quinta-feira, dezembro 20, 2007

Extinguir para reinar

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Olá amigos

Conheço há muito tempo a Carmelinda Pereira e o seu partido, o POUS. Pois se há partido que mereça continuar a existir é o dela porque apesar de ser um pequeno partido que muitos até julgam extinto, ele tem sempre estado presente em todos os bons e os maus momentos que a democracia portuguesa tem atravessado desde que apareceu como partido ligado à IV Internacional, em 1979. Pela minha parte nunca me quis filiar em nenhum partido político mas comigo estas coisas funcionam sempre ao contrário pois quanto mais eu vejo a democracia que eu vi nascer no 25 de Abril a esvair-se, quanto eu mais vejo à minha volta as pessoas a tornarem-se apolíticas e indiferentes, mais eu sinto a urgência da união, a necessidade de não deixar fugir o que resta desse legado e a vontade de lutar por recuperar o que já se foi perdendo. Por isso vou filiar-me no POUS porque tenho seguido de perto a sua capacidade de resistência e a luta que tem desenvolvido na tentativa desesperada de unir as forças democráticas que rejeitam estas políticas destrutivas. Nunca me pediram para ser militante e sempre partilharam comigo os seus saberes procurando em diálogo encontrar caminhos que rompam com este rumo que não escolhemos e que não queremos. Por isso temos lutas idênticas numa mesma direcção. Sou pelo direito a dizer "Não ao tratado de Lisboa" e o POUS foi o primeiro partido que reclamou esse direito. Sou contra os métodos de rapinácia e guerras da globalização, como o POUS, rejeito a destruição do bem público e a sua venda aos privados, sou absolutamente contra a flexigurança e a precariedade salarial e condeno as políticas económicas neo-liberais por serem anti-sociais e elitistas. Defendo como o POUS a Escola Pública e abomino o estatuto da carreira docente e o estatuto do aluno e o modo como são dadas as Actividades de Enriquecimento Curricular e os cursos profissionalizantes que hão-de lançar fornadas de jovens no desemprego e contra o facilitismo a que chegou o ensino em Portugal. E acredito com o POUS que só em união é possível dizer: as vossa políticas não nos servem, não foi para isto que o povo votou, cumpram com o que prometeram, defendam o país em vez de o venderem à União Europeia e à Globalização, exigimos uma política verdadeiramente socialista. E também abomino o nome "tratado de Lisboa" e o facto de Portugal ainda hoje ter votado a favor da destruição de grande parte da sua própria vinha em nome da competitividade dos 27! Tal como o POUS acredito numa outra Europa, cooperante e produtiva, em vez de competitiva e destruidora como esta está a ser conduzida. E também sou pela revogação de todos os tratados que não servirem ao país. Por isso divulgo este apelo do POUS e vos peço que ajudem nesta campanha se acharem que não têm nada a perder. Que maior sinal da democracia a lei admitir que haja partidos pequenos? Como poderão a partir de agora surgir novos partidos? Que democracia é esta?
Aproveitem o Natal para meditar um pouco em tudo isto e depois façam o que a vossa consciência vos ditar.

Boas festas a todos e desejos de um Feliz Ano Novo.
Um abraço

1 comentário:

Pata Negra disse...

A verdade encontra-se entre as minorias! Eles sabem disso, por isso estão tão zelosos em acabar com os pequenos partidos!
O pior sistema a seguir ao sistema de partido único é o sistema dos dois partidos!
Um abraço e parabens pela coragem

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