu via tanta gente de fato e gravata ... mas agora já perdi a ilusão...
e esta noticia foi sem dúvida a maior mentira que eu já ouvi na televisão nos ultimos 5 anos....Claudinha
Os estudos e os números são importantes. Eu não vou em números nem em estudos. Esta aparente contradição é justificada pelo facto de eu estar farto de ser estudado e contado, de estudar e contar, de continuar a não valer de nada o meu estudo e, além de tudo, de eu não contar para nada.
Sou mal pago, não estou contente com as minha condições de trabalho e desejo sinceramente que os que me estudam, os que me exploram e os que me governam, vão para qualquer coisa que rime com trabalho!Nem me chega para o talho!
claudinha
Já agora um reparo: já viste que UE é o contrário de EU? EU é coisa que não conta na UE e quando conta é só para fazer um número que lhes agrada divulgar num dado momento. Na verdade o nosso EU está lixado e mal pago mas entretanto já contou para a estatística. Técnicas bilderberguianas estas!
joão rato
Deixa lá, não és o único a sentir-te assim: por este andar, com estas políticas, seremos cada vez mais: e como tudo está a ir muito rápido, a tal revolução que ninguém julga voltar a ver, pode estar para aí a arrebentar!
Bjos
Enviar um comentário