quarta-feira, janeiro 02, 2008

Quantos deles...


Um ano novo traz tanta mentira quanta verdade

A passagem de ano é um mito de renovação

A Humanidade precisa dessa sensação

De mudança de poder começar de novo

Se renovar para a eternidade. Mas algo termina

Ali se despede da vida daquele outro ano

Que se foi para outra eternidade mais determinada

Por quê tanto contentamento, minha gente

Estamos todos mais perto do final feliz

Estoira o ano arde gente viva na igreja

E mais uma bala sai disparatada festa acabada.

A procura do divertimento a qualquer preço

Seja na bebedeira certeira seja no conforto do sofá

Basta-se por vezes frente à televisão programa

Colorido onde se assiste sem esforço à festa a ser telefeita

Briga-se com a desfeita e sai-se em busca de alegria nos outros

na dança e na bebida e no cigarro breve

Ela é que já não presta para sentir alegria

Cansada a Humanidade de se apagar quer naturalmente

se divertir a louca e acredita em todas as possibilidades

Nesse novo ano novo em que tudo vai mudar

Mas toda a mudança é lenta quando não é brusca

E a ressaca fará com que tudo volte à normalidade

Cansados de tanta inventamos os anos novos

Como se fossemos donos do tempo congratulando-nos

Por ver mais esse passar e um outro chegar

Bombardeia-se o ano novo com desejos

Quantos deles se hão-de converter em verdades

E em mentiras que se renovam cada novo ano?

2 comentários:

rendadebilros disse...

São rituais... e se os votos forem sinceros , todos agradecemos...
Mas os aumentos que se adivinham(?) não trazem grande tranquilidade...
Beijos.

Kaotica disse...

renda

Tens toda a razão, e o pior é que não sei de que malabarismos são capazes para nos impingirem a ideia de uma inflação que nada tem a ver com os números desses aumentos astronómicos. Talvez se as pessoas na passagem do ano tivessem todas em uníssono desejado com muita força que estes políticos se sumissem no ar eles se fossem...

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