Que fiz eu hoje ao tempo que já é tão tarde e eu ainda nem pensei o que vou deixar aqui no Pafúncio?
Foi partindo desta interrogação que eu vos deixo aqui o meu percurso esta noite: dei uma breve volta de reconhecimento pelos comentários e visitas. Depois fui fazer umas visitas mais demoradas pelos blogues mais queridos que hoje saíram na rifa, ou seja numa escolha quase automática, quase ao calhas. Fui deixando um ou outro comentário, ando pouco para comentários (mas é só uma fase).
Fui depois fazer umas pesquisas: uma busca por “IV Internacional” e fiquei lá perdida, lendo textos, chegando a conclusões de que ainda nem tinha tomado verdadeira consciência, como por exemplo a divisão actual da IV Internacional em várias “facções”. Lembrei-me que nem era bem assim, que já antes em manifestações eu vira militantes do Bloco auto-proclamando-se “trotskistas” e vendendo jornais e de eu já nessa altura ter ficado admirada porque para mim trotskista em Portugal era o POUS. Por isso foi para mim esclarecedor encontrar algumas pistas sobre esse assunto, ou melhor como a informação blogosférica institucionalizada trata o caso e como é nítido o ênfase colocado nessa “facção trotskista bloquista”, relegando para segundo plano o POUS.
Não deixei de fazer uma visita ao próprio para ver de que lado está a razão. Ainda andei um bom bocado por lá e é sítio para se tornar sempre a voltar (refiro-me aos escritos do próprio, bem entendido)
Foi então que virei sem mais nem para quê para a poesia e dou por mim navegando pelas águas límpidas de Vinicius de Moraes. Claro que fiquei atracada nessa ilha até há pouco e foi aí que verdadeiramente me perdi do tempo. Lembrei cada poema e cada canção e voltando a cada um recordei o grande poeta que ele é.
7 comentários:
Se você gosta de Vinicius, Menina, precisa conhecer a poesia do pernambucano Carlos Pena Filho (falecido, ainda jovem, no início dos anos 60). Ah, sim, obrigado pelas "novas expressões" lusitanas. Valeu. Um abraço
Por aquilo que vou lendo estás a curtir as férias.
O Tempo é o que menos conta.
Fui atrás de ti e fiz as mesmas leituras.
Beijinhos
Isabel
moacy
Já andei fazendo umas pesquisas e gostei muito do que li. Guardei para ler com renovada atenção depois. Muito obrigada pela partilha!
Um abraço
Olá Isabel
Claro que o tempo vai contando: estamos aqui estamos outra vez a espernear. Setembro vai ser um mês tramado!
Andaste a ver o mesmo que eu?! Bem, já vamos ter mais assuntos comuns para conversar! Espero que não tenhas dado o teu tempo por perdido!
Um abraço
Apenas retive o Vinicius, que é verdadeiramente o que mais interessa...
mas fiquei confusa: o BE é trotskista e pous? Só?!!! tenho ideia que foi um conjunto enorme de gente que se juntou, com muita UDP à mistura (tanto que até terminaram depois com o partido...)ex-PSs, ex-PCs... enfim, uma grande barafunda.
Querer conferir a isso uma ideologia precisa, não me parece viável...
beijinhos
julia coutinho
Sim, de facto o Vinicius interessa muito, ele é o prazer da poesia, ele é o prazer da música, da forma de ele dizer e cantar os seus poemas.
Mas é isso mesmo, eu também fiquei confusa, embora saiba perfeitamente que não há confusões entre o BE e o POUS. Aliás pouco têm a ver embora amos se digam de esquerda. Como se pode hoje em dia ser de esquerda sem rejeitar a União Europeia do Durão Barroso e do Sarkozy? Nunca ouvi o BE dizer: ruptura com a UE, mas á ouvi o POUS dizê-lo, o que para mim marca um ponto contra e outro a favor. Nos tempos da UDP era muito jovem para perceber as divisões da esquerda, que nunca, nunca foi capaz de se unir (talvez no 1º. 1 de Maio?). Tenho muita esperança que isso um dia ainda venha a ser possível e era a revolução que eu gostava de ainda ver, mas sem cedências nem sindicatos amigados com os jogos do poder. E com menos cravos e mais eficácia. Depois que viessem os cravos.
minha querida, é também por isso que este mundo da net, é a cada dia que passa, mais fascinante. Janelas que se abrem ao conhecimento maior.
Beijinhos e um grande abraço bem apertadinho
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