O que parece não desinquietar muito os meios de comunicação é a notícia do foguetório de tiros que houve por aí na noite de fim de ano. Três pessoas morreram. Veio uma notícia e outra e outra. Podemos ter aquele mau pensamento de dizer olha lá andam os jornalistas à cata de notícias sobre o mesmo assunto só para fazer notícias e está a coisa banalizada. Só que neste caso as notícias são inacreditáveis e ainda mais absurdas cada uma por si e postas as três. Na rua a populaça entrevistada acha uma chalaça, que na falta de fogo de artifício portugueses se divirtam dando tiros de armas para o ar: ouvia-se foguetes e tiros, tiros e foguetes: desprovida de intensidade trágica a mentalidade simplória. Mas verdadeiramente trágicas as notícias da morte de uma menina de 9 anos, de um jovem de 23 e de um homem não sei de quantos anos mas, pelos vistos, só para as famílias. Não se fala em grandes investigações nem me constou que fizessem grandes esforços para encontrar e prender os culpados. Lembro-me de ouvir na primeira notícia que uma primeira preocupação era saber se a arma tinha sido disparada por alguém residente naquele bairro social, pois se assim fosse perderia o benefício de ali viver. Absurdo tudo isto e a indiferença reinante.
Melancolia
Há 5 horas
2 comentários:
Pois também eu pasmei com os acontecimentos tr+agicos, mas mais ainda pela forma como têm sido tratados.
Afinal, que país é este em que agora se "festeja"(?) uma passagem de ano aos tiros?
E assusta-me principalmente a passividade tanto das autoridades como dos poóprios cidadãos.
Que sinais são estes?
Loucura generalizada, digo eu!
BOM ANO, KAÓTICA!
Parece que um dos atiradores se entregou, mas ficou em liberdade e vai ser ouvido amanhã...
A indiferença raia o absurdo, amiga...
Beijos.
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