«As acções directas que desobedecem o poder político não são um mero uso de força por aqueles que não detêm o poder, mas um uso que aspira mais legitimidade que as acções daqueles que controlam os meios legais de violência. Talvez fosse o caso de lembrar, mesmo para os cientistas sociais, que nossas instituições democrático-liberais são instrumentos de um poder que aspira o monopólio do uso legítimo da violência. Há assim, na desobediência civil, uma disputa de legitimidade entre a acção legal daqueles que controlam a violência do poder do estado e a acção daqueles que fazem uso da desobediência reivindicando uma maior justiça dos propósitos.»
Objecção à objecção:
Mas e se houver uma maioria parlamentar que impeça essas leis injustas de serem mudadas, devemos desobedecer-lhes e reivindicar uma maior justiça dos propósitos?
3 comentários:
Outra objecção: se uma maioria for eleita com base num programa, no qual os eleitores votaram, e usar do seu monopólio da violência em infracção desse programa, a desobediência torna-se legítima.
Ou ainda: se uma maioria for eleita com base num programa secreto ou numa agenda oculta, como parece querer agora fazer o PSD, a desobediência torna-se legítima, porque em democracia não há mandatos sem conteúdo.
E o sacana do chinoca continua, vai lá, vai...
"...a desobediência é a verdadeira base da liberdade, os obedientes são necessariamente escravos..."
Mais objecções
1-Se um governo não cumprir com o que prometeu.
2-Se um governo tiver um ou mais elementos sujeitos de corrupção.
3-Se um governo executar negócios de cariz fraudulento com fachada de sério.
4-Se um governante corrupto se refugiar na imunidade para não ser condenado.
5-....e por aí fora.....
Motivos para a desobediência não faltam.
BJS
Amigos
Obrigada pelas vossas preciosas achegas!
Um abraço desobediente!
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