triste nação já saqueada do que possuías no Oriente
para «ganhares» a dinastia brigantina
e agora ameaçada de perderes a África
para conservares os teus reis «liberais» e forasteiros!
Eles que não tinham nas veias sangue português,
não coravam de vender a nação...
(Oliveira Martins - Portugal Contemporâneo)
para «ganhares» a dinastia brigantina
e agora ameaçada de perderes a África
para conservares os teus reis «liberais» e forasteiros!
Eles que não tinham nas veias sangue português,
não coravam de vender a nação...
(Oliveira Martins - Portugal Contemporâneo)
FINIS PATRIAE *
(A Mocidade das Escolas)
É negra a terra, é negra a noite, é negro o luar.
Na escuridão, ouvi! há sombras a falar:
Falam as escolas em ruínas:Na escuridão, ouvi! há sombras a falar:
A alma da infância é um passarinho;
Gorjeia o ninho e a escola chora:
Na infância cai a noite; e o ninho
Tem sobre as plúmulas d'arminho
A aurora.
A alma da infância é flor mimosa;
A escola é triste e a flor vermelha:
Na escola paira a c'ruja odiosa,
E sobre o cálice da rosa
A abelha.
Tu fazes, Pátria, as almas cegas,
Prendendo a infância num covil.
Aves não cantam nas adegas;
Se a infância é flor, porque lhe negas
Abril?!
Guerra Junqueiro
(in Patria, 1890))
* O Finis Patriae foi escrito a propósito da afonta sofrida por Portugal aquando do Ultimatum (1890) mas muito do seu conteúdo continua a fazer sentido no Portugal dos nossos dias, afrontado pelos nossos governantes e pelas directivas europeias que os governam a eles. Aconselho a sua leitura integral.
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