Um ano novo traz tanta mentira quanta verdade
A passagem de ano é um mito de renovação
A Humanidade precisa dessa sensação
De mudança de poder começar de novo
Se renovar para a eternidade. Mas algo termina
Ali se despede da vida daquele outro ano
Que se foi para outra eternidade mais determinada
Por quê tanto contentamento, minha gente
Estamos todos mais perto do final feliz
Estoira o ano arde gente viva na igreja
E mais uma bala sai disparatada festa acabada.
A procura do divertimento a qualquer preço
Seja na bebedeira certeira seja no conforto do sofá
Basta-se por vezes frente à televisão programa
Colorido onde se assiste sem esforço à festa a ser telefeita
Briga-se com a desfeita e sai-se em busca de alegria nos outros
na dança e na bebida e no cigarro breve
Ela é que já não presta para sentir alegria
Cansada a Humanidade de se apagar quer naturalmente
se divertir a louca e acredita em todas as possibilidades
Nesse novo ano novo em que tudo vai mudar
Mas toda a mudança é lenta quando não é brusca
E a ressaca fará com que tudo volte à normalidade
Cansados de tanta inventamos os anos novos
Como se fossemos donos do tempo congratulando-nos
Por ver mais esse passar e um outro chegar
Bombardeia-se o ano novo com desejos
Quantos deles se hão-de converter em verdades
E em mentiras que se renovam cada novo ano?
2 comentários:
São rituais... e se os votos forem sinceros , todos agradecemos...
Mas os aumentos que se adivinham(?) não trazem grande tranquilidade...
Beijos.
renda
Tens toda a razão, e o pior é que não sei de que malabarismos são capazes para nos impingirem a ideia de uma inflação que nada tem a ver com os números desses aumentos astronómicos. Talvez se as pessoas na passagem do ano tivessem todas em uníssono desejado com muita força que estes políticos se sumissem no ar eles se fossem...
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