«Como a recente (e ainda não encerrada)
crise económica e financeira de 1997-1999
veio uma vez mais patentear, com perdas imensas
de riquezas materiais e tremendas consequências sociais,
evidenciando brutalmente os limites históricos das relações
de produção capitalistas precisamente numa altura
em que o triunfalismo da «globalização» capitalista
se pretendia impor às consciências como inevitabilidade eterna,
um ahistórico «fim da História».
(…) A obra de Lénine O Imperialismo, Fase Superior do Capitalismo permanece de extraordinária pertinência e validade para a análise e compreensão da natureza do capitalismo contemporâneo e do real conteúdo da sua actual vaga de «globalização», tal como para a reafirmação do papel motor decisivo de classes dos trabalhadores e dos povos para a superação revolucionária do capitalismo.»
http://www.pcp.pt/publica/militant/247/p27.html
a/militant/247/p27.html
No Prós & Contras alguém se referiu ao “fim da História”. Ontem corria notícia de que a crise gerada pelo sistema económico que está a ser implantado à escala global é um “tsunami silencioso” que irá deixar cada vez mais povos na mais completa fome e miséria. A terra já não é mais encarada como produtora de alimentos mas como produtora de combustíveis. Queima-se o que antes servia para fazer pão para alimentar os carros do mundo desenvolvido (boa imagem a de Louçã no parlamento) e depois vem-se chorar sobre o leite derramado. É mentira deles. Se contribuirmos para esse peditório estamos apenas a alimentar os cofres do Banco Mundial que não se coibirá de despejar as nossas dádivas nos bancos falidos que mais lhes interessar no momento proteger e manter. Não acredito na boa vontade dessas organizações humanitárias nem na sua eficácia, embora esteja em crer que há muita gente que julga estar a praticar o bem e a ajudar a resolver o problema. Hoje o capitalismo global não produz mais, produz menos, vivendo particularmente da especulação do capital financeiro. É o jogo da bolsa planetário e admite a batota e a mudança das regras a meio do jogo. Despede-se quem antes produzia e faz-se o lucro provir da exploração dos trabalhadores: daí a necessidade da flexigurança e da precarização do trabalho, do desemprego. Com medo do desemprego todos tenderão a agarrar qualquer coisa, a ganhar menos, a trabalhar mais, a ter menos regalias, aliás, a pagar tudo do seu bolso. Mas o capital financeiro, que se esconde por detrás das crises, não tem substância, é volátil e passa de mão em mão. Por isso se serve de todos os artifícios, de todos os expedientes e mesmo assim não encontra saídas para o monstro que criou, não fazendo senão destruir. Quem tudo quer, tudo perde. O capitalismo é um fogo que quanto mais brilha e fulgura mais se consome e se extingue.
2 comentários:
.... o capitalismo moderno consiste em aumentar a produtividade do trabalho, através da racionalização e aperfeiçoamento tecnológico, mas ainda assim não deixa de ser o sistema semi-escravista, pois "o operário cada vez se empobrece mais quando produz mais riquezas"......
BJS
PS (salvo seja)
Para leres mais vai a www.emluta.pt.vu
BJS
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