Antonio Miranda Fernandes
tudo preciso,
sem nenhuma hesitação,
nenhum erro, inimitável,
burocrata insubstituível
números crescem ou diminuem,
incham, amolecem como o sexo
arfando sob o silêncio noturno
(quem tem tempo para isso?)
carrega a ganância, o ódio
pratica a rapina, tudo por escrito
na mesma palavra, mesmo peso,
olho por olho na usura.
poesia, lirismo, amor? ora por favor...
(quem tem tempo para isso?)
tempo ignorando o seu bojo
a dor, um odor azedo e morno
a morte no sábado
enterro no domingo
sem desordem no andamento
eu sendo a exceção da regra
tive que velar seu corpo frio
sentir saudades, balbuciar rezas,
estragando meu final de semana
(tive que arrumar tempo para isso!)
quinta-feira, abril 03, 2008
Dedicado a todos os burocratas do mundo
Etiquetas:
António Miranda Fernandes,
Ao Burocrata,
poesia brasileira
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5 comentários:
Está explicado o azedume de uns quantos senhores...
E por causa dos burocratas os funcionários perdem o prazer pelo seu trabalho
Sou um funcionário cansado
http://marialisbo.blogspot.com/2007/11/sou-um-funcionrio-cansado.html
E por causa dos burocratas os funcionários perdem o prazer pelo seu trabalho
Sou um funcionário cansado
http://marialisbo.blogspot.com/2007/11/sou-um-funcionrio-cansado.html
E por causa dos burocratas os funcionários perdem o prazer pelo seu trabalho
Sou um funcionário cansado
http://marialisbo.blogspot.com/2007/11/sou-um-funcionrio-cansado.html
Desculpa! Isto não entrava e, de repente, multiplicou-se!!!!
:(
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