Falam as Escolas em Ruínas:
A alma da infância é um passarinho;
Gorjeia o ninho e a escola chora:
Ma infância cai a noite; e o ninho
Tem sobre as plúmulas d'arminho
A aurora.
A alma da infância é flor mimosa;
A escola é triste e a flor vermelha:
Na escola paira a c'ruja odiosa,
E sobre o cálice da rosa
A abelha.
Tu fazes, Pátria, as almas cegas,
Pendendo a infância num covil.
Aves não cantam nas adegas;
Se a infância é flor, porque lhe negas
Abril?!
in Finis Patriae, Guerra Junqueiro
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