Ministra da Educação fez visita relâmpago à Escola Bordalo Pinheiro
Maria de Lurdes Rodrigues visitou a Escola Secundária Rafael Bordalo Pinheiro na passada sexta-feira, 20 de Fevereiro, numa visita relâmpago. O próprio presidente do Conselho Executivo, António Veiga, só foi informado da visita ministerial 15 minutos antes da governante chegar à escola. O telefonema veio do director da DREL (Direcção Regional de Educação de Lisboa), Joaquim Leitão, quando estava a chegar às Caldas e que vinha a acompanhar a ministra.
Foi a primeira vez que Maria de Lurdes Rodrigues veio às Caldas em funções oficiais, tendo esta explicado que foi apenas uma das muitas visitas de trabalho que faz desde que está no governo.
Apesar do secretismo da visita, houve jornalistas que foram à Bordalo Pinheiro, mas foram advertidos por uma assessora da ministra que esta apenas falaria sobre a visita à escola caldense e não sobre as controversas questões que têm marcado o seu mandato.
Maria de Lurdes Rodrigues referiu a antecipação das obras nesta escola, da responsabilidade do programa Parque Escolar como medida do governo para combater a crise. “A escola vai ficar nova e bonita mais cedo”, referiu a ministra, ciente de que esta antecipação trouxe problemas de organização e de planificação dos exames e que a direcção da escola está agora a resolver.
A ministra aproveitou a ocasião para conhecer os cursos profissionais e das Novas Oportunidades que este estabelecimento escolar possui e praticamente quase não se cruzou com professores porque estes estavam em aulas e ninguém sabia da visita surpresa.
“Esta é uma escola com uma enorme dinâmica e que ficará com instalações preparadas para as futuras gerações”, disse Maria de Lurdes Rodrigues.
Segundo António Veiga, a governante “veio confirmar o que já está no terreno e dá-nos algum conforto ter a confirmação antecipada do início das obras”.
Esta escola sofrerá uma remodelação total em duas fases. A primeira começa já em Maio e durará nove meses e a segunda fase sete meses.
Inicialmente, o programa Parque Escolar previa a requalificação em 2009 de 26 das 330 escolas secundárias do país, mas a crise económica levou o Governo a aumentar o número inicial para uma centena.
Era esperada na Benedita, mas não apareceu
Foi pela GNR local que a Escola Básica 2 de Frei António Brandão, na Benedita, terá ficado a saber que a ministra da Educação, Maria de Lurdes Rodrigues, estaria prestes a chegar àquele estabelecimento no final da manhã da passada sexta-feira depois da visita às Caldas da Rainha.
Montou-se o respectivo aparato policial, deram-se por terminadas as actividades com as crianças, que estavam no corso carnavalesco, e numa correria preparou-se a recepção à ministra... que não chegou a aparecer.
À Gazeta das Caldas a presidente do Conselho Executivo da escola beneditense, Lúcia Serralheiro, contou que estava em Lisboa quando foi informada por telefone da iminente chegada da governante. Inicialmente pensou tratar-se “de uma partida de Carnaval”. Contactou a autarquia e o Governo Civil de Leiria para confirmar a vinda de Maria de Lurdes Rodrigues, mas ao que parece, também ninguém estava avisado.
A visita não estava prevista e por isso não se sabe qual seria o seu propósito, mas após algumas horas de espera os professores perderam a curiosidade e acabaram por desmobilizar. Apenas a Guarda se mantinha a postos, cumprindo o que seriam ordens superiores.
“Mais tarde a direcção Regional de Educação pediu-nos muitas desculpas por este episódio e pelo facto da visita não se ter concretizado, mas também não nos deu mais explicações”, acrescenta Lúcia Serralheiro.
Gazeta das Caldas tentou falar com o comandante do posto da GNR da Benedita para saber o que afinal se passou no dia 20 e o que diriam, ao certo, as ordens chegadas ao posto, o que se revelou impossível até ao fecho desta edição.
Há alguns meses, aquando da distribuição dos computadores Magalhães por vários membros do governo, Maria de Lurdes Rodrigues passaria pela Nazaré para entregar alguns daqueles portáteis aos alunos, tendo-o feito também numa visita não programada, só tendo avisado a escola algumas horas antes.
Esta forma de funcionar da ministra dever-se-á à elevada contestação de que é alvo por parte dos professores, temendo manifestações à sua chegada.
Joana Fialho
2 comentários:
A bem da ministra: ela SABE que se anunciar antecipadamente uma qualquer visita não vai ouvir palmas nem «vivas». Se aparecer sem aviso prévio TALVEZ a coisa até não corra mal. O "chicoespertismo" no seu melhor (ou será pior?)
JFrade
JFrade
Isso só por si já seria suficientemente mau, mas é realmente pior!
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