Podem até não acreditar mas eu ontem estive aqui, fiz um texto que era para ser curto, mas que foi crescendo e, depois de uma boa parte da noite a escrevê-lo, de repente perdi-o, desapareceu para sempre da rede, ou melhor nem nunca chegou a lá estar. É o que dá escrever directamente no bloguer e estando distraída, no meio de pensamentos, PUF! Desaparece tudo sem retorno. Claro que a reação foi desconectar o computador, desligá-lo e sair praguejando nunca mais.
Mas hoje cá estou, e afinal de contas o texto de ontem era sobre isso mesmo, chamava-se provisoriamente “férias e rotinas”, já estão a ver…
Era daqueles textos que estava mesmo a ficar esquisito, porque falava desde Bimbys ao problema do desemprego, de donas de casa em férias e até mesmo dos queridos visitantes deste blogue. Não chegava a ter uma página, mas quase, agora imaginem a embrulhada que era. Quanto à Bimby dizia coisas como ficar melhor nesta garagem do que um porshe à porta de uma barraca, comparando com a cozinha lá de casa e coisas assim, hoje sem sentido… Dizia também que a tecnologia tinha chegado aos meus dias (na cozinha) como às minhas noites (na blogosfera). Ainda hoje dei por mim a pensar se isto também terá a ver com o apregoado Choque Tecnológico… Lembrava ainda como as nossas vidas electrodomésticas estão próximas dos anos 50 do século passado, apenas com mais tecnologia e mais desemprego.
Pegava então na deixa para lembrar o estado de desemprego e como a mim não me faltava trabalho como mãe encarregada de educação dona de casa licenciada desempregada da era socretina dos anos dois mil da nossa era...
Hoje esse texto parece tão estranho… devo ser incapaz de o reproduzir, sai colado e mal colado. Na verdade hoje não estou para textos, como vinha acontecendo ultimamente. Gostava de ser capaz de insistir e prosseguir escrevendo à toa e de não me envergonhar depois, mas nem sempre isso acontece.
Como num dia somos capazes de nos soltar, dar largas à imaginação para ser ela a escolher as palavras, e logo no outro dia lá vem o peso e já as férias não são uma coisa maravilhosa. Para tal bastou levar um susto com uma avó, com uma mãe, o não é o melhor que pode acontecer nunca, quanto mais em plenas férias. Felizmente para já ela melhorou e está aqui em casa dormindo. Desta vez não era a fingir nem a exagerar, foi mesmo uma grande quebra de tensão arterial. E um enorme susto para todos aqui de casa.
As crianças não tiveram mais coragem de ir dormir nas tendas armadas no terreno da casa. Voltaram frustrados para casa achando-se medricas. E formam-se deitar tarde e a más horas. Depois de tudo isto é o esgotamento. Levar o pensamento para as ondas que faziam hoje na praia e a frescura do balanço da água do mar. Para finalizar ainda rebentou a junta de canos plásticos do lava-loiça. No armário debaixo tudo molhado. Toca a tirar tudo. Foi então que veio o cansaço do silêncio inexistente. Há dias assim que acabam connosco esgotados. Daí o refúgio aqui, para assegurar que desta vez o texto não se perde, que a ligação não termina e que tudo vai funcionar na perfeição, depois de um fora como o de ontem. Será um blogue mera teima?
4 comentários:
Nada é perfeito...
Todos nós sabemos.
As melhoras p'ra Lena.
Quando tiver o contacto (contato?) que pediste, envio-te.
E continuação de boas férias. Vamos desejar que tenha sido só uma quebra na rotina feliz e despreocupada.
Bj
Se calhar um blogue é mais um tira-teimas.É um espaçozinho para "despejar" o nosso sentir no momento.
O seu texto é pleno de sentido. Gostei.
As melhoras dessa avó, dessa mãe,que provocou um susto porque é amada e acarinhada.
bjs
Esperança
Obrigada pelos apoio. Hoje o sol voltou a brilhar para todos nós, aqui em casa. Tudo parece ter voltado à normalidade. Felizmente parece que foi mesmo um susto. E mesmo um susto pode ter seu lado bom, como por exemplo passar-se a ser mais prudente, ou mesmo encarar-se cada novo dia como uma dádiva única e irrepetível.
Um abraço aos que por aqui passaram.
Kaotica, costuma-se dizer que depois da tempestade vem a bonança.
Parece que pelo o que dizes já está tudo bem e foi só um susto. Ainda bem.
Quanto à sensação de que às vezes o que escrevemos com determinado estado de alma lido mais tarde o efeito é muito diferente. Quantas vezes isso me acontece? E às vezes não tenho a mesma sorte que tu porque sai mesmo publicado. Depois olha, já está, agora chapéu.
A questão dos pêndulos, fizeste-me soltar umas boas gargalhadas aqui à frente do meu computador. É verdade.
Beijos e continuação de boas férias,
Zorze
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