(José Mário Branco) Meu sant´antoninho
Onde te hei-de pôr
Deixa-me limpar o pó
Meu sant´antoninho
Dou-te o meu amor
Com chazinho e pão-de-ló
Deixa a vovó apertar o nó [bis]
Pra voar mais vale ter uma na mão
E um cheirinho a naftalina no salão
E a filha do juiz
Põe pozinho no nariz
E sapatos de verniz
Pra ir à comunhão
Meu sant´antoninho
Onde te hei-de pôr
Fica do lado de cá
Meu sant´antoninho
Meu senhor doutor
Assina-me um alvará
Com a caneta do teu papá [bis]
Foi a guerra que me deu a ilusão
De subir quando caí no alçapão
E a madrinha do polícia
Pisca o lho com malícia
Pra tentar canonizar
Os pretos do japão
Meu sant´antoninho
Onde te hei-de pôr
Para me lembrar de ti
Meu sant´antoninho
Dá-me o teu tambor
E um lencinho de organdi
E uma medalha para pôr aqui [bis]
Eu a pôr flores de papel no teu jarrão
E o comboio a apitar na estação
Já não o posso apanhar
Fico aqui a descansar
Meditando no mistério
Da incarnação
quinta-feira, maio 11, 2006
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
2 comentários:
Sabes, em Paris, no Sacre Coeur...rezei no local onde se encontra o Santo António.
Também já lá estive e, à minha maneira, que não sei rezar, rezei à grandiosidade da cidade Luz.
Enviar um comentário