Portugueses: Eu não consigo pôr aqui nenhuma imagem e tinha uma muito boa para pôr. Por que será que isto nem sempre funciona bem?
Portugueses: a Banda Larga já está aí por todo o lado. Todos temos um e-mail gratuito à disposição – o tanto que já pagámos por esse e-mail!...
Agora é só ir até aos correios mais próximos e aceder ao correio electrónico pessoal, nada mais fácil. Ah, na sua estação de correio não havia!? Sim, mas dizem que vai haver, ou seja, como já disseram que vai haver é como se já existisse, passa a existir para todos quantos ouviram falar nessa existência e assim passa a ser como se estivesse realmente já funcionando em pleno. Ainda não está mas vai estar...
Às vezes penso que é esse e não outro “o pior ainda está para vir” de que falava o Sócrates, quando tudo “isto” estiver em pleno funcionamento.
Bem, mas o correio electrónico é uma coisa muito boa para pôr à disposição de todos, embora se suspeite à partida que nem todos estarão aptos a usufruir. Será isso que se entende por “choque” tecnológico? Será o choque que as pessoas no geral vão levar quando se virem subitamente geridas através de mensagens electrónicas que recebem de algures e das quais tomam – ou não! – conhecimento?
Como conciliar o roteiro do Portugal profundo dos idosos e dos excluídos, com o roteiro do choque tecnológico que, caso venha a aplicar-se, ainda mais os primeiros afastará?
Havia hoje um ouvinte da TSF que falava de uma qualquer aldeia recôndita do país e dizia que só via gente vestida de preto e que não estava a ver essas pessoas consultando o seu e-mail…
Não devia ser feito um estudo sério? Alguém perguntou a alguém se já tinha alguma vez usado um computador, alguém recebeu algum inquérito perguntando alguma coisa? Sabe-se realmente quantas pessoas que vivem em Portugal vão passar completamente ao lado das novas tecnologias de comunicação? Alguém pensou em formar largamente os portugueses para as receber e usar?
Agora pergunto eu: então e esse sistema vai servir também para intervirmos directamente no sistema democrático, potenciando uma espécie rara de democracia participativa? Será possível as pessoas passarem a ter acesso directo às deliberações? Votarem nas matérias antes de serem tomadas as decisões? Darem a sua opinião, fazerem exposições, reclamarem directamente os seus direitos, exercerem efectivamente a cidadania? Eis um meio rápido de referendar a população, que os usuários esclarecidos que já usam e-mail há muito tempo deviam exigir. Porque senão, a mim, e a si, que já temos e-mail, o choque tecnológico não vai atingir. Passamos talvez a receber todas as contas por correio electrónico. E daí?
Agora é só ir até aos correios mais próximos e aceder ao correio electrónico pessoal, nada mais fácil. Ah, na sua estação de correio não havia!? Sim, mas dizem que vai haver, ou seja, como já disseram que vai haver é como se já existisse, passa a existir para todos quantos ouviram falar nessa existência e assim passa a ser como se estivesse realmente já funcionando em pleno. Ainda não está mas vai estar...
Às vezes penso que é esse e não outro “o pior ainda está para vir” de que falava o Sócrates, quando tudo “isto” estiver em pleno funcionamento.
Bem, mas o correio electrónico é uma coisa muito boa para pôr à disposição de todos, embora se suspeite à partida que nem todos estarão aptos a usufruir. Será isso que se entende por “choque” tecnológico? Será o choque que as pessoas no geral vão levar quando se virem subitamente geridas através de mensagens electrónicas que recebem de algures e das quais tomam – ou não! – conhecimento?
Como conciliar o roteiro do Portugal profundo dos idosos e dos excluídos, com o roteiro do choque tecnológico que, caso venha a aplicar-se, ainda mais os primeiros afastará?
Havia hoje um ouvinte da TSF que falava de uma qualquer aldeia recôndita do país e dizia que só via gente vestida de preto e que não estava a ver essas pessoas consultando o seu e-mail…
Não devia ser feito um estudo sério? Alguém perguntou a alguém se já tinha alguma vez usado um computador, alguém recebeu algum inquérito perguntando alguma coisa? Sabe-se realmente quantas pessoas que vivem em Portugal vão passar completamente ao lado das novas tecnologias de comunicação? Alguém pensou em formar largamente os portugueses para as receber e usar?
Agora pergunto eu: então e esse sistema vai servir também para intervirmos directamente no sistema democrático, potenciando uma espécie rara de democracia participativa? Será possível as pessoas passarem a ter acesso directo às deliberações? Votarem nas matérias antes de serem tomadas as decisões? Darem a sua opinião, fazerem exposições, reclamarem directamente os seus direitos, exercerem efectivamente a cidadania? Eis um meio rápido de referendar a população, que os usuários esclarecidos que já usam e-mail há muito tempo deviam exigir. Porque senão, a mim, e a si, que já temos e-mail, o choque tecnológico não vai atingir. Passamos talvez a receber todas as contas por correio electrónico. E daí?
3 comentários:
Ainda há bem pouco tempo foi publicado um estudo em que se mostrava que mais de 50% dos portugueses não sabiam tocar num computador. É por isso que estes planos acabam por ser mais fogo de vista que uma realidade.
Melhor seria prestarem mais atenção aos mais jovens e deixar que eles, com o tempo possam criar o tal país tecnologico que desejam. Cuidem agora é de quem não tem quase nada. Essa sim , é a maior prioridade de qualquer governo
bjinhos
Kaos: Parece que essa não é a moral dos nossos governantes, a não ser a caridadezinha do Pirilampo Mágico e encontrar formas de nos responsabilizar a nós todos pelo miserabilismo reinante!
Bjos.
Olha quanto aos emails, li se não me engano no Blog da Visionária um texto muito engraçado. Ela falava sobre o avô dela que iria ter uma conta de email. O problema é que senhor não tinha computador, assim, teria de se dirigir aos correios. Outro problema, o senhor vive numa localidade onde nem electicidade têm assim, não sabe ler nem escrever e ela interrogava-se se por acaso após o avô ter o seu email. Alguém nos correios poderia escrever o email por ele.
É assim que são feitas as coisas no nosso país, primeiro são ideias brilhantes e depois na pratica ups...não pensamos nisto...ups esquecemo-nos dquilo...enfim...
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