segunda-feira, outubro 20, 2008

In Memoriam

Expresso, Acordo Plataforma/ME
(carregar sobre a imagem para ler)

A luta dos professores, a força que demonstraram na Marcha da Indignação em que desfilaram 100 000, era afinal o "restolho já seco" de que Carvalho da Silva falava quando o gritava nas manifestações da CGTP. Então por que seguraram este governo? Por que deitaram um balde de água fria sobre o movimento dos professores com a solução pífia da assinatura do Memorando do Entendimento? Por que não o ligaram aos outros sectores de trabalhadores em luta? Não é uma força cada vez maior que se pede às centrais sindicais para promover e apoiar os trabalhadores organizando a sua luta? Aqui o caso era bem sério e, como tal, tudo foi resolvido nas mais altas esferas. O próprio Carvalho da Silva foi chamado a interceder no sentido de apaziguar a revolta dos professores. E intercedeu. Lá deve ter dado um puxão de orelhas ao seu discípulo Mário Nogueira a conselho do senhor primeiro-ministro, em reunião promovida pelo ministro do trabalho, Vieira da Silva (será por serem todos "da Silva"?) e todo este cozinhado abençoado pelo presidente da república. Cada vez mais à distância, dá que pensar...

3 comentários:

ferroadas disse...

A revolução popular, começa por pequenas revoluções, por exemplo:

Dia 15 de Novembro manifestação de professores.

Porque não se juntam à mesma todos os restantes trabalhadores?

Porque não fazem os sindicatos (TODOS) uma mobilização geral em torno da luta dos professores?
Não seria uma forma de solidariedade revolucionária?

O impacto era tremendo, e mais, não bastavam as palavras de circunstância, esses manifestantes permaneciam na rua até que as suas reivindicações fossem satisfeitas, e não arredavam, não cediam. Assim, sim, era uma pequena revolução, assim tenho a certeza que os encostavam à parede, que os humilhavam. Claro, para tal era necessária coragem revolucionária, aqui os sindicatos tinham uma enorme palavra a dizer, mas….

Quando eu digo que alguns querem manter o status-quo, é isto mesmo, não se querem comprometer, como quem diz “esta luta não é nossa” os tipos que se lixem, então? Sim, então, onde estão os revolucionários que querem mudar esta merda, onde estão os revolucionários que querem cortar de vez o tal cordão umbilical com o sistema vigente? Sim, onde estão.

extrato do meu comentário em http://revolucionaria.wordpress.com/2008/10/19/para-uma-revolta-popular-1/#comment-612

Kaotica disse...

Está tudo documentado no grande desabafo amargurado que é o FMI do José Mário Branco. Por isso lá comem todos por medida grande. O FMI é principalmente a confissão da desilusão face a uma certa "esquerda", porque da direita já ele não esperava nada de bom.

Olha, eu estou aqui, pró que der e vier!

Um abraço revolucionário!

Hurtiga disse...

E foi então que lá se foi a grua de que ele falou a 8 de Março... Palavras, leva-as o vento!

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